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Implante contraceptivo gratuito chega ainda este ano no SUS para 500 mil mulheres

Implante contraceptivo gratuito chega ainda este ano no SUS para 500 mil mulheres
Com alta eficácia e longa duração, o novo implante subdérmico será incorporado na saúde pública para prevenir gravidez não planejada. Produto pode custar até R$ 4 mil Implante contraceptivo gratuito chega ainda este ano no SUS para 500 mil mulheres
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Um implante contraceptivo, inserido sob a pele, será disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para 500 mil mulheres ainda este ano. Atualmente, o produto custa entre R$ 2 mil e R$ 4 mil.
A decisão de incorporar o contraceptivo ao SUS foi apresentada na tarde desta quarta-feira (2), durante a reunião da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).
➡️ Conhecido como Implanon, ele libera etonogestrel e é considerado vantajoso em relação aos já existentes por sua longa duração. Ele age no organismo por até três anos, sem necessidade de intervenções durante esse período, e tem alta eficácia.
Depois de três anos, o implante deve ser retirado e, se houver interesse, um novo pode ser inserido imediatamente pelo próprio SUS. A fertilidade retorna rapidamente após a remoção.
Atualmente, entre os contraceptivos oferecidos no SUS, apenas o DIU de cobre é classificado como contraceptivo reversível de longa duração.
Esses métodos de longa duração são considerados mais eficazes no planejamento reprodutivo por não dependerem do uso contínuo ou correto por parte da usuária, como ocorre com os anticoncepcionais orais ou injetáveis. Além disso, são reversíveis e seguros.
O SUS disponibiliza atualmente os seguintes métodos contraceptivos:
preservativos externo e interno
DIU de cobre
Anticoncepcional oral combinado
Pílula oral de progestagênio
Injetáveis hormonais mensal e trimestral
Laqueadura tubária bilateral
E vasectomia.
*Entre esses, apenas os preservativos oferecem proteção contra Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).
Além de prevenir a gravidez não planejada, o acesso a contraceptivo também contribui para a redução da mortalidade materna, em alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, afirma o Ministério da Saúde. A pasta tem o compromisso de reduzir em 25% a mortalidade materna geral e em 50%, entre mulheres negras até 2027.
O investimento será de aproximadamente R$ 245 milhões e, até 2026, é estimada a distribuição de 1,8 milhão de dispositivos para atender a todas as mulheres, sendo 500 mil ainda este ano.
Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, esse implante é muito mais eficaz que outros métodos para prevenir a gravidez não planejada. “Essa decisão foi da Conitec, a pedido do Ministério da Saúde, e agora vamos orientar as equipes, fazer a compra e orientar as Unidades Básicas de Saúde de todo o Brasil para já no segundo semestre desse ano começar a utilizar no SUS”, diz Padilha.
“Essa decisão chega como uma política pública para transformar vidas. É mais um método e representa um avanço nas ações de fortalecimento do planejamento sexual e reprodutivo no país, que deve ser ofertado a todas as pessoas pelo SUS”, afirma a secretária de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Ana Luiza Caldas.
Prazo para disponibilização
O Ministério da Saúde deve publicar, nos próximos dias, a portaria que oficializa a incorporação do contraceptivo no SUS. A partir da publicação, as áreas técnicas da pasta terão 180 dias para efetivar a oferta, o que envolve etapas como atualização das diretrizes clínicas, aquisição e distribuição do insumo, capacitação e habilitação de profissionais, entre outras ações.
A inserção e a retirada do implante subdérmico devem ser realizadas por médicas(os) e enfermeiras(os) qualificadas(os). Por isso, a ampliação da oferta será acompanhada de estratégias de formação teórica e prática desses profissionais.
A Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps) será responsável por coordenar a implementação nos territórios. A expectativa é de que os serviços que já atuam com planejamento sexual e reprodutivo, e contam com profissionais habilitados, iniciem a formação de novas equipes.
Esta reportagem está em atualização

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