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No sertão de Pernambuco, criança com autismo e hiperfoco em caminhão de lixo ganha alfabeto adaptado, mural e até passeio; VÍDEO

No sertão de Pernambuco, criança com autismo e hiperfoco em caminhão de lixo ganha alfabeto adaptado, mural e até passeio; VÍDEO
Monitora Simone Freire levou o pequeno Levi para passear em um caminhão de lixo pelas ruas do distrito de Sítio dos Nunes, em Flores (PE). A monitora aproveita o fascínio da criança para fazê-lo se concentrar nas atividades escolares. Paixão pelo caminhão de lixo ajuda criança autista no aprendizado escolar
Se alguém quiser ganhar a atenção do pequeno Levi Souza, de 6 anos, é só mostrar uma foto ou falar qualquer coisa sobre caminhão de lixo e garis. Ele sabe quais são os dias que o carro passa, quer ajudar na coleta e conhece os modelos de veículos de diferentes cidades.
Quando a monitora Simone Freire percebeu que nada mais desperta tanto o interesse do menino com autismo, as atividades escolares com a criança mudaram.
A parede próxima à cadeira onde Levi se senta, na sala de aula, foi se enchendo de desenhos e fotos de caminhão de lixo. Os números que aprendeu a contar estão dentro de figuras de caminhões de lixo. As letras do alfabeto que ele ainda está conhecendo, também.
Levi sabe os dias que o carro passa e conhece os modelos de veículos de diferentes cidades.
Arquivo pessoal
Na última quarta-feira (28), a monitora realizou o grande sonho de Levi: dar um passeio no caminhão de lixo. “Na faculdade, a gente não aprende a lidar com crianças atípicas. Cada um tem um comportamento, é preciso ter muita sensibilidade”, disse a monitora.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurológica com diversas características. Algumas pessoas no espectro apresentam um interesse intenso e altamente focado em um ou mais assunto, o que é chamado de hiperfoco.
Simone cursa pedagogia e trabalha como profissional de apoio escolar. Acompanha Levi há mais de um ano na escola municipal Dr. Paulo Pessoa Guerra, localizada em Sítio dos Nunes, distrito de Flores, no sertão pernambucano.
“Ele não ficava na sala de jeito nenhum. Por qualquer coisa, saía correndo e era muito difícil terminar as atividades. Depois que a gente descobriu esse hiperfoco, passamos a fazer todas as atividades envolvendo caminhão de lixo ou garis. Agora, ele dá mais atenção”, conta Simone.
O número de alunos com autismo matriculados em escolas comuns mais do que dobrou no Brasil nos últimos dois anos: saltou de 405 mil para 884,4 mil, segundo o Censo Escolar divulgado em abril pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

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