Ultraortodoxos de Israel podem derrubar governo de Netanyahu em votação nesta quarta; entenda

Partidos do coalizão do governo de Benjamin Netanyahu ameaçaram apoiar um projeto de lei da oposição para dissolver o Parlamento. Siglas ultraortodoxas se irritaram com apoio de partido do premiê à obrigação do serviço militar para ultrarreligiosos. Votação deve ocorrer nesta quarta-feira (11). Judeus ultraortodoxos protestam em rua de Jerusalém contra proposta do governo para derrubar lei que isenta o grupo de servir ao Exército, em 26 de fevereiro de 2024.
Ronen Zvulun/ Reuters
O governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, enfrentará nesta quarta-feira (11) seu maior teste no Parlamento desde o início da guerra contra o Hamas. O premiê enfrentará uma votação que pode significar o fim de seu governo.
Nesta manhã, a oposição a Netanyahu apresentou um projeto de lei para dissolver o Parlamento — o que, na prática, significa a queda do governo e forçaria a convocação de novas eleições. No entanto, são seus principais aliados, os partidos ultraortodoxos, que podem determinar o fim do gestão do premiê.
Os partidos Shas e Judaísmo Unido da Torá (JUT), as duas siglas ultraortoxas que fazem parte da coalizão de governo de Netanyahu, ameaçaram apoiar a votação do projeto da oposição. Apesar de fortes aliados, os dois partidos se irritaram com o primeiro-ministro por ele não ter barrado uma lei isentando cidadãos ultraordoxos de cumprirem o serviço militar.
Com a guerra de Israel, as alas mais moderadas do governo começaram a defender derrubar a isenção, que nos últimos anos já vinha dividindo a população do país, onde todos os jovens são obrigados a servir ao Exército.
O Likud, partido de Netanyahu, começou então a incentivar a aprovação de uma lei obrigando cidadãos ultraortodoxos a se alistarem ao Exército e determinando sanções para quem se negar, o que provocou a ira do Shas e do JUD.
Acordo e votação
Ao longo do dia, os partidos ultraortodoxos fizeram reuniões com membros do Likud no Knesset, o Parlamento israelense, para tentar um acordo, o que era esperando por parte da imprensa local.
Ainda assim, a votação representa o maior desafio ao governo de Netanyahu desde o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, considerada a falha de segurança mais grave da história de Israel.
A expectativa era que a votação ocorresse durante o fim da noite pelo horário local (fim da tarde pelo horário de Brasília).
Mesmo se for aprovado, o projeto de lei precisará passar por mais três leituras antes da dissolução do Parlamento, um processo que pode levar dias ou semanas.
E, caso isso aconteça, novas eleições demorariam semanas ou meses para serem convocadas. Se o projeto for reprovado, a oposição não poderá apresentar outra votação pela dissolução por pelo menos seis meses.
Na terça-feira, os principais rabinos ultraortodoxos, ou haredi, emitiram um decreto religioso enfatizando sua posição contra o serviço militar, o que dificulta a capacidade de negociação dos políticos haredi.
Netanyahu confirma que Israel está armando milícia que faz oposição ao Hamas
Ronen Zvulun/ Reuters
O governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, enfrentará nesta quarta-feira (11) seu maior teste no Parlamento desde o início da guerra contra o Hamas. O premiê enfrentará uma votação que pode significar o fim de seu governo.
Nesta manhã, a oposição a Netanyahu apresentou um projeto de lei para dissolver o Parlamento — o que, na prática, significa a queda do governo e forçaria a convocação de novas eleições. No entanto, são seus principais aliados, os partidos ultraortodoxos, que podem determinar o fim do gestão do premiê.
Os partidos Shas e Judaísmo Unido da Torá (JUT), as duas siglas ultraortoxas que fazem parte da coalizão de governo de Netanyahu, ameaçaram apoiar a votação do projeto da oposição. Apesar de fortes aliados, os dois partidos se irritaram com o primeiro-ministro por ele não ter barrado uma lei isentando cidadãos ultraordoxos de cumprirem o serviço militar.
Com a guerra de Israel, as alas mais moderadas do governo começaram a defender derrubar a isenção, que nos últimos anos já vinha dividindo a população do país, onde todos os jovens são obrigados a servir ao Exército.
O Likud, partido de Netanyahu, começou então a incentivar a aprovação de uma lei obrigando cidadãos ultraortodoxos a se alistarem ao Exército e determinando sanções para quem se negar, o que provocou a ira do Shas e do JUD.
Acordo e votação
Ao longo do dia, os partidos ultraortodoxos fizeram reuniões com membros do Likud no Knesset, o Parlamento israelense, para tentar um acordo, o que era esperando por parte da imprensa local.
Ainda assim, a votação representa o maior desafio ao governo de Netanyahu desde o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, considerada a falha de segurança mais grave da história de Israel.
A expectativa era que a votação ocorresse durante o fim da noite pelo horário local (fim da tarde pelo horário de Brasília).
Mesmo se for aprovado, o projeto de lei precisará passar por mais três leituras antes da dissolução do Parlamento, um processo que pode levar dias ou semanas.
E, caso isso aconteça, novas eleições demorariam semanas ou meses para serem convocadas. Se o projeto for reprovado, a oposição não poderá apresentar outra votação pela dissolução por pelo menos seis meses.
Na terça-feira, os principais rabinos ultraortodoxos, ou haredi, emitiram um decreto religioso enfatizando sua posição contra o serviço militar, o que dificulta a capacidade de negociação dos políticos haredi.
Netanyahu confirma que Israel está armando milícia que faz oposição ao Hamas
Para ler a notícia completa, acesse o link original:
2 curtidas
Notícias Relacionadas
Não há mais notícias para carregar
Comentários 0