VÍDEO: Buraco na Djalma Batista causou acidente com mortes de grávida e bebê, diz laudo pericial

Vídeo mostra grávida em moto com marido passando por buraco antes de morrer em Manaus
Um buraco na pista foi a causa do acidente que matou a biomédica Giovana Ribeiro da Silva, de 29 anos, e o bebê que ela esperava, no fim de junho, na Avenida Djalma Batista, uma das principais vias de Manaus. Assista o vídeo acima.
A conclusão consta em laudo técnico elaborado pelo Instituto de Criminalística do Amazonas, confeccionado no dia 9 de julho, e assinado pelo perito criminal Adison de Jesus dos Santos.
O documento aponta, de forma categórica, que a falta de manutenção no asfalto — ou seja, o buraco na via — foi o fator determinante para o acidente que causou as mortes.
No dia seguinte, em 23 de junho, enquanto ocorria o velório das vítimas, a Prefeitura de Manaus asfaltou o buraco. Na ocasião, informou que a intervenção já estava prevista no cronograma de manutenção viária.
LEIA TAMBÉM: Biomédica esperava sua primeira filha, uma menina, e estava prestes a dar à luz
Giovana estava com oito meses de gestação e seguia como passageira na motocicleta conduzida pelo marido, de 28 anos, quando o casal passou por um buraco na via, nas proximidades do Parque dos Bilhares, no sentido Centro.
Vídeos de câmeras de segurança próximas ao local do acidente também mostram que o condutor da motocicleta não estava em alta velocidade e seguia o fluxo normal da via quando passou pela via.
? Participe do canal do g1 AM no WhatsApp
O impacto fez com que o condutor perdesse o controle da moto. Ambos foram arremessados ao solo, e a gestante acabou sendo lançada até o canteiro central, onde bateu com força em uma árvore.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado imediatamente, mas, ao chegar ao local, constatou que a mulher já estava sem vida. Os socorristas ainda tentaram realizar manobras para salvar o bebê, mas ele também não resistiu.
O g1 procurou a Prefeitura de Manaus para saber se o laudo já foi analisado pelo município e questionou a Polícia Civil sobre o andamento do inquérito que apura o caso. Até a última atualização desta reportagem, não houve retorno.
Família pede justiça
Giovana era biomédica e estava grávida de sete meses.
Reprodução/Redes Sociais
A mãe de Giovana, Maria Goretti Ribeiro, responsabilizou diretamente o poder público pelo acidente e cobrou providências imediatas. Com o laudo pericial em mãos, ela não escondeu sua indignação:
"A morte delas jamais será silenciada. Estamos aqui porque já temos o laudo da perícia em mãos, e há um responsável: a Prefeitura. Esta via, de tráfego rápido, não poderia apresentar um buraco como aquele. No dia 18, quatro dias antes do acidente, já haviam alertado sobre o buraco que eu chamo de 'buraco da morte'. Mesmo assim, nada foi feito, e a negligência custou a vida da minha filha", explicou.
Diante da tragédia, ela fez um apelo direto às autoridades e à sociedade: "Nós estamos aqui pedindo respeito pela população manauara, respeito pelo povo que trabalha, que vai e vem e que quer voltar para casa. Sendo assim, com as ruas sem manutenção, a gente não sabe se volta, porque pode encontrar um buraco da morte na sua frente".
Em seu desabafo, a mãe de Giovana também reforçou que o problema da infraestrutura precária é recorrente e afeta toda a cidade:
"Essa semana, uma idosa caiu em um bueiro. A falta de manutenção nas ruas é evidente. Há bueiros abertos, buracos por toda parte, e o asfalto, que custou milhões, ninguém sabe onde foi parar. Porque o que se vê nas ruas, principalmente nos bairros da periferia, é um buraco emendando no outro — um buraco que vira uma cratera. Pessoas caem, se machucam, se quebram. Esses buracos causam acidentes, causam mortes. Manaus está se tornando conhecida como a cidade do 'buraco da morte'".
Grávida e bebê morrem após moto bater em buraco na Djalma Batista, em Manaus
Nainy Castelo Branco, da Rede Amazônica
Um buraco na pista foi a causa do acidente que matou a biomédica Giovana Ribeiro da Silva, de 29 anos, e o bebê que ela esperava, no fim de junho, na Avenida Djalma Batista, uma das principais vias de Manaus. Assista o vídeo acima.
A conclusão consta em laudo técnico elaborado pelo Instituto de Criminalística do Amazonas, confeccionado no dia 9 de julho, e assinado pelo perito criminal Adison de Jesus dos Santos.
O documento aponta, de forma categórica, que a falta de manutenção no asfalto — ou seja, o buraco na via — foi o fator determinante para o acidente que causou as mortes.
No dia seguinte, em 23 de junho, enquanto ocorria o velório das vítimas, a Prefeitura de Manaus asfaltou o buraco. Na ocasião, informou que a intervenção já estava prevista no cronograma de manutenção viária.
LEIA TAMBÉM: Biomédica esperava sua primeira filha, uma menina, e estava prestes a dar à luz
Giovana estava com oito meses de gestação e seguia como passageira na motocicleta conduzida pelo marido, de 28 anos, quando o casal passou por um buraco na via, nas proximidades do Parque dos Bilhares, no sentido Centro.
Vídeos de câmeras de segurança próximas ao local do acidente também mostram que o condutor da motocicleta não estava em alta velocidade e seguia o fluxo normal da via quando passou pela via.
? Participe do canal do g1 AM no WhatsApp
O impacto fez com que o condutor perdesse o controle da moto. Ambos foram arremessados ao solo, e a gestante acabou sendo lançada até o canteiro central, onde bateu com força em uma árvore.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado imediatamente, mas, ao chegar ao local, constatou que a mulher já estava sem vida. Os socorristas ainda tentaram realizar manobras para salvar o bebê, mas ele também não resistiu.
O g1 procurou a Prefeitura de Manaus para saber se o laudo já foi analisado pelo município e questionou a Polícia Civil sobre o andamento do inquérito que apura o caso. Até a última atualização desta reportagem, não houve retorno.
Família pede justiça
Giovana era biomédica e estava grávida de sete meses.
Reprodução/Redes Sociais
A mãe de Giovana, Maria Goretti Ribeiro, responsabilizou diretamente o poder público pelo acidente e cobrou providências imediatas. Com o laudo pericial em mãos, ela não escondeu sua indignação:
"A morte delas jamais será silenciada. Estamos aqui porque já temos o laudo da perícia em mãos, e há um responsável: a Prefeitura. Esta via, de tráfego rápido, não poderia apresentar um buraco como aquele. No dia 18, quatro dias antes do acidente, já haviam alertado sobre o buraco que eu chamo de 'buraco da morte'. Mesmo assim, nada foi feito, e a negligência custou a vida da minha filha", explicou.
Diante da tragédia, ela fez um apelo direto às autoridades e à sociedade: "Nós estamos aqui pedindo respeito pela população manauara, respeito pelo povo que trabalha, que vai e vem e que quer voltar para casa. Sendo assim, com as ruas sem manutenção, a gente não sabe se volta, porque pode encontrar um buraco da morte na sua frente".
Em seu desabafo, a mãe de Giovana também reforçou que o problema da infraestrutura precária é recorrente e afeta toda a cidade:
"Essa semana, uma idosa caiu em um bueiro. A falta de manutenção nas ruas é evidente. Há bueiros abertos, buracos por toda parte, e o asfalto, que custou milhões, ninguém sabe onde foi parar. Porque o que se vê nas ruas, principalmente nos bairros da periferia, é um buraco emendando no outro — um buraco que vira uma cratera. Pessoas caem, se machucam, se quebram. Esses buracos causam acidentes, causam mortes. Manaus está se tornando conhecida como a cidade do 'buraco da morte'".
Grávida e bebê morrem após moto bater em buraco na Djalma Batista, em Manaus
Nainy Castelo Branco, da Rede Amazônica
Para ler a notícia completa, acesse o link original:
0 curtidas
Notícias Relacionadas
Não há mais notícias para carregar
Comentários 0