Quer estudar fora? Veja 2 dicas da brasileira que tirou a maior nota de Harvard em 2025

Sarah Borges, de 23 anos, foi a primeira brasileira a receber o prêmio de melhor aluna entre os formandos da universidade americana. Ela compartilhou com o g1 orientações práticas sobre como dar o primeiro passo para ser aprovado no exterior. Bolsista, aluna brasileira fez história: obteve a nota mais alta da turma em Harvard
Recém-formada em Psicologia pela Universidade de Harvard, Sarah Borges, de 23 anos, fez história: foi a primeira brasileira a ganhar o Sophia Freund Prize, prêmio reservado a quem tira a nota final mais alta da turma e conclui o curso summa cum laude (nível máximo de honra acadêmica).
Além de detalhar sua trajetória ao g1 — a trama envolve até abandonar o concorridíssimo curso de Medicina da Universidade de São Paulo, onde estudava com a irmã gêmea —, ela ainda compartilhou duas dicas de como dar o primeiro passo para fazer faculdade no exterior.
"Realmente, não é fácil. Vai exigir várias horas de esforço e de dedicação. Mas é muito recompensador — e vocês não estão sozinhos", diz.
Veja os conselhos da jovem abaixo:
? 1. Procure uma mentoria
Sarah Borges faz parte do grupo de formandos de Harvard que tiraram a nota mais alta de 2025
Arquivo pessoal
Apesar de, na escola, Sarah ter ganhado diversas medalhas em olimpíadas científicas e ficado em 1º lugar em rankings de simulados, só começou a considerar estudar fora do Brasil no último ano do ensino médio, após incentivo da irmã mais velha.
"Eu nem sabia por onde começar. Muita gente paga consultoria, mas eu encontrei mentorias gratuitas. Faltava uma semana para o prazo, me inscrevi correndo e fui aceita", diz.
Ela precisou traduzir históricos escolares, escrever redações pessoais, fazer provas específicas como SAT e testes de proficiência em inglês — além de revisar toda a trajetória extracurricular desde o 9º ano.
A jovem cita três organizações sem fins lucrativos que foram importantes em sua trajetória:
Brasa - projeto que oferece mentorias e bolsas de estudo no exterior a jovens com potencial de liderança;
Fundação Estudar - rede de apoio a estudantes brasileiros que demonstram ter grande potencial acadêmico (Sarah fez parte do "Líderes Estudar", programa de auxílio financeiro a alunos fora do país);
Education USA - rede global de Centros de Orientação do Departamento de Estado Americano, com profissionais treinados para auxiliar na tradução de documentos e na orientação profissional.
? 2. Tenha um propósito maior
Sarah Borges alcançou a nota mais alta da turma de 2025 de Harvard
Reprodução/Redes sociais
Sarah destaca a importância de ter (e de demonstrar ao longo dos processos seletivos) um objetivo "maior" do que o da aprovação. Encontrar uma causa social com a qual o candidato de fato se identifique pode ser um diferencial importante na carreira.
“Muito mais gratificante do que qualquer reconhecimento que eu já recebi é saber que o que escolhi [estudar sobre a saúde mental dos jovens] vai ajudar outras pessoas. Trarei algo de bom para esse mundo, que hoje enfrenta tantos desafios”, afirma.
“Se você tem o privilégio de escolher o que quer fazer profissionalmente, espero que use essa oportunidade para contribuir com um futuro melhor.”
➡️No caso de Sarah, o interesse por assuntos que integram saúde e sociologia começaram desde cedo:
Ao longo da infância em Goiânia, ela percebeu como fatores estruturais e sociais frequentemente desencadeiam e perpetuam o sofrimento psicológico.
Durante a graduação em Harvard, Sarah direcionou o interesse pela psicologia para entender como o estigma em torno das doenças mentais afeta a busca por serviços de saúde. Seu foco eram os jovens vulneráveis.
Na pesquisa, a brasileira concluiu que essas pessoas ficam significativamente menos propensas a procurar e receber tratamento.
Depois de encerrar a graduação com a maior nota da turma de Harvard, Sarah fará o doutorado em psiquiatria na Universidade de Cambridge, no Reino Unido. A brasileira foi aceita com bolsa integral da Gates Cambridge, uma das mais competitivas do país, voltada a jovens com potencial de liderança e impacto social global.
Ela continuará focada no mesmo tema, com assistência da professora Dra. Sharon Neufeld.
“Quero entender se os serviços de saúde mental no Brasil são eficazes, para quem funcionam melhor e por quê”, resume.
A pesquisa vai investigar não só a redução de sintomas psicológicos, mas também os efeitos dos tratamentos no desempenho escolar, nas relações sociais e na qualidade de vida dos jovens atendidos.
"Sinto uma forte responsabilidade de usar minhas oportunidades para melhorar o bem-estar daqueles que frequentemente são deixados de fora da pesquisa e da política", diz.
Sarah joga o chapéu de formanda na cerimônia de encerramento do curso
Arquivo pessoal
Vídeo: alunos estrangeiros sentem-se ameaçados por Trump
Abaixo, veja um vídeo sobre as recentes decisões do presidente americano Donald Trump para restringir a presença de alunos estrangeiros em universidades dos EUA.
Acuados por Trump, estudantes estrangeiros apagam redes e evitam sair de casa
Recém-formada em Psicologia pela Universidade de Harvard, Sarah Borges, de 23 anos, fez história: foi a primeira brasileira a ganhar o Sophia Freund Prize, prêmio reservado a quem tira a nota final mais alta da turma e conclui o curso summa cum laude (nível máximo de honra acadêmica).
Além de detalhar sua trajetória ao g1 — a trama envolve até abandonar o concorridíssimo curso de Medicina da Universidade de São Paulo, onde estudava com a irmã gêmea —, ela ainda compartilhou duas dicas de como dar o primeiro passo para fazer faculdade no exterior.
"Realmente, não é fácil. Vai exigir várias horas de esforço e de dedicação. Mas é muito recompensador — e vocês não estão sozinhos", diz.
Veja os conselhos da jovem abaixo:
? 1. Procure uma mentoria
Sarah Borges faz parte do grupo de formandos de Harvard que tiraram a nota mais alta de 2025
Arquivo pessoal
Apesar de, na escola, Sarah ter ganhado diversas medalhas em olimpíadas científicas e ficado em 1º lugar em rankings de simulados, só começou a considerar estudar fora do Brasil no último ano do ensino médio, após incentivo da irmã mais velha.
"Eu nem sabia por onde começar. Muita gente paga consultoria, mas eu encontrei mentorias gratuitas. Faltava uma semana para o prazo, me inscrevi correndo e fui aceita", diz.
Ela precisou traduzir históricos escolares, escrever redações pessoais, fazer provas específicas como SAT e testes de proficiência em inglês — além de revisar toda a trajetória extracurricular desde o 9º ano.
A jovem cita três organizações sem fins lucrativos que foram importantes em sua trajetória:
Brasa - projeto que oferece mentorias e bolsas de estudo no exterior a jovens com potencial de liderança;
Fundação Estudar - rede de apoio a estudantes brasileiros que demonstram ter grande potencial acadêmico (Sarah fez parte do "Líderes Estudar", programa de auxílio financeiro a alunos fora do país);
Education USA - rede global de Centros de Orientação do Departamento de Estado Americano, com profissionais treinados para auxiliar na tradução de documentos e na orientação profissional.
? 2. Tenha um propósito maior
Sarah Borges alcançou a nota mais alta da turma de 2025 de Harvard
Reprodução/Redes sociais
Sarah destaca a importância de ter (e de demonstrar ao longo dos processos seletivos) um objetivo "maior" do que o da aprovação. Encontrar uma causa social com a qual o candidato de fato se identifique pode ser um diferencial importante na carreira.
“Muito mais gratificante do que qualquer reconhecimento que eu já recebi é saber que o que escolhi [estudar sobre a saúde mental dos jovens] vai ajudar outras pessoas. Trarei algo de bom para esse mundo, que hoje enfrenta tantos desafios”, afirma.
“Se você tem o privilégio de escolher o que quer fazer profissionalmente, espero que use essa oportunidade para contribuir com um futuro melhor.”
➡️No caso de Sarah, o interesse por assuntos que integram saúde e sociologia começaram desde cedo:
Ao longo da infância em Goiânia, ela percebeu como fatores estruturais e sociais frequentemente desencadeiam e perpetuam o sofrimento psicológico.
Durante a graduação em Harvard, Sarah direcionou o interesse pela psicologia para entender como o estigma em torno das doenças mentais afeta a busca por serviços de saúde. Seu foco eram os jovens vulneráveis.
Na pesquisa, a brasileira concluiu que essas pessoas ficam significativamente menos propensas a procurar e receber tratamento.
Depois de encerrar a graduação com a maior nota da turma de Harvard, Sarah fará o doutorado em psiquiatria na Universidade de Cambridge, no Reino Unido. A brasileira foi aceita com bolsa integral da Gates Cambridge, uma das mais competitivas do país, voltada a jovens com potencial de liderança e impacto social global.
Ela continuará focada no mesmo tema, com assistência da professora Dra. Sharon Neufeld.
“Quero entender se os serviços de saúde mental no Brasil são eficazes, para quem funcionam melhor e por quê”, resume.
A pesquisa vai investigar não só a redução de sintomas psicológicos, mas também os efeitos dos tratamentos no desempenho escolar, nas relações sociais e na qualidade de vida dos jovens atendidos.
"Sinto uma forte responsabilidade de usar minhas oportunidades para melhorar o bem-estar daqueles que frequentemente são deixados de fora da pesquisa e da política", diz.
Sarah joga o chapéu de formanda na cerimônia de encerramento do curso
Arquivo pessoal
Vídeo: alunos estrangeiros sentem-se ameaçados por Trump
Abaixo, veja um vídeo sobre as recentes decisões do presidente americano Donald Trump para restringir a presença de alunos estrangeiros em universidades dos EUA.
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