Conheça inteligência artificial brasileira que ajuda a melhorar desempenho de estudantes do ensino a distância

Desenvolvida por José Messias, a Emy tem o objetivo de personalizar o aprendizado, aumentar participação dos alunos e transformar a experiência educacional no EAD. Inteligência artificial brasileira que ajuda desempenho de estudantes do ensino EAD
O ensino a distância se popularizou durante o período da pandemia da Covid-19 e, com isso, surgiram uma série de questionamentos sobre a qualidade do ensino. O professor baiano e também desenvolvedor de software, José Messias, de 34 anos, desenvolveu uma inteligência artificial denominada Emy, que facilita a vida dos estudantes durante as aulas EAD.
Em 2012, José criou uma software house que presta serviços para outras empresas e, dentro dessa startup, foi criada uma escola de ensino de tecnologia chamada Cubos Academy. Com a popularização do ChatGPT entre os anos de 2022 e 2023, o educador comentou, em entrevista ao g1, que percebeu uma oportunidade de melhorar o desenvolvimento dos alunos da sua instituição de ensino.
“Quando surgiu a IA, dado o conhecimento que a gente tem aqui em desenvolvimento de software, a gente criou uma que fosse capaz de tirar dúvidas dos estudantes. Mas, assim, precisava ser muito boa. Ela precisava entender o que o estudante sabe, o que não sabe, o que está estudando no momento e qual o objetivo dele”, relatou.
Emy respondendo dúvidas do estudante
Emy/Divulgação
A Emy funciona como uma nuvem que é alimentada constantemente pelos professores da instituição de ensino e, consequentemente, entende todos os tipos de conteúdo que são ensinados pelos docentes. Outra capacidade da ferramenta é estar sempre atualizada pelos professores, com os novos conteúdos que eles disponibilizam para os alunos.
“A IA aprende automaticamente tudo o que está na plataforma e também se atualiza de forma automática. O professor continua fazendo o trabalho que sempre fez, quando há material novo, ele sobe na plataforma; quando algo fica desatualizado, ele apaga. A IA, então, vai aprendendo continuamente com o que está disponível na plataforma”, comentou.
“É como se ela estivesse enxergando a tela do estudante em tempo real. Ela sabe o que está nos vídeos da plataforma que o estudante está assistindo E entende os podcasts disponíveis, livros e arquivos em PDF. Ou seja, ela conhece com precisão o conteúdo que o estudante está estudando”, disse.
Outro aspecto levantado por José Messias é a capacidade da Emy de personalizar o ensino conforme o perfil de cada aluno. Enquanto o modelo tradicional do EAD oferece o mesmo conteúdo para todos, a IA consegue identificar lacunas específicas de conhecimento e sugerir materiais direcionados.
“A IA analisa o que o estudante já estudou, o que assistiu, o que leu e como foi seu desempenho em exercícios. Com isso, ela recomenda o conteúdo ideal para aquele momento”, explicou. Para ele, essa personalização representa um avanço fundamental na forma de ensinar e aprender.
'Swing Neural': baiano une paixões pela música e IA para criar banda virtual de axé e homenagear a Bahia
Além disso, José Messias destacou que o sucesso da Emy também se deve ao fato de a plataforma ser treinada exclusivamente com conteúdos validados por professores e coordenadores pedagógicos. Isso garante que as respostas dadas pela IA estejam alinhadas com a proposta educacional de cada instituição.
“Ela não está respondendo com base em qualquer coisa da internet, mas em conteúdos curados, construídos por educadores”, pontua.
Em comparação com outras inteligências artificiais, o professor comentou que IAs como o ChatGPT apresentam dificuldades em assuntos relacionados a cálculos matemáticos. Por sua vez, a Emy utiliza outras ferramentas para responder com precisão às perguntas dos alunos.
“Além da inteligência artificial, existem diversas outras ferramentas integradas a ela, que são acionadas quando necessário. Por exemplo, se surgir uma dúvida de matemática e ela não conseguir resolver sozinha, ela recorre a uma outra ferramenta, que funciona como uma espécie de calculadora, e utiliza isso em conjunto”, explicou.
Estudantes baianos usam inteligência artificial para contar histórias de personagens afro-indígenas do Brasil
Emy iniciando o trabalho de monitoria acadêmica
Emy/Divulgação
Mais de 1 milhão de respostas ? ?
Em quase três anos de criação, a Emy atingiu a marca de 1 milhão de perguntas respondidas para os alunos. Segundo José Messias, muitos alunos tinham vergonha de perguntar em sala de aula, o que impedia um aprendizado mais eficaz.
“Tem gente que fala: ‘Por favor, me explique como se eu fosse uma criança’. Porque sabe que não é humano de verdade, não tem do que ter vergonha”, relatou.
O desenvolvedor da IA acredita que esse comportamento teve impacto direto no volume de perguntas feitas pelos estudantes.
Em algumas instituições de ensino que utilizam a Emy, mais de 50% dos alunos fazem uso ativo da ferramenta, chegando a uma média de dez perguntas por mês. Esse número é consideravelmente superior ao registrado em aulas presenciais, onde, de acordo com José Messias, apenas cerca de 10% dos estudantes costumam interagir.
O profissional tem uma visão otimista sobre o futuro da IA na educação. Ele acredita que essas ferramentas não apenas melhoram a qualidade do ensino a distância, como também tornam a educação mais acessível e personalizada.
“Ela muda completamente o patamar de qualidade do ensino à distância”, afirma.
Apesar dos avanços significativos da inteligência artificial, ainda existe certo preconceito em relação à sua presença no ambiente educacional. Muitos temem que a IA venha a substituir o papel dos professores, o que, segundo José Messias, não corresponde à realidade.
“O que vai acontecer é que algumas coisas que o professor faz serão substituídas, e felizmente são as coisas mais chatas, mais maçantes”, afirmou.
Para ele, a IA pode assumir tarefas repetitivas, como a correção de atividades, enquanto o professor assume um papel mais estratégico e humano.
Veja mais notícias do estado no g1 Bahia.
Assista aos vídeos do g1 e da TV Bahia ?
Inteligência artificial brasileira que ajuda desempenho de estudantes do ensino EAD
O ensino a distância se popularizou durante o período da pandemia da Covid-19 e, com isso, surgiram uma série de questionamentos sobre a qualidade do ensino. O professor baiano e também desenvolvedor de software, José Messias, de 34 anos, desenvolveu uma inteligência artificial denominada Emy, que facilita a vida dos estudantes durante as aulas EAD.
Em 2012, José criou uma software house que presta serviços para outras empresas e, dentro dessa startup, foi criada uma escola de ensino de tecnologia chamada Cubos Academy. Com a popularização do ChatGPT entre os anos de 2022 e 2023, o educador comentou, em entrevista ao g1, que percebeu uma oportunidade de melhorar o desenvolvimento dos alunos da sua instituição de ensino.
“Quando surgiu a IA, dado o conhecimento que a gente tem aqui em desenvolvimento de software, a gente criou uma que fosse capaz de tirar dúvidas dos estudantes. Mas, assim, precisava ser muito boa. Ela precisava entender o que o estudante sabe, o que não sabe, o que está estudando no momento e qual o objetivo dele”, relatou.
Emy respondendo dúvidas do estudante
Emy/Divulgação
A Emy funciona como uma nuvem que é alimentada constantemente pelos professores da instituição de ensino e, consequentemente, entende todos os tipos de conteúdo que são ensinados pelos docentes. Outra capacidade da ferramenta é estar sempre atualizada pelos professores, com os novos conteúdos que eles disponibilizam para os alunos.
“A IA aprende automaticamente tudo o que está na plataforma e também se atualiza de forma automática. O professor continua fazendo o trabalho que sempre fez, quando há material novo, ele sobe na plataforma; quando algo fica desatualizado, ele apaga. A IA, então, vai aprendendo continuamente com o que está disponível na plataforma”, comentou.
“É como se ela estivesse enxergando a tela do estudante em tempo real. Ela sabe o que está nos vídeos da plataforma que o estudante está assistindo E entende os podcasts disponíveis, livros e arquivos em PDF. Ou seja, ela conhece com precisão o conteúdo que o estudante está estudando”, disse.
Outro aspecto levantado por José Messias é a capacidade da Emy de personalizar o ensino conforme o perfil de cada aluno. Enquanto o modelo tradicional do EAD oferece o mesmo conteúdo para todos, a IA consegue identificar lacunas específicas de conhecimento e sugerir materiais direcionados.
“A IA analisa o que o estudante já estudou, o que assistiu, o que leu e como foi seu desempenho em exercícios. Com isso, ela recomenda o conteúdo ideal para aquele momento”, explicou. Para ele, essa personalização representa um avanço fundamental na forma de ensinar e aprender.
'Swing Neural': baiano une paixões pela música e IA para criar banda virtual de axé e homenagear a Bahia
Além disso, José Messias destacou que o sucesso da Emy também se deve ao fato de a plataforma ser treinada exclusivamente com conteúdos validados por professores e coordenadores pedagógicos. Isso garante que as respostas dadas pela IA estejam alinhadas com a proposta educacional de cada instituição.
“Ela não está respondendo com base em qualquer coisa da internet, mas em conteúdos curados, construídos por educadores”, pontua.
Em comparação com outras inteligências artificiais, o professor comentou que IAs como o ChatGPT apresentam dificuldades em assuntos relacionados a cálculos matemáticos. Por sua vez, a Emy utiliza outras ferramentas para responder com precisão às perguntas dos alunos.
“Além da inteligência artificial, existem diversas outras ferramentas integradas a ela, que são acionadas quando necessário. Por exemplo, se surgir uma dúvida de matemática e ela não conseguir resolver sozinha, ela recorre a uma outra ferramenta, que funciona como uma espécie de calculadora, e utiliza isso em conjunto”, explicou.
Estudantes baianos usam inteligência artificial para contar histórias de personagens afro-indígenas do Brasil
Emy iniciando o trabalho de monitoria acadêmica
Emy/Divulgação
Mais de 1 milhão de respostas ? ?
Em quase três anos de criação, a Emy atingiu a marca de 1 milhão de perguntas respondidas para os alunos. Segundo José Messias, muitos alunos tinham vergonha de perguntar em sala de aula, o que impedia um aprendizado mais eficaz.
“Tem gente que fala: ‘Por favor, me explique como se eu fosse uma criança’. Porque sabe que não é humano de verdade, não tem do que ter vergonha”, relatou.
O desenvolvedor da IA acredita que esse comportamento teve impacto direto no volume de perguntas feitas pelos estudantes.
Em algumas instituições de ensino que utilizam a Emy, mais de 50% dos alunos fazem uso ativo da ferramenta, chegando a uma média de dez perguntas por mês. Esse número é consideravelmente superior ao registrado em aulas presenciais, onde, de acordo com José Messias, apenas cerca de 10% dos estudantes costumam interagir.
O profissional tem uma visão otimista sobre o futuro da IA na educação. Ele acredita que essas ferramentas não apenas melhoram a qualidade do ensino a distância, como também tornam a educação mais acessível e personalizada.
“Ela muda completamente o patamar de qualidade do ensino à distância”, afirma.
Apesar dos avanços significativos da inteligência artificial, ainda existe certo preconceito em relação à sua presença no ambiente educacional. Muitos temem que a IA venha a substituir o papel dos professores, o que, segundo José Messias, não corresponde à realidade.
“O que vai acontecer é que algumas coisas que o professor faz serão substituídas, e felizmente são as coisas mais chatas, mais maçantes”, afirmou.
Para ele, a IA pode assumir tarefas repetitivas, como a correção de atividades, enquanto o professor assume um papel mais estratégico e humano.
Veja mais notícias do estado no g1 Bahia.
Assista aos vídeos do g1 e da TV Bahia ?
Inteligência artificial brasileira que ajuda desempenho de estudantes do ensino EAD
Para ler a notícia completa, acesse o link original:
0 curtidas
Notícias Relacionadas
Não há mais notícias para carregar
Comentários 0