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Mãe e filha são suspeitas de criar falsa mãe de santo para aplicar golpes oferecendo cirurgias espirituais por telefone no PR

Mãe e filha são suspeitas de criar falsa mãe de santo para aplicar golpes oferecendo cirurgias espirituais por telefone no PR
Segundo o delegado de Jandaia do Sul, que investiga o caso, mulheres também são suspeitas de criar um segundo personagem, uma advogada que dizia haver processos em nome das vítimas e prometia resolvê-los em troca de dinheiro. Delegado fala sobre investigação de mãe e filha suspeitas de golpes no PR
Mãe e filha, de 64 e 49 anos, são suspeitas de criar uma falsa mãe de santo para aplicar golpes oferecendo cirurgias espirituais por telefone, em Jandaia do Sul, no norte do Paraná. Vítimas chegaram a pagar valores que variam entre R$ 3 mil e R$ 75 mil pelos atendimentos.
Segundo o delegado Saulo Batista, mulheres também são suspeitas de criar um segundo personagem, uma advogada que dizia haver processos em nome das vítimas e prometia resolvê-los em troca de dinheiro. Saiba mais abaixo.
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As mulheres passaram a ser investigadas há dois meses, quando vítimas registraram boletins de ocorrência. A investigação apura os crimes de estelionato, extorsão e exploração de prestígio - consiste em solicitar, receber dinheiro ou qualquer outra vantagem, a pretexto de influenciar decisões de autoridades ou servidores públicos no âmbito do Poder Judiciário. Leia mais abaixo.
Até o momento, quatro pessoas disseram ter sido alvo dos golpes. Conforme o delegado, estima-se que no último ano o prejuízo gerado às vítimas seja próximo de R$ 2 milhões. A polícia afirma que um imóvel em Maringá está entre os bens que foram transferidos para as suspeitas como pagamento.
Na manhã desta quarta-feira (25), a Polícia Civil cumpriu três mandados de busca e apreensão em endereços das investigadas. Na ação, um revólver e munições foram apreendidos e o marido de uma delas foi preso por porte ilegal de armas.
Segundo o delegado, o Poder Judiciário também autorizou o sequestro de bens das suspeitas, como joias e um carro avaliado em R$ 200 mil. Elas estão respondendo ao processo em liberdade e foram intimadas para prestar depoimento na próxima sexta-feira (27).
Joias, um revólver e munições foram apreendidas durante a operação.
Polícia Civil (PC-PR)
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Como as suspeitas agiam
Segundo a polícia, as vítimas eram pessoas conhecidas das mulheres. Elas acreditavam que estavam sendo atendidas pela líder espiritual, que seria da Bahia, e se chamava Vozinha. A personagem era interpretada por uma das suspeitas e fazia os "atendimentos" somente por telefone.
O delegado Saulo explicou que o serviço de cirurgia espiritual era oferecido para as vítimas pela "mãe de santo". A falsa líder espiritual dizia que elas ou familiares iam desenvolver tumores e outras doenças e, para que isso não acontecesse, precisavam fazer as sessões e realizar os pagamentos.
"Essa mãe de Santo, supostamente seria da Bahia, entrava em contato com as vítimas através de número de telefone com o DDD do estado do Paraná. As investigações demonstraram que a proprietária dessa linha telefônica era justamente uma das suspeitas. Então ela não era só intermediária. Ela provavelmente simulava ser essa mãe de santo para se aproveitar de momentos de fragilidade dessas vítimas", explicou o delegado.
Estima-se que os golpes eram aplicados desde 2012. Todos os valores eram pagos por transferências bancárias ou entregues em espécie a uma das suspeitas.
De acordo com o delegado, a primeira denúncia aconteceu depois que o filho de uma das vítimas percebeu o desfalque em uma das empresas e descobriu que a mãe usava o dinheiro para pagar os serviços prestados pelas personagens criadas pelas investigadas.
Mãe e filha também criaram uma falsa advogada para aplicar golpes
O delegado informou que as suspeitas criaram também uma falsa advogada, por quem uma delas se passava. A personagem era chamada de Sandra e dizia morar na Europa, por isso os atendimentos feitos por ela também eram por telefone.
Segundo o delegado, ela dizia que as vítimas estavam respondendo por alguns processos – que na verdade não existiam – e cobrava valores com a promessa de ter o poder de influenciar juízes e membros do Ministério Público para terem sentenças favoráveis.
Em alguns casos, a falsa advogada dizia que as vítimas poderiam ser presas, caso o processo não fosse resolvido.
Para passar credibilidade aos atendimentos feitos pela falsa advogada, mãe e filha são suspeitas de falsificar documentos e processos judiciais. De acordo com o delegado, uma das vítimas chegou a confrontar um dos documentos junto a um cartório, que reconheceu que ele não era legítimo.
As mulheres também são suspeitas de se aproximar de algumas vítimas e oferecer falsos serviços contábeis. Nessa ação elas não se passavam pela falsa advogada ou pela falsa mãe de santo.
"A partir desses auxílios, elas extraíam valores simulando dívidas e cartas de protesto, a maioria falsos e iam recebendo valores vultosos", explicou o delegado.
A Polícia Civil (PC-PR) continua investigando o caso. Novas denúncias podem ser feitas pelo telefone (43) 3432-4000.
Carro também foi apreendido durante a operação em Jandaia do Sul.
Polícia Civil (PC-PR)
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