Colégio particular é condenado a indenizar família de criança com TDAH após salvar contato em celular como 'mãe de BOzão'

Mãe foi até o colégio em Sorocaba (SP) para fazer a matrícula do filho e questionou a dificuldade em conseguir contato por telefone. Funcionária mostrou a tela do computador para justificar o grande volume de mensagens recebidas e a mãe viu o contato dela salvo com o termo. Decisão é da 8ª Vara Cível da Comarca de Sorocaba (SP)
Reprodução/Google Street View
Um colégio particular localizado na zona oeste de Sorocaba (SP) foi condenado a pagar uma indenização de R$ 5 mil à família de uma criança de dez anos diagnosticada com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). A decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) saiu no dia 7 de junho. Cabe recurso.
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Segundo consta no processo, a mãe da criança foi até a escola em 2024 com a intenção de matricular o filho. Após visitar outras escolas, decidiu voltar à unidade para efetivar a matrícula pessoalmente. Durante o atendimento, ela questionou a dificuldade em fazer contato com a escola por WhatsApp. A funcionária que fazia o atendimento alegou que o volume de mensagens recebidas diariamente era alto, por isso a demora em retornar o contato.
No entanto, conforme relatado pela mãe, ao tentar comprovar a justificativa, a funcionária mostrou a tela do computador e a mãe reconheceu o contato dela salvo como "Mãe de [....] BOzão". A mulher questionou o motivo do termo pejorativo e pediu para falar com a coordenadora da escola.
Durante a conversa, que foi gravada pela vítima, a coordenadora sugeriu que a expressão poderia estar relacionada a possíveis problemas financeiros da família. No entanto, a mãe alegou que sequer tinha efetuado a matrícula.
Após o episódio, segundo a mãe, a instituição não entrou em contato para se desculpar ou oferecer qualquer tipo de reparação. A família registrou boletim de ocorrência e entrou com ação judicial por danos morais.
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Em sua defesa, o colégio alegou que os fatos foram distorcidos, destacando seus 35 anos de atuação na educação infantojuvenil. Alegou ainda que a instituição não conhecia a criança e não teve acesso aos laudos médicos, por isso não teria como praticar qualquer tipo de discriminação.
A escola também argumentou que o nome do contato pode ter sido salvo com erro de digitação, e que a coordenação pediu desculpas à família assim que tomou conhecimento do ocorrido.
De acordo com a advogada da família, Rafaely Alves, a instituição tem até o dia 3 de julho para recorrer da decisão. O g1 entrou em contato com a escola, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.
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No entanto, conforme relatado pela mãe, ao tentar comprovar a justificativa, a funcionária mostrou a tela do computador e a mãe reconheceu o contato dela salvo como "Mãe de [....] BOzão". A mulher questionou o motivo do termo pejorativo e pediu para falar com a coordenadora da escola.
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