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21h

Líderes governistas dizem que Executivo terá que contingenciar emendas se Congresso derrubar decreto do IOF

Líderes governistas dizem que Executivo terá que contingenciar emendas se Congresso derrubar decreto do IOF
Centrão e Oposição se posicionaram contra medidas do governo para substituir alta do IOF e cobram celeridade no pagamento de emendas parlamentares. Líderes governistas disseram nesta quinta-feira (12) que, se o Congresso Nacional derrubar o decreto que prevê aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o governo terá que congelar o pagamento de emendas parlamentares.
Congressistas dizem acreditar que a votação de um regime de urgência para a derrubada do decreto, anunciada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), é uma forma de “dar um recado” para o governo, mas que a derrubada em si não deve acontecer.
Parlamentares da oposição e do Centrão estão descontentes com o ritmo de pagamento das emendas parlamentares e divergem do pacote de medidas fiscais anunciado pelo Ministério da Fazenda para substituir a alta do IOF.
PP e União Brasil devem fechar questão contra o texto. Juntos somam 109 deputados. O PL, que tem 89 parlamentares, também disse que votará contra a proposta.
Líderes da Câmara querem derrubar decreto do IOF; Klava analisa
O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), disse que o diálogo é necessário para que não sejam feitos novos cortes.
“Se não tiver essas soluções que o ministro Haddad tá apresentando, sabe o que vai acontecer no dia 21? Novos cortes e novos contingenciamentos", disse.
“O contingenciamento e corte será linear, atinge todas as despesas discricionárias, inclusive as emendas parlamentares. Portanto, o caminho pra buscar a melhor solução é o caminho do diálogo", afirmou.
Deputado federal Lindbergh Farias, do PT-RJ
Marina Ramos/Câmara dos Deputados
O líder do PT na Casa, Lindbergh Farias (RJ), foi na mesma linha. “Se for votado o PDL mesmo [projeto que derruba o decreto do IOF], só há um caminho para o governo: contingenciar emendas e recursos", afirmou.
Segundo ele, a votação da urgência é uma forma de o Congresso marcar posição, mas que será apenas uma ameaça.
“O que eu acho que vai acontecer é que querem votar a urgência na segunda-feira, mas acho que não vão votar a derrubada do decreto. Todo mundo sabe, na hora H, o que significa a derrubada do decreto", disse.
“Se tem um problema aqui é que tem se votado questões para marcar posição de forma meio infantil", afirmou.
Novo decreto
O novo decreto do IOF foi publicado nesta quarta-feira (11) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Assim como o primeiro texto sobre o imposto, o documento também prevê aumento do tributo, mas em menor escala.
➡️No texto publicado nesta quarta, o governo recuou em parte do aumento feito em maio ao reduzir a alíquota fixa do IOF (incidente na contratação dos empréstimos), que havia subido no mês passado, de 0,95% para 0,38%.
➡️A alíquota diária, entretanto, foi mantida em 0,0082%. Antes, era de 0,0041% ao dia.
O governo também recuou em parte do aumento do tributo sobre o chamado "risco sacado", operação em que um um banco antecipa o pagamento de uma fatura que é cobrada depois de seu cliente.
Com o recuo desta semana, o governo deixou de cobrar a alíquota fixa (incidente na contratação do crédito) de 0,95%. Mas manteve a alíquota diária em 0,0082%.
Também no novo documento, o IOF nos aportes em VGBL passa a incidir somente sobre o valor que exceder R$ 300 mil, considerados a partir da data de entrada em vigor do decreto, e em uma mesma seguradora.
Assim, para 2025, fica flexibilizada a exigência de verificação global dos aportes em diferentes entidades, para evitar problemas operacionais nas entidades seguradoras.
A partir de 1º de janeiro de 2026, o IOF nos aportes em VGBL passa a incidir sobre o valor que exceder R$ 600 mil.

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