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Drones ajudam a identificar focos da dengue em Mogi das Cruzes

Drones ajudam a identificar focos da dengue em Mogi das Cruzes
Ação é executada em áreas consideradas de difícil acesso e com maior incidência de casos. Município ainda não registrou mortes pela doença em 2025. Drone é utilizado para o combate à dengue em Mogi das Cruzes
Divulgação/PMMC
Utilizado por produtores rurais, o drone passou a ter um papel fundamental no combate ao mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, em Mogi das Cruzes.
A Prefeitura iniciou uma operação com a utilização do equipamento em áreas de difícil acesso e com maior incidência de casos. O município registrou mais de 160 casos positivos da doença nos primeiros quatro meses de 2025.
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"O drone consegue acessar áreas bem específicas, de difícil acesso. Nós fazemos um pré-mapeamento de cada local. Ele sobrevoa e aplica o produto, que é larvicida. Existem muitas casas com piscinas e ele ajuda a ter acesso", diz o diretor do Departamento Municipal de Vigilância em Saúde, Jefferson Renan de Araújo Leite.
O primeiro trabalho foi em 16 de maio na Vila Suíssa, no distrito de César de Sousa, e percorreu também os bairros do Mogi Moderno, Vila Cintra e Vila Oliveira. O objetivo da ação é reduzir níveis de infestação.
O larvicida aplicado pelo drone é um produto químico usado para matar as larvas de insetos, como os mosquitos. O equipamento tem a capacidade para transportar 8 litros do produto que é aplicado normalmente em locais com água parada.
O drone possui quatro pulverizadores (um em cada haste), com apoio operacional de outro drone que indica os locais e áreas de risco. Leite reforça que o produto não traz danos à saúde de humanos e animais.
"O larvicida é um produto seguro e é nocivo apenas para a larva, quebrando o ciclo do mosquito. Não é prejudicial à nossa saúde e de animais. Ele mata larvas e impede o desenvolvimento delas ".
Questionado, o diretor não informou quais são as próximas localidades que receberão a operação, mas adiantou que o objetivo é executar o serviço em todo o município.
Uma lei de 2016 autoriza a entrada forçada em imóveis fechados. O vice-prefeito Téo Cusatis explica que com a utilização do drone, a prática se torna menos invasiva.
"O drone já está sendo utilizado em algumas cidades para controle do Aedes aegypti e é um reforço muito importante. Temos uma legislação de 2016 que permite a entrada forçada em imóveis fechados, mas a utilização do drone é mais prática, menos invasiva e até mais econômica”.
Mogi das Cruzes registrou 161 casos positivos de dengue e nenhuma morte nos primeiros quatro meses deste ano. De janeiro a abril do ano passado, o município tinha 14.842 diagnósticos confirmados e 14 mortes pela doença, conforme aponta o Painel de Arboviroses do Governo de São Paulo.
A administração municipal reforçou que mantém a vacinação dentro da rotina que é destinada para crianças e adolescentes de 10 e 14 anos.
O imunizante está disponível em todos os postos de saúde ou unidade do Programa Saúde da Família. Os atendimentos acontecem de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h30, ou até as 18h30, nas unidades que mantém horário estendido.
Ainda neste ano foi implantado o Zap Dengue, um canal voltado ao atendimento e informações sobre a dengue. O número é o (11) 99918-6070.
O que é a dengue?
A dengue faz parte de um grupo de doenças denominadas arboviroses. O vírus é transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti e possui quatro sorotipos diferentes: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 — todos podem causar as diferentes formas da doença.
Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas mais velhas e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte.
Uma pessoa pode ter dengue até quatro vezes ao longo de sua vida. Isso ocorre porque ela pode ser infectada com aos quatro diferentes sorotipos do vírus. Uma vez exposta a um determinado sorotipo, após a remissão da doença, ela passa a ter imunidade para aquele sorotipo específico.
Principais cuidados de prevenção à dengue
Livre-se de objetos que acumulam água
Dê o destino correto para latas, garrafas, potes, pneus e qualquer outro tipo de objeto que possa servir como criadouro.
Armazene garrafas da forma correta
Se você precisa guardar garrafas e outros objetos que podem acumular água, armazene-os tampados ou com a boca para baixo.
Evite a contaminação de calhas e caixas-d’água
As calhas devem ser mantidas desobstruídas e livres de folhas e galhos, enquanto a caixa-d’água deve estar sempre bem tampada.
Higienize recipientes que armazenam água
Tanques, barris e tonéis utilizados para guardar água da chuva, por exemplo, devem ficar tampados e ser higienizados semanalmente com escova e sabão. As piscinas devem ser tratadas com cloro.
Tenha cuidado com o lixo
Amarre bem as sacolas e deposite-as em lixeiras fora do alcance de animais. Não jogue lixo em terrenos baldios.
Atente-se aos vasos de plantas
Descarte pratinhos para evitar o acúmulo de água.
Utilize proteção individual
As medidas coletivas de proteção podem ser complementadas com cuidados como o uso de repelentes e inseticidas, instalação de telas e mosquiteiros em portas e janelas e a preferência por roupas de mangas compridas.
Mogi das Cruzes utiliza drones para combater a dengue
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