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'Amo muito meus filhos, mas tenho medo deles', diz mãe espancada por adolescentes em Olinda; vídeo mostra agressão

'Amo muito meus filhos, mas tenho medo deles', diz mãe espancada por adolescentes em Olinda; vídeo mostra agressão
Irmã dos garotos, de 19 anos, também foi agredida. Adolescentes, de 15 e 16 anos, foram apreendidos pela polícia. Adolescentes espancam mãe e irmã durante confusão em Olinda
"Eu amo muito meus filhos, mas tenho medo deles, pelos monstros que estão se tornando". O depoimento é da mãe que foi espancada por dois adolescentes, de 15 e 16 anos, no bairro de Águas Compridas, em Olinda. A agressão foi filmada pela vítima e por uma testemunha. A irmã dos garotos, uma jovem de 19 anos, também foi agredida (veja vídeo acima).
O caso aconteceu no domingo (1º). Nesta quarta-feira (4), a mãe espancada conversou com o g1 e contou que, durante a agressão, o pai dos adolescentes estava filmando, sem intervir na briga. Os nomes dos envolvidos não serão divulgados em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
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A mãe disse que estava descendo uma ladeira com a filha quando, sem motivo, as duas começaram a ser agredidas pelos adolescentes.
"Minha filha estava descendo a rua para ir para a casa dela, junto comigo, e eles chegaram já agredindo. O pai estava filmando, rindo. Levei murros na cabeça, chutes. Minha filha levou pisada na cara. O que o vídeo mostra já foi o final. Meu genro foi defender minha filha", declarou a mãe agredida.
A mulher também disse que a relação com os filhos começou a ficar conturbada há cerca de seis anos, quando ela decidiu se separar do marido. A guarda dos adolescentes ficou com ele, que, segundo a mãe, a ameaçava e violentava. A filha mais velha foi morar com ela, já que é de outro pai.
"O pai [dos adolescentes] queria um trisal e não aceitou o fim do relacionamento. Foram 12 anos juntos, sete de amor e cinco de sofrimento. Ele me batia dentro do quarto e fazia sexo forçado comigo. Dizia que, se eu não fizesse, matava minha filha, que não é dele. Quando me libertei, namorei uma mulher e ele ficou com ciúmes. Virou um pesadelo. Não consigo mais me relacionar com ninguém", afirmou.
Ameaçada, a mulher cedeu a guarda dos dois filhos para o pai, que continuou morando no mesmo bairro. Ela foi morar com amigos e, até hoje, vive com a ajuda de conhecidos, que custeiam até mesmo a pensão que ela, por decisão judicial, paga para os adolescentes.
Adolescentes espancam mãe e irmã em Olinda
Reprodução/WhatsApp
No começo, segundo a mulher, os filhos iam visitá-la. A frequência foi diminuindo, até que a relação se tornou violenta.
"O pai deles fez alienação parental. Meus filhos não eram assim, e hoje eu tenho medo deles. Ele acabou com o meu psicológico. O mais novo ia me visitar escondido e ele [o pai], quando descobriu, quebrou uma raquete nas costas do menino. Eu nunca consegui a guarda de volta, porque moro de favor e vivia do Bolsa Família. Depois, até isso deixou de ser pago, e as coisas foram desandando", declarou.
A mãe contou, ainda, que essa não foi a primeira vez que ela e a filha foram agredidas pelos adolescentes. Entretanto, nada se compara ao que aconteceu no domingo (1º).
"Foi a noite mais terrível da minha vida. O pensamento dos meus filhos não vai mais mudar, mas esse homem [o pai] precisa ser parado. Eu temo pela vida da minha filha,e pela minha. Vão esperar nós aparecermos mortas na televisão para agir", disse a mulher.
Violência filmada
No vídeo, é possível ver quando uma garota, de verde, é agredida por um adolescente sem camisa com vários socos na cabeça e, depois, leva um soco no rosto desferido por um adolescente de camisa vermelha. Nas imagens, o que está sem camisa também aparece discutindo com a mãe, uma mulher de vestido verde.
Procurada pelo g1, a Polícia Civil confirmou que registrou a ocorrência por meio da 7ª Delegacia Seccional de Olinda. Em nota, também informou que o caso é investigado como “ato infracional análogo à lesão corporal por violência doméstica”.
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) também foi procurado pelo g1 e afirmou que, em respeito ao ECA, não pode disponibilizar informações sobre o caso.
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