Linnpy

G
G1
1d

Agentes da Guarda Civil Municipal de Teresina paralisam atividades e denunciam sucateamento de equipamentos e viaturas

Agentes da Guarda Civil Municipal de Teresina paralisam atividades e denunciam sucateamento de equipamentos e viaturas
Os agentes alegaram estar com porte e munições fora da validade, além de viaturas classificadas por eles como sucateadas. Os guardas ainda afirmaram estar sem receber benefícios garantidos por lei. Paralisação da Guarda Civil Municipal de Teresina denuncia equipamentos sucateados e estrutura precária
Na manhã desta quarta-feira (21), agentes da Guarda Civil Municipal (GCM) paralisaram atividades de patrulhamento em Teresina. O movimento, chamado de “Guarda Legal”, denunciou a falta de estrutura e descaso.
✅ Siga o canal do g1 Piauí no WhatsApp
À TV Clube, o agente Felipe Leal, afirmou que a categoria está atuando com portes e munições fora da validade e até mesmo sem formação especializada para condução de viaturas policiais. Os veículos, segundo ele, também estariam sucateados.
“A sede não comporta todos os guardas, é um desestimulo geral. Não estamos conseguindo ofertar um serviço de qualidade. Muitas vezes temos que tirar do nosso bolso para nos qualificar em cursos, comprar nosso próprio fardamento, estamos largados às traças”, contou.
Agentes da Guarda Civil Municipal de Teresina realizam paralisação e denunciam sucateamentos de equipamentos e viaturas
Reprodução/TV Clube
Os guardas também denunciaram o atraso no pagamento de benefícios concedidos por lei, como adicionais de risco de vida, noturno e por hierarquia. A agente Poliana Aguiar relatou que os benefícios foram pagos apenas no ano passado.
“A valorização do guarda, enquanto à questão salarial, ainda está pendente [...] Não estamos pedindo aumento, é uma questão de incrementar o nosso salário de acordo com o que já foi votado pelos vereadores na Câmara Municipal”, afirmou.
A agente também afirmou que, em virtude do atual salário e demais problemas, diversos guardas deixam a corporação após a aprovação em outros concursos.
“A categoria tá perdendo ótimos profissionais. Apesar da gente ser uma categoria de nível médio, a maioria dos nossos servidores são de nível superior”, completou.
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina (Sindserm), Sinésio Soares, afirmou que o movimento continuará até a prefeitura atender as reinvindicações.
Moradores sofrem com falta de segurança
Em comparação com outras capitais do Nordeste, Teresina possui um dos menores números de guardas civis municipais, com cerca de 300 profissionais para uma população de 866.300 pessoas. São Luís (MA), com uma população de 1.037.775, conta com 608 agentes. Já Aracaju (SE) conta com 417 agentes para 628.849 pessoas.
Moradores do bairro Buenos Aires, zona Norte da capital, relataram que a falta de guardas municipais está afetando a segurança do local, segundo o líder comunitário, Eraldo Rodrigues, criminosos estão invadindo o cemitério e roubando as sepulturas.
“Eles são pagos para administrar e vigiar toda área do poder público municipal. [Mas] nessa parte das paradas de ônibus e cemitério, não existe segurança da parte da Guarda Civil de Teresina”, contou.
O outro lado
Secretário explica o que pode ser feito sobre as demandas da Guarda Civil
Em entrevista à TV Clube, o coronel Wagner Torres, secretário municipal de segurança, informou que o reajuste do adicional de hierarquia foi fracionado em oito parcelas e o adicional de risco de vida em quatro parcelas. Segundo ele, a primeira parcela do reajuste foi paga em abril do ano passado e a segunda deveria ser paga neste ano, no entanto, as dívidas apresentadas pela Prefeitura impediram o pagamento.
“Infelizmente, todos nós temos conhecimento da situação que passa a prefeitura [...] Com esse diagnóstico feito, a Prefeitura vai ter condições de fazer uma programação, não apenas para Guarda Municipal, como também as outras categorias.”
O secretário negou as afirmações sobre as munições e coletes balísticos estarem fora da validade. Em relação às viaturas, Wagner Torres afirmou que foi feito um contrato emergencial para o recebimento de viaturas novas.
“No mês de janeiro foi feito um contrato emergencial, e nós temos 16 viaturas novas. Senão novas, seminovas, viaturas com todas as condições para prestar o serviço. Em relação a essa situação, não justifica essa parada. A Prefeitura vai pagar? Vai, quando atingir o equilíbrio financeiro”, finalizou.
*Vitória Bacelar, estagiária sob supervisão de Ilanna Serena.
? Confira as últimas notícias do g1 Piauí
? Acompanhe o g1 Piauí no Facebook, no Instagram e no X
VÍDEOS: assista aos vídeos mais vistos da Rede Clube

Para ler a notícia completa, acesse o link original:

Ler notícia completa

Comentários 0

Não há mais notícias para carregar