Conjunto raro de ossos de dinossauros são encontrados em antigo habitat de criaturas pré-históricas em MT

Segundo pesquisadores da UFMT, essa é a primeira vez que um conjunto de ossos articulados ou semiarticulados é localizado com esse nível de conservação no local. Fósseis raros de dinossauros são descobertos em Chapada dos Guimarães
Pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) descobriram novos fósseis de dinossauros preservados em Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá, região conhecida por ser habitat de diversas espécies pré-históricas há milhões de anos. Conforme a pesquisa, essa é a primeira vez que um conjunto de ossos articulados ou semi-articulados é localizado com esse nível de conservação no local.
Segundo o geólogo e professor da UFMT Caiubi Kuhn, a descoberta é "surpreendente pela qualidade da preservação dos fósseis". Em vez de ossos isolados, como é mais comum em escavações paleontológicas, a equipe encontrou um conjunto significativo de estruturas próximas entre si.
“É muito raro encontrar fósseis articulados ou semiarticulados, então é muito mais comum encontrar um ou outro osso disperso. Aqui estamos encontrando os ossos todos muito próximos um do outro, o que permite descrever com muito mais detalhe os animais que estão aqui enterrados”, explicou.
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Durante a escavação, os pesquisadores identificaram diferentes tipos de fósseis que indicam a presença de mais de uma espécie no local. A variedade de vestígios sugere que a área pode ter abrigado, simultaneamente, dinossauros de hábitos e tamanhos distintos, o que amplia a relevância científica do sítio paleontológico.
“Ao menos duas espécimes temos aqui. O mais completo sabe-se que é um terópode, um bípede carnívoro. O mais completo do estado e possivelmente o mais completo do Cretáceo Superior do país. Também se tem fragmentos do saurópode, aqueles herbívoros quadrúpedes de porte maior e também existem evidências de algum animal menor”, afirmou o geólogo Rogério Rubert, também professor da UFMT.
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O processo de escavação
Novos fósseis de dinossauros preservados foram encontrados em Chapada dos Guimarães (MT)
TVCA
A escavação dos fósseis exige habilidade e paciência dos pesquisadores, especialmente dos estudantes que participam da atividade em campo, como é o caso da aluna Daiane Emanuele. Para ela, o tamanho das peças e a fragilidade demandam um cuidado redobrado na hora da remoção.
“Eu já trabalhava com outros materiais muito pequenos e trabalhar com fósseis muito maiores é necessário mais delicadeza do que com os fósseis menores, até porque a peça toda tá muito fragmentada, até mesmo por dentro, então a gente precisa de muita cautela para remover”, disse.
Para evitar danos aos fósseis, os cientistas aplicam aditivos que endurecem o material, utilizam algodão, gesso e, em alguns casos, retiram blocos inteiros de rocha contendo diversos ossos para posterior análise em laboratório.
Após a fase de escavação, os fósseis seguem para o laboratório UFMT, onde passam por um processo minucioso de limpeza, conservação e análise. É nesse ambiente controlado que os pesquisadores conseguem identificar com mais precisão as estruturas encontradas e reconstruir, pouco a pouco, o esqueleto dos animais.
“Lá na universidade vamos ‘brincando’ como se fosse montar um quebra-cabeças, juntando esses vários fragmentos que estão aqui para conseguir identificar qual que é cada pedaço desse dinossauro que estava aqui”, explica Kuhn.
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Estudante da UFMT, Daiane Emanuele
TVCA
Para evitar danos aos fósseis, os cientistas aplicam aditivos que endurecem o material
TVCA
Pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) descobriram novos fósseis de dinossauros preservados em Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá, região conhecida por ser habitat de diversas espécies pré-históricas há milhões de anos. Conforme a pesquisa, essa é a primeira vez que um conjunto de ossos articulados ou semi-articulados é localizado com esse nível de conservação no local.
Segundo o geólogo e professor da UFMT Caiubi Kuhn, a descoberta é "surpreendente pela qualidade da preservação dos fósseis". Em vez de ossos isolados, como é mais comum em escavações paleontológicas, a equipe encontrou um conjunto significativo de estruturas próximas entre si.
“É muito raro encontrar fósseis articulados ou semiarticulados, então é muito mais comum encontrar um ou outro osso disperso. Aqui estamos encontrando os ossos todos muito próximos um do outro, o que permite descrever com muito mais detalhe os animais que estão aqui enterrados”, explicou.
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Durante a escavação, os pesquisadores identificaram diferentes tipos de fósseis que indicam a presença de mais de uma espécie no local. A variedade de vestígios sugere que a área pode ter abrigado, simultaneamente, dinossauros de hábitos e tamanhos distintos, o que amplia a relevância científica do sítio paleontológico.
“Ao menos duas espécimes temos aqui. O mais completo sabe-se que é um terópode, um bípede carnívoro. O mais completo do estado e possivelmente o mais completo do Cretáceo Superior do país. Também se tem fragmentos do saurópode, aqueles herbívoros quadrúpedes de porte maior e também existem evidências de algum animal menor”, afirmou o geólogo Rogério Rubert, também professor da UFMT.
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Novos fósseis de dinossauros preservados foram encontrados em Chapada dos Guimarães (MT)
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A escavação dos fósseis exige habilidade e paciência dos pesquisadores, especialmente dos estudantes que participam da atividade em campo, como é o caso da aluna Daiane Emanuele. Para ela, o tamanho das peças e a fragilidade demandam um cuidado redobrado na hora da remoção.
“Eu já trabalhava com outros materiais muito pequenos e trabalhar com fósseis muito maiores é necessário mais delicadeza do que com os fósseis menores, até porque a peça toda tá muito fragmentada, até mesmo por dentro, então a gente precisa de muita cautela para remover”, disse.
Para evitar danos aos fósseis, os cientistas aplicam aditivos que endurecem o material, utilizam algodão, gesso e, em alguns casos, retiram blocos inteiros de rocha contendo diversos ossos para posterior análise em laboratório.
Após a fase de escavação, os fósseis seguem para o laboratório UFMT, onde passam por um processo minucioso de limpeza, conservação e análise. É nesse ambiente controlado que os pesquisadores conseguem identificar com mais precisão as estruturas encontradas e reconstruir, pouco a pouco, o esqueleto dos animais.
“Lá na universidade vamos ‘brincando’ como se fosse montar um quebra-cabeças, juntando esses vários fragmentos que estão aqui para conseguir identificar qual que é cada pedaço desse dinossauro que estava aqui”, explica Kuhn.
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Estudante da UFMT, Daiane Emanuele
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Para evitar danos aos fósseis, os cientistas aplicam aditivos que endurecem o material
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