Caso Patrícia Amieiro completa 17 anos: ‘A justiça precisa ser feita’, diz irmão sobre júri de PMs em agosto

Após quase duas décadas, o júri popular dos policiais militares acusados no caso está marcado para o dia 5 de agosto. O julgamento terá como destaque o depoimento de um taxista, que afirma ter visto a engenheira ser retirada do carro ainda com vida pelos policiais. Morte de engenheira completa 17 anos no dia 14 de junho de 2025
Reprodução
Neste sábado (14), a morte de Patrícia Amieiro completa 17 anos. A engenheira, que tinha 24 anos quando desapareceu, teria hoje 41. O caso, que chocou o Rio de Janeiro em 2008, segue sem desfecho definitivo: o corpo da jovem nunca foi encontrado.
Patrícia desapareceu após seu carro ser atingido por disparos de policiais na Zona Oeste do Rio. Segundo a polícia, ela perdeu o controle do veículo, que colidiu contra dois postes e uma mureta. O carro foi encontrado às margens do Canal de Marapendi, na Barra da Tijuca, com o vidro traseiro estilhaçado e o porta-malas aberto.
De acordo com as investigações da polícia e do Ministério Público, o corpo teria sido retirado do veículo antes de ele ser lançado no canal pelos policiais, numa tentativa de encobrir o crime. Patrícia foi oficialmente declarada morta em 2011.
Carro da engenheira Patrícia Amieiro
Reprodução/TV Globo
Após quase duas décadas, o júri popular dos policiais militares acusados no processo está marcado para o dia 5 de agosto.
Dois PMs vão responder por tentativa de homicídio: Marcos Paulo Nogueira Maranhão e William Luís Nascimento. Eles estavam em serviço na madrugada do crime e são apontados como responsáveis pelos disparos contra o carro de Patrícia. Mesmo com o desaparecimento do corpo, o Ministério Público sustenta que houve intenção de matar.
Além deles, os também policiais Fábio Silveira Santana e Marcos Oliveira são réus por fraude processual. A acusação é de que eles teriam tentado alterar a cena do crime para encobrir a ação dos colegas.
Familiares de Patrícia lutam para que os acusados sejam responsabilizados e que a morte da jovem não caia no esquecimento.
"Pedimos que no próximo dia 5 de agosto toda a sociedade e a imprensa estejam atentas ao júri popular. A justiça precisa ser feita. Caso contrário, é como dar um alvará para que continuem matando e escondendo corpos sem consequência. Já são 17 anos de luta por justiça. Mataram minha irmã no dia do aniversário do meu pai. Ele morreu sem ver a justiça ser feita", disse ao g1 o irmão de Patrícia, Adryano Franco.
‘Fiquem bem atentos’, diz irmão de Patrícia Amieiro sobre júri de PMs acusados do crime
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Ronnie Lessa citou como comparsa em execução PM envolvido na morte de Patrícia Amieiro
Engenheira está desaparecida desde 2008
Reprodução
Taxista é testemunha-chave do caso
Em 2019, os policiais militares Marcos Paulo Nogueira Maranhão e William Luís Nascimento foram condenados a 3 anos de prisão por fraude processual no caso Patrícia Amieiro. Já os PMs Fábio Silveira Santana e Marcos Oliveira foram absolvidos.
No entanto, em 2020, uma nova testemunha procurou o Ministério Público do Rio de Janeiro e foi ouvida, o que levou à anulação do julgamento e à marcação de um novo júri popular.
De acordo com a família da engenheira, a nova testemunha é um taxista que trafegava logo atrás do carro de Patrícia na madrugada do crime e teria presenciado a ação dos policiais.
Segundo os familiares, ele afirmou, “com riqueza de detalhes”, que viu Patrícia ser retirada do veículo ainda com vida. Ela estaria mexendo os braços no momento em que foi carregada pelos agentes.
Inicialmente, a Justiça não autorizou o depoimento do taxista no júri. No entanto, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) recorreu da decisão, e, após análise do recurso, a Justiça reconsiderou.
O depoimento da testemunha foi autorizado e está marcado para agosto, conforme decisão da 8ª Câmara Criminal. Na decisão, a relatora, desembargadora Elizabete Alves de Aguiar, determinou que ela seja intimada.
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Patrícia Amieiro
Reprodução/TV Globo
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Neste sábado (14), a morte de Patrícia Amieiro completa 17 anos. A engenheira, que tinha 24 anos quando desapareceu, teria hoje 41. O caso, que chocou o Rio de Janeiro em 2008, segue sem desfecho definitivo: o corpo da jovem nunca foi encontrado.
Patrícia desapareceu após seu carro ser atingido por disparos de policiais na Zona Oeste do Rio. Segundo a polícia, ela perdeu o controle do veículo, que colidiu contra dois postes e uma mureta. O carro foi encontrado às margens do Canal de Marapendi, na Barra da Tijuca, com o vidro traseiro estilhaçado e o porta-malas aberto.
De acordo com as investigações da polícia e do Ministério Público, o corpo teria sido retirado do veículo antes de ele ser lançado no canal pelos policiais, numa tentativa de encobrir o crime. Patrícia foi oficialmente declarada morta em 2011.
Carro da engenheira Patrícia Amieiro
Reprodução/TV Globo
Após quase duas décadas, o júri popular dos policiais militares acusados no processo está marcado para o dia 5 de agosto.
Dois PMs vão responder por tentativa de homicídio: Marcos Paulo Nogueira Maranhão e William Luís Nascimento. Eles estavam em serviço na madrugada do crime e são apontados como responsáveis pelos disparos contra o carro de Patrícia. Mesmo com o desaparecimento do corpo, o Ministério Público sustenta que houve intenção de matar.
Além deles, os também policiais Fábio Silveira Santana e Marcos Oliveira são réus por fraude processual. A acusação é de que eles teriam tentado alterar a cena do crime para encobrir a ação dos colegas.
Familiares de Patrícia lutam para que os acusados sejam responsabilizados e que a morte da jovem não caia no esquecimento.
"Pedimos que no próximo dia 5 de agosto toda a sociedade e a imprensa estejam atentas ao júri popular. A justiça precisa ser feita. Caso contrário, é como dar um alvará para que continuem matando e escondendo corpos sem consequência. Já são 17 anos de luta por justiça. Mataram minha irmã no dia do aniversário do meu pai. Ele morreu sem ver a justiça ser feita", disse ao g1 o irmão de Patrícia, Adryano Franco.
‘Fiquem bem atentos’, diz irmão de Patrícia Amieiro sobre júri de PMs acusados do crime
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Ronnie Lessa citou como comparsa em execução PM envolvido na morte de Patrícia Amieiro
Engenheira está desaparecida desde 2008
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Taxista é testemunha-chave do caso
Em 2019, os policiais militares Marcos Paulo Nogueira Maranhão e William Luís Nascimento foram condenados a 3 anos de prisão por fraude processual no caso Patrícia Amieiro. Já os PMs Fábio Silveira Santana e Marcos Oliveira foram absolvidos.
No entanto, em 2020, uma nova testemunha procurou o Ministério Público do Rio de Janeiro e foi ouvida, o que levou à anulação do julgamento e à marcação de um novo júri popular.
De acordo com a família da engenheira, a nova testemunha é um taxista que trafegava logo atrás do carro de Patrícia na madrugada do crime e teria presenciado a ação dos policiais.
Segundo os familiares, ele afirmou, “com riqueza de detalhes”, que viu Patrícia ser retirada do veículo ainda com vida. Ela estaria mexendo os braços no momento em que foi carregada pelos agentes.
Inicialmente, a Justiça não autorizou o depoimento do taxista no júri. No entanto, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) recorreu da decisão, e, após análise do recurso, a Justiça reconsiderou.
O depoimento da testemunha foi autorizado e está marcado para agosto, conforme decisão da 8ª Câmara Criminal. Na decisão, a relatora, desembargadora Elizabete Alves de Aguiar, determinou que ela seja intimada.
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Patrícia Amieiro
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