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Irã ataca Haifa e diz ter atingido prédio ligado ao governo de Israel; mesquita foi atingida, segundo israelenses

Irã ataca Haifa e diz ter atingido prédio ligado ao governo de Israel; mesquita foi atingida, segundo israelenses
Prefeita confirmou que prédios próximos ao principal porto da cidade, que fica ao norte do país, foram danificados pelo ataque. Bombardeio ocorreu após Exército israelense ter dito que vai 'aprofundar' bombardeios no Irã. Equipes de resgate em local de bombardeio iraniano em Haifa, no norte de Israel, em 20 de junho de 2025.
REUTERS/Florion Goga
O Irã afirmou ter feito um ataque a um prédio do governo israelense em Haifa, cidade portuária no norte de Israel, nesta sexta-feira (20), segundo informações da TV iraniana "Nournews", ligada ao regime de Ali Khamenei.
"No ataque de mísseis ocorrido há poucos minutos em Haifa, um prédio que abriga um dos órgãos sensíveis do governo israelense foi atingido", afirmou a TV.
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A Guarda Revolucionária iraniana afirmou que utilizou mísseis balísticos e drones no ataque desta sexta-feira e teve como alvo instalações militares, indústrias da Defesa israelense e centros de comando israelenses.
O ataque a Haifa ocorreu junto com bombardeios de mísseis e drones contra outras regiões de Israel. Explosões também foram ouvidas sobre a capital israelense, Tel Aviv, e Jerusalém, segundo a agência de notícias Reuters. Ao menos 17 pessoas ficaram feridas em todo o país, segundo o serviço de emergência israelense Magen David Adom.
A prefeita de Haifa afirmou ao jornal americano "The New York Times" que prédios próximos ao principal porto da cidade foram atingidos. O ataque ocorreu na vizinhança do prédio do Ministério do Interior israelense, segundo geolocalização feita a partir de vídeos do ataque que circulam nas redes sociais.
O Ministério do Interior israelense afirmou em comunicado que uma mesquita no centro de Haifa foi atingida, e que religiosos estavam presentes no local durante o ataque, e não informou sobre outros locais atingidos na cidade.
O governo de Israel também afirmou que uma mesquita foi atingida pelo ataque iraniano. Segundo vídeo divulgado no perfil oficial no X, a mesquita está localizada na vizinhança ao prédio do Ministério do Interior.
O ataque iraniano ocorre ao mesmo tempo que Israel lança uma nova onda de bombardeios nas regiões oeste e central do Irã. Mais cedo, o Exército israelense afirmou que irá "aprofundar" os bombardeios no país rival, e o ministro da Defesa, Israel Katz, pediu às Forças Armadas ataques a "símbolos do regime iraniano". Leia mais abaixo.
Israel promete 'aprofundar' ataques ao Irã
Israel Katz, ministro da Defesa israelense.
REUTERS/Ronen Zvulun
O porta-voz do Exército de Israel informou nesta sexta-feira (20) que o país vai “aprofundar” os ataques contra o Irã. Segundo o ministro da Defesa, Israel Katz, o foco são ataques aos “símbolos do regime” do aiatolá Ali Khamenei, com o objetivo de desestabilizá-lo.
Katz já havia ordenado, ainda pela manhã, que o Exército intensificasse os ataques contra o Irã e atingisse “todos os símbolos do regime” iraniano.
Em nova declaração, dada à tarde no horário local, o ministro reiterou que os ataques aéreos têm como objetivo desestabilizar o governo do Irã.
"Continuamos a intensificar os ataques contra a ameaça nuclear iraniana, em todos os seus componentes", disse Israel Katz.
A ordem ocorre um dia após Katz afirmar que o líder supremo iraniano “não merece mais viver”, em resposta ao ataque ao hospital Soroka, no sul de Israel.
Encontro Irã e representantes europeus
Líder Supremo do Irã rejeita rendição e ameaça EUA com 'danos irreparáveis'
Os ministros das Relações Exteriores do Reino Unido, França e Alemanha —conhecidos como E3— se reúnem nesta sexta-feira (20) com o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araqchi.
O objetivo é buscar uma solução diplomática para o conflito entre Israel e o Irã, e o programa nuclear iraniano também será discutido. A sugestão do encontro presencial partiu do Irã, e as duas partes concordaram em se reunir.
As negociações ocorrerão em Genebra, na Suíça, onde foi firmado em 2013 o primeiro acordo entre o Irã e as potências mundiais para limitar o programa nuclear iraniano em troca da retirada de sanções. Esse acordo foi fechado pelo ex-presidente americano Barack Obama, e Donald Trump retirou os EUA durante seu primeiro mandato, entre 2017 e 2020.
A reunião acontece após o colapso das novas negociações entre Irã e EUA, motivado pelo lançamento de uma ofensiva militar israelense no formato de bombardeios aéreos no último dia 12 de junho.
“Os iranianos não conseguem se sentar com os americanos, enquanto nós conseguimos”, disse um diplomata europeu. “Vamos dizer a eles para voltarem à mesa de negociações sobre a questão nuclear antes que o pior aconteça, ao mesmo tempo em que levantamos nossas preocupações com relação a seus mísseis balísticos, apoio à Rússia e detenção de nossos cidadãos.”
As potências europeias, que não participaram diretamente das negociações nucleares entre Irã e EUA, vinham se mostrando cada vez mais frustradas com a estratégia de negociação americana. Os países consideraram algumas exigências do governo Trump como irreais e temiam que um acordo político inicial fraco levasse a negociações intermináveis.
Os seguintes ministros e diplomatas europeus comparecerão à reunião com o Irã:
Ministro das Relações Exteriores alemão, Johann Wadephul;
Ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean‑Noël Barrot.
Secretário das Relações Exteriores britânico, David Lammy;
Chefe da Diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas;
Dois diplomatas disseram que não há grandes expectativas de avanços nas negociações em Genebra, que também contarão com a presença do chefe da política externa da União Europeia.
Mas disseram que é vital manter o diálogo com o Irã, pois, mesmo que a guerra cesse, o programa nuclear iraniano continuará sem solução, já que não é possível apagar o conhecimento técnico adquirido — o que poderia permitir ao país reconstruir o programa de forma clandestina.
Um funcionário iraniano afirmou que Teerã sempre foi favorável à diplomacia, mas pediu que o E3 use todos os meios disponíveis para pressionar Israel a cessar seus ataques contra o Irã.
“O Irã continua comprometido com a diplomacia como único caminho para resolver disputas — mas a diplomacia está sob ataque”, disse o funcionário.
Chamas e fumaça sobem do horizonte de Teerã enquanto Israel bombardeia o Irã
Reprodução/Reuters
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