Bolsonaro usou medalha ligada ao pai de Mauro Cid para reagir a acusação de racismo

Condecoração foi articulada pelo pai de Mauro Cid em meio a acusações de racismo contra Bolsonaro e foi entregue após sua eleição à Presidência. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou, durante o interrogatório no STF, uma honraria que une sua história à da família de Mauro Cid — o coronel e ex-ajudante de ordens que o delatou.
A condecoração é o botão da Medalha do Pacificador com Palma. O general Cid, pai do colaborador, foi quem atuou para que Bolsonaro recebesse a honraria, como forma de amenizar as acusações de racismo contra o ex-presidente.
Tudo começou em março de 2011, quando o então deputado federal Jair Bolsonaro ofendeu Preta Gil em um programa de entrevistas.
Em 2013, no curso do processo por racismo, Bolsonaro pediu ao então general de Divisão Cid que usasse seu prestígio junto ao comandante do Exército na época, general Enzo, para que recebesse uma medalha — a Medalha do Pacificador com Palma — por ter salvo um soldado negro na década de 1970.
O fato teria ocorrido em Gericinó (RJ), quando Bolsonaro era tenente. Um soldado se afogava em um lago, e Bolsonaro o teria resgatado.
Naquele mesmo ano, quando o general Cid era chefe de gabinete do comandante do Exército, ele mandou abrir uma sindicância para comprovar se o então tenente Bolsonaro havia, de fato, salvado o soldado.
O general Enzo relutou em conceder a medalha, por não querer que a política entrasse nos quartéis.
O cenário mudou na gestão do novo comandante do Exército, general Villas Bôas, que acabou concedendo a medalha quando Bolsonaro já havia sido eleito presidente.
O próprio Villas Bôas entregou a honraria. Na ocasião, Bolsonaro afirmou, em entrevista, que requisitou a medalha no momento em que se “avolumaram” as acusações contra ele por racismo.
A Medalha do Pacificador com Palma é concedida a militares que, em tempo de paz, tenham realizado atos de “abnegação, coragem e bravura, com risco da própria vida”.
Bolsonaro durante interrogatório em julgamento da trama golpista
Fellipe Sampaio/STF
A condecoração é o botão da Medalha do Pacificador com Palma. O general Cid, pai do colaborador, foi quem atuou para que Bolsonaro recebesse a honraria, como forma de amenizar as acusações de racismo contra o ex-presidente.
Tudo começou em março de 2011, quando o então deputado federal Jair Bolsonaro ofendeu Preta Gil em um programa de entrevistas.
Em 2013, no curso do processo por racismo, Bolsonaro pediu ao então general de Divisão Cid que usasse seu prestígio junto ao comandante do Exército na época, general Enzo, para que recebesse uma medalha — a Medalha do Pacificador com Palma — por ter salvo um soldado negro na década de 1970.
O fato teria ocorrido em Gericinó (RJ), quando Bolsonaro era tenente. Um soldado se afogava em um lago, e Bolsonaro o teria resgatado.
Naquele mesmo ano, quando o general Cid era chefe de gabinete do comandante do Exército, ele mandou abrir uma sindicância para comprovar se o então tenente Bolsonaro havia, de fato, salvado o soldado.
O general Enzo relutou em conceder a medalha, por não querer que a política entrasse nos quartéis.
O cenário mudou na gestão do novo comandante do Exército, general Villas Bôas, que acabou concedendo a medalha quando Bolsonaro já havia sido eleito presidente.
O próprio Villas Bôas entregou a honraria. Na ocasião, Bolsonaro afirmou, em entrevista, que requisitou a medalha no momento em que se “avolumaram” as acusações contra ele por racismo.
A Medalha do Pacificador com Palma é concedida a militares que, em tempo de paz, tenham realizado atos de “abnegação, coragem e bravura, com risco da própria vida”.
Bolsonaro durante interrogatório em julgamento da trama golpista
Fellipe Sampaio/STF
Para ler a notícia completa, acesse o link original:
0 curtidas
Notícias Relacionadas
Não há mais notícias para carregar
Comentários 0