Suco de laranja produzido no Paraná pode sofrer impacto com tarifaço de Trump

Tarifaço de Trump pode impactar cadeia de produção de laranja do Brasil
No Paraná, um dos setores que podem sofrer impacto com a tarifa de 50% anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é o de suco de laranja. Em Paranavaí, no noroeste do estado, o país norte americano é o principal destino de produtos, como o sumo da fruta. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior, entre janeiro e junho de 2025, foram exportados US$ 10,9 milhões em mercadorias feitas no município.
Para o empresário paranaense Paulo Pratinha, ainda é necessário aguardar para "entender como isso vai funcionar". Ele garante que clientes americanos confirmaram embarques previstos para os próximos dias. O início da cobrança deve acontecer em 1º de agosto, conforme a carta assinada por Trump.
Um dos principais motivos para esperar a movimentação do mercado, de acordo com Pratinha, é o México - principal concorrente do Brasil na produção de Laranja - também entrar na lista de países com tarifas anunciadas por Trump. No caso, 30%.
Neste cenário, o empresário considera que o "bom senso vai ter que imperar", citando os ajustes na base de remuneração da cadeia de produção que podem surgir com a tarifa.
"No fim do dia, se todos acertarem a quantidade de valor que o consumidor americano vai pagar, todo mundo pode sair ganhando. O que a gente não pode é fazer com que o produto chegue caro demais na prateleira do consumidor americano, para que esse drive de crescimento das exportações brasileiras continue e permaneça, independente das tarifas ou não", explicou à RPC, afiliada da TV Globo no Paraná.
Paranavaí tem os EUA como principal país de exportação.
Reprodução/RPC Noroeste
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A Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR) divulgou ao Fantástico que o Brasil é responsáveis por 34% da produção de laranja, 60% da produção de suco e 75% do comércio internacional. Isso coloca o país como o maior exportador do mundo deste suco.
Atualmente, o suco brasileiro paga US$ 415 de taxa por tonelada exportada aos EUA, que correspondem de 15% a 20% do valor total.
Se a tarifa entrar em vigor, as empresas estimam que os impostos chegariam a 70% do valor das exportações.
"O importador americano precisa do suco brasileiro. Nós precisamos do mercado americano. E nessa hora, nada como a gente lembrar do bom e velho bom senso de todas as partes para que isso tenha um desfecho adequado", disse Pratinha.
A expectativa de Pratinha para a safra de 2025/2026 é de produzir e processar 8 milhões de caixas de laranja. Deste total, 25% será para exportação. Países da Europa e Japão devem ficar com 15%, e os EUA, 10%.
Em uma hipótese de redução de exportação aos EUA, o empresário traça um plano de aumento de venda para a Europa.
"Uma coisa é fato, mercado americano vai continuar precisando do suco brasileiro mais do que nunca", explicou.
Entenda o tarifaço anunciado por Trump
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mandou na quarta-feira (9) uma carta pública ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para anunciar a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.
Leia mais: Tarifas do Trump: o que está valendo e o que está previsto?
Segundo o documento, a porcentagem será aplicada sobre "todas e quaisquer exportações brasileiras enviadas para os EUA", separadamente das tarifas setoriais existentes.
Entre as justificativas, Trump disse que a relação comercial dos EUA com o Brasil é "injusta" - mesmo que o Brasil tenha registrado déficits comerciais seguidos com os EUA desde 2009. Ele também citou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ao escrever que é "uma vergonha internacional" o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF).
A previsão é que entre em vigor no dia 1º de agosto.
Leia mais: Brasil ainda segue com a maior taxa entre os países notificados por Trump; veja lista
Após o anúncio, o presidente Lula disse que esse aumento será respondido com base na Lei da Reciprocidade Econômica e que "não aceitará ser tutelado por ninguém".
À RPC, a economista Ariane Machado de Oliveira explicou que o aumento da tarifa faz com que o produto fique menos competitivo para outros países, com exportações inviáveis. Com menos dólar entrando no Brasil, há a desvalorização do real e a perda de poder de compra.
VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná
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No Paraná, um dos setores que podem sofrer impacto com a tarifa de 50% anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é o de suco de laranja. Em Paranavaí, no noroeste do estado, o país norte americano é o principal destino de produtos, como o sumo da fruta. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior, entre janeiro e junho de 2025, foram exportados US$ 10,9 milhões em mercadorias feitas no município.
Para o empresário paranaense Paulo Pratinha, ainda é necessário aguardar para "entender como isso vai funcionar". Ele garante que clientes americanos confirmaram embarques previstos para os próximos dias. O início da cobrança deve acontecer em 1º de agosto, conforme a carta assinada por Trump.
Um dos principais motivos para esperar a movimentação do mercado, de acordo com Pratinha, é o México - principal concorrente do Brasil na produção de Laranja - também entrar na lista de países com tarifas anunciadas por Trump. No caso, 30%.
Neste cenário, o empresário considera que o "bom senso vai ter que imperar", citando os ajustes na base de remuneração da cadeia de produção que podem surgir com a tarifa.
"No fim do dia, se todos acertarem a quantidade de valor que o consumidor americano vai pagar, todo mundo pode sair ganhando. O que a gente não pode é fazer com que o produto chegue caro demais na prateleira do consumidor americano, para que esse drive de crescimento das exportações brasileiras continue e permaneça, independente das tarifas ou não", explicou à RPC, afiliada da TV Globo no Paraná.
Paranavaí tem os EUA como principal país de exportação.
Reprodução/RPC Noroeste
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Atualmente, o suco brasileiro paga US$ 415 de taxa por tonelada exportada aos EUA, que correspondem de 15% a 20% do valor total.
Se a tarifa entrar em vigor, as empresas estimam que os impostos chegariam a 70% do valor das exportações.
"O importador americano precisa do suco brasileiro. Nós precisamos do mercado americano. E nessa hora, nada como a gente lembrar do bom e velho bom senso de todas as partes para que isso tenha um desfecho adequado", disse Pratinha.
A expectativa de Pratinha para a safra de 2025/2026 é de produzir e processar 8 milhões de caixas de laranja. Deste total, 25% será para exportação. Países da Europa e Japão devem ficar com 15%, e os EUA, 10%.
Em uma hipótese de redução de exportação aos EUA, o empresário traça um plano de aumento de venda para a Europa.
"Uma coisa é fato, mercado americano vai continuar precisando do suco brasileiro mais do que nunca", explicou.
Entenda o tarifaço anunciado por Trump
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mandou na quarta-feira (9) uma carta pública ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para anunciar a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.
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Segundo o documento, a porcentagem será aplicada sobre "todas e quaisquer exportações brasileiras enviadas para os EUA", separadamente das tarifas setoriais existentes.
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A previsão é que entre em vigor no dia 1º de agosto.
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Após o anúncio, o presidente Lula disse que esse aumento será respondido com base na Lei da Reciprocidade Econômica e que "não aceitará ser tutelado por ninguém".
À RPC, a economista Ariane Machado de Oliveira explicou que o aumento da tarifa faz com que o produto fique menos competitivo para outros países, com exportações inviáveis. Com menos dólar entrando no Brasil, há a desvalorização do real e a perda de poder de compra.
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