Robert Prevost nasceu nos EUA e tem cidadania peruana; veja perfil de Leão XIV

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Além da visão pastoral, o novo papa compartilha com o antigo, Papa Francisco, a defesa dos imigrantes, dos mais pobres e do meio ambiente. Mas tem posturas menos progressistas no campo dos costumes. Conheça a história do novo Papa: da juventude em Chicago ao trabalho missionário no Peru
Robert Prevost - agora Leão XIV - tem cidadania americana e também peruana.
Ele nasceu no país mais rico do mundo, na América do Norte. Trabalhou 20 anos em uma das regiões mais pobres da América do Sul e, nesta quinta-feira (8), virou papa. Leão XIV nasceu Robert Francis Prevost em setembro de 1955, em um subúrbio ao sul de Chicago.
Tinha um apelido bem típico nos Estados Unidos: Bob. E uma família que é a cara do sonho americano. Mãe, bibliotecária, de ascendência espanhola. Pai, professor, de raízes francesas e italianas. Foi daí que ele herdou a fé católica. Vizinhos relembraram à imprensa americana que a família Prevost não ia à missa apenas aos domingos. Ia todos os dias – e a mãe, Mildred, ajudava na faxina da paróquia.
Robert Prevost - agora Leão XIV - tem cidadania americana e também peruana
Reprodução/TV Globo
Na escola católica, Bob era um dos poucos que não reclamavam da missa, ainda rezada em latim. Foi coroinha. Depois, seminarista. O padre William frequentou o seminário com Bob Prevost, agora Papa. Ao Jornal Nacional, descreveu o colega como um dos mais inteligentes da turma.
"Ele também manteve uma preocupação com os menos favorecidos. Estudou teologia sempre com a ideia de servir aos mais pobre", disse.
Bob Prevost frequentou escola católica quando criança
Reprodução/TV Globo
Estudou matemática na Universidade de Villanova, na Pensilvânia. E assim que se formou, em 1977, começou a estudar teologia e se dedicar mais à vida religiosa.
Robert Francis Prevost estudou matemática na Universidade de Villanova, na Pensilvânia
Reprodução/TV Globo
Quem é o novo papa? Conheça Robert Francis Prevost, o Leão XIV, sucessor de Francisco
Em 1982, Bob Prevost foi ordenado padre. Celebrava missas na paróquia que frequentava na infância. Em 1985, foi enviado a uma missão em Piura, uma das maiores cidades do Peru. Uma viagem de dois anos que mudaria a vida de Prevost.
Em 1988, voltou ao Peru, onde ensinava outros jovens teólogos na cidade de Trujillo. Viu de perto, em 1992, o então presidente peruano Alberto Fujimori dar um golpe de Estado e impor um regime autoritário que durou oito anos. Décadas mais tarde, disse que Fujimori deveria pedir perdão pelas grandes injustiças que cometeu.
Bob Prevost fez missão no Peru
Reprodução/TV Globo
Em 1999, voltou a Chicago para assumir o comando regional dos Agostinianos. Em pouco tempo, foi alçado a líder internacional da ordem religiosa e se mudou para Roma. Mas a vocação missionária o levou novamente para o país latino-americano que o acolheu. Desta vez, a pedido do Papa Francisco, em 2014. A missão era administrar a arquidiocese de Chiclayo, cidade histórica, fundada no século 18, a mais de 700 km da capital, Lima.
No ano seguinte, se tornou bispo de Chiclayo e se naturalizou. Virou peruano de carteirinha. Um poliglota fluente em espanhol, português, italiano e francês, além de falar inglês.
Bob Prevost tem cidadania peruana
Reprodução/TV Globo
Duas décadas em um país da América Latina. Durante o bispado em Chiclayo, Prevost subiu na hierarquia da Igreja Católica peruana, mas também foi acusado de ter encoberto denúncias de abuso sexual atribuídas a dois padres. A diocese esclareceu que foi o próprio Prevost quem levou o caso para ser investigado pelo Vaticano.
Em 2023, o Papa Francisco convocou Prevost para a cúpula da Igreja. O bispo se tornou a autoridade mais importante na relação do Vaticano com a América Latina e também assumiu o cargo de prefeito do Dicastério para os Bispos - órgão que avalia quais religiosos poderão virar bispos. No mesmo ano, Prevost recebeu o título de cardeal. As novas responsabilidades lhe deram prestígio.
Ele manteve a defesa de uma Igreja próxima do povo, em linha com Francisco. Como cardeal, se mostrou discreto, e falava pouco em público. Mas em entrevistas ao serviço de notícias do Vaticano, disse:
"Um bispo não deve ser um pequeno príncipe em seu reino. Não podemos nos esconder por trás de uma ideia de autoridade que não faz mais sentido hoje. A autoridade que temos é para servir, para ser pastores e professores".
Papa Francisco e Bob Prevost, o novo Papa Leão XIV
Reprodução/TV Globo
Além da visão pastoral, o novo papa compartilha com o antigo a defesa dos imigrantes, dos mais pobres e do meio ambiente. Mas tem posturas menos progressistas no campo dos costumes. Em 2012, lamentou a disseminação do que chamou “simpatia por práticas contrárias ao evangelho”. Ele citou como exemplo o que descreveu como o estilo de vida homossexual e famílias alternativas formadas por casais do mesmo sexo com filhos adotados. No Peru, se opôs a um plano do governo local para discutir questões de gênero nas escolas.
As posições mais conservadoras podem ter agradado uma parte dos cardeais que se opunha às reformas de Francisco, como a permissão de bênçãos para casais gays. Resta saber como Prevost vai conduzir a Igreja Católica agora.
Leão XIV é o primeiro papa que vem de um país de maioria protestante. Atualmente, 20% dos adultos norte-americanos se declaram católicos. Mesmo assim é muita gente. Os Estados Unidos só ficam atrás de outros três países no mundo em número absoluto de católicos: Brasil, México e Filipinas. Por isso mesmo, nesta quinta-feira (8) houve surpresa e celebração.
As palavras de Santo Agostinho que formam seu lema episcopal fazem um apelo por união. "In Illo Uno Unum", que se traduz como: "Embora nós cristãos sejamos muitos, no único Cristo, somos um".
Prevost já foi muitos: Bob, Robert, bispo de Chiclayo, ou yankee latino, como o apelidaram em Roma. Mas agora será para todos Leão XIV.
Bob Prevest em entrevistas ao serviço de notícias do Vaticano
Reprodução/TV Globo
Quem acompanhou a transmissão da Globo à tarde, viu que nós apresentamos uma reportagem sobre o cardeal Robert Prevost logo depois do anúncio da eleição dele. E isso provocou alguma surpresa nas redes sociais. Muita gente perguntando como a Globo conseguiu ser tão rápida. Mas o que aconteceu mesmo foi que uma equipe de jornalistas passou duas semanas pesquisando profundamente as biografias de cardeais que poderiam ser eleitos, e Robert Prevost era um deles. No nosso planejamento para essa cobertura especial, a equipe produziu 37 perfis. E sabendo, claro, que só um seria publicado.
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Robert Prevost - agora Leão XIV - tem cidadania americana e também peruana.
Ele nasceu no país mais rico do mundo, na América do Norte. Trabalhou 20 anos em uma das regiões mais pobres da América do Sul e, nesta quinta-feira (8), virou papa. Leão XIV nasceu Robert Francis Prevost em setembro de 1955, em um subúrbio ao sul de Chicago.
Tinha um apelido bem típico nos Estados Unidos: Bob. E uma família que é a cara do sonho americano. Mãe, bibliotecária, de ascendência espanhola. Pai, professor, de raízes francesas e italianas. Foi daí que ele herdou a fé católica. Vizinhos relembraram à imprensa americana que a família Prevost não ia à missa apenas aos domingos. Ia todos os dias – e a mãe, Mildred, ajudava na faxina da paróquia.
Robert Prevost - agora Leão XIV - tem cidadania americana e também peruana
Reprodução/TV Globo
Na escola católica, Bob era um dos poucos que não reclamavam da missa, ainda rezada em latim. Foi coroinha. Depois, seminarista. O padre William frequentou o seminário com Bob Prevost, agora Papa. Ao Jornal Nacional, descreveu o colega como um dos mais inteligentes da turma.
"Ele também manteve uma preocupação com os menos favorecidos. Estudou teologia sempre com a ideia de servir aos mais pobre", disse.
Bob Prevost frequentou escola católica quando criança
Reprodução/TV Globo
Estudou matemática na Universidade de Villanova, na Pensilvânia. E assim que se formou, em 1977, começou a estudar teologia e se dedicar mais à vida religiosa.
Robert Francis Prevost estudou matemática na Universidade de Villanova, na Pensilvânia
Reprodução/TV Globo
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Em 1982, Bob Prevost foi ordenado padre. Celebrava missas na paróquia que frequentava na infância. Em 1985, foi enviado a uma missão em Piura, uma das maiores cidades do Peru. Uma viagem de dois anos que mudaria a vida de Prevost.
Em 1988, voltou ao Peru, onde ensinava outros jovens teólogos na cidade de Trujillo. Viu de perto, em 1992, o então presidente peruano Alberto Fujimori dar um golpe de Estado e impor um regime autoritário que durou oito anos. Décadas mais tarde, disse que Fujimori deveria pedir perdão pelas grandes injustiças que cometeu.
Bob Prevost fez missão no Peru
Reprodução/TV Globo
Em 1999, voltou a Chicago para assumir o comando regional dos Agostinianos. Em pouco tempo, foi alçado a líder internacional da ordem religiosa e se mudou para Roma. Mas a vocação missionária o levou novamente para o país latino-americano que o acolheu. Desta vez, a pedido do Papa Francisco, em 2014. A missão era administrar a arquidiocese de Chiclayo, cidade histórica, fundada no século 18, a mais de 700 km da capital, Lima.
No ano seguinte, se tornou bispo de Chiclayo e se naturalizou. Virou peruano de carteirinha. Um poliglota fluente em espanhol, português, italiano e francês, além de falar inglês.
Bob Prevost tem cidadania peruana
Reprodução/TV Globo
Duas décadas em um país da América Latina. Durante o bispado em Chiclayo, Prevost subiu na hierarquia da Igreja Católica peruana, mas também foi acusado de ter encoberto denúncias de abuso sexual atribuídas a dois padres. A diocese esclareceu que foi o próprio Prevost quem levou o caso para ser investigado pelo Vaticano.
Em 2023, o Papa Francisco convocou Prevost para a cúpula da Igreja. O bispo se tornou a autoridade mais importante na relação do Vaticano com a América Latina e também assumiu o cargo de prefeito do Dicastério para os Bispos - órgão que avalia quais religiosos poderão virar bispos. No mesmo ano, Prevost recebeu o título de cardeal. As novas responsabilidades lhe deram prestígio.
Ele manteve a defesa de uma Igreja próxima do povo, em linha com Francisco. Como cardeal, se mostrou discreto, e falava pouco em público. Mas em entrevistas ao serviço de notícias do Vaticano, disse:
"Um bispo não deve ser um pequeno príncipe em seu reino. Não podemos nos esconder por trás de uma ideia de autoridade que não faz mais sentido hoje. A autoridade que temos é para servir, para ser pastores e professores".
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Reprodução/TV Globo
Além da visão pastoral, o novo papa compartilha com o antigo a defesa dos imigrantes, dos mais pobres e do meio ambiente. Mas tem posturas menos progressistas no campo dos costumes. Em 2012, lamentou a disseminação do que chamou “simpatia por práticas contrárias ao evangelho”. Ele citou como exemplo o que descreveu como o estilo de vida homossexual e famílias alternativas formadas por casais do mesmo sexo com filhos adotados. No Peru, se opôs a um plano do governo local para discutir questões de gênero nas escolas.
As posições mais conservadoras podem ter agradado uma parte dos cardeais que se opunha às reformas de Francisco, como a permissão de bênçãos para casais gays. Resta saber como Prevost vai conduzir a Igreja Católica agora.
Leão XIV é o primeiro papa que vem de um país de maioria protestante. Atualmente, 20% dos adultos norte-americanos se declaram católicos. Mesmo assim é muita gente. Os Estados Unidos só ficam atrás de outros três países no mundo em número absoluto de católicos: Brasil, México e Filipinas. Por isso mesmo, nesta quinta-feira (8) houve surpresa e celebração.
As palavras de Santo Agostinho que formam seu lema episcopal fazem um apelo por união. "In Illo Uno Unum", que se traduz como: "Embora nós cristãos sejamos muitos, no único Cristo, somos um".
Prevost já foi muitos: Bob, Robert, bispo de Chiclayo, ou yankee latino, como o apelidaram em Roma. Mas agora será para todos Leão XIV.
Bob Prevest em entrevistas ao serviço de notícias do Vaticano
Reprodução/TV Globo
Quem acompanhou a transmissão da Globo à tarde, viu que nós apresentamos uma reportagem sobre o cardeal Robert Prevost logo depois do anúncio da eleição dele. E isso provocou alguma surpresa nas redes sociais. Muita gente perguntando como a Globo conseguiu ser tão rápida. Mas o que aconteceu mesmo foi que uma equipe de jornalistas passou duas semanas pesquisando profundamente as biografias de cardeais que poderiam ser eleitos, e Robert Prevost era um deles. No nosso planejamento para essa cobertura especial, a equipe produziu 37 perfis. E sabendo, claro, que só um seria publicado.
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