Terreiro de candomblé é demolido em Salvador; Inema afirma que construção estava em área de proteção ambiental

Terreiro Ilê Axé Oya Onira'D ficava no Parque Pituaçu. Demolição ocorreu nesta segunda-feira (9) em decisão tomada pelo Inema e outras secretarias da Bahia, que concluíram que o local era um risco para a preservação ambiental da área. Terreiro de candomblé é demolido em área de parque em Salvador
Um terreiro de candomblé que funcionava no Parque Pituaçu, em Salvador, foi demolido pelo Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), nesta segunda-feira (9). Os filhos de santo do terreiro Ilê Axé Oya Onira'D afirmam que a demolição aconteceu sem aviso. Já o Inema afirma que o local estava irregular e ocupava uma área de proteção ambiental.
A ialorixá do terreiro, Naiara de Oya, afirmou que já possuia documentos de intenção de compra da área e que o local sagrado estava ali havia oito anos. Ela argumenta que o documento de compra e venda foi apresentado ao Inema desde que o grupo foi notificado sobre a demolição do local.
"Escritura é algo que não existe aqui, porque isso aqui tudo é invasão. Mas existe um papel de compra e venda que foi apresentado desde a primeira vez que fomos notificados que estávamos em uma área ambiental. Estávamos em uma área ambiental onde já moravam pessoas", disse Naiara, em entrevista à TV Bahia.
terreiro
Reprodução/TV Bahia
Os filhos de santo afirmaram que a demolição aconteceu sem aviso. Ao chegarem no local, os objetos sagrados do terreiro estavam do lado de fora da construção, no chão.
"Existe algo dentro da religião que é o sagrado, que a gente cultua. Para colocar ou tirar [cada objeto], tem todo um trâmite e ele não pode ser feito antes da hora, do dia, tem dias apropriados. Então, da forma que aconteceu está sendo um desrespeito a nossa ancestralidade", enfatizou a líder religiosa.
Segundo o conselheiro do Parque Pituaçu, Gabas Machado, a situação será denunciada ao Ministério Público da Bahia (MP-BA) e à Delegacia de Crimes Raciais e Religiosos.
Inema diz que terreiro estava em situação irregular
Em nota, o Inema afirmou que o imóvel estava em situação irregular e em uma Área de Proteção Permanente (APP). O órgão detalhou que acompanhava a situação desde dezembro de 2024, quando a ocupação foi identificada.
Inema diz que terreiro estava em situação irregular
Reprodução/TV Bahia
Após uma visita técnica no local, foi constatado os impactos ambientais da permanência da estrutura. Entre os problemas estão os riscos de contaminação do solo, descarte irregular de resíduos e o uso indevido de recursos naturais.
Ainda de acordo com o órgão, uma notificação extrajudicial foi emitida em janeiro de 2025, com um pedido de desocupação voluntária da área. Este pedido foi diretamente entregue aos ocupantes do terreno. Na análise do instituto, a demolição era necessária para a preservação ambiental de fragmentos urbanos de mata atlântica em Salvador.
Além do Inema, a ação foi coordenada pela Casa Civil, a Secretaria de Administração do Estado da Bahia (Saeb), Secretaria do Meio Ambiente (Sema), Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), Polícia Militar da Bahia e a Procuradoria Geral do Estado (PGE).
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A ialorixá do terreiro, Naiara de Oya, afirmou que já possuia documentos de intenção de compra da área e que o local sagrado estava ali havia oito anos. Ela argumenta que o documento de compra e venda foi apresentado ao Inema desde que o grupo foi notificado sobre a demolição do local.
"Escritura é algo que não existe aqui, porque isso aqui tudo é invasão. Mas existe um papel de compra e venda que foi apresentado desde a primeira vez que fomos notificados que estávamos em uma área ambiental. Estávamos em uma área ambiental onde já moravam pessoas", disse Naiara, em entrevista à TV Bahia.
terreiro
Reprodução/TV Bahia
Os filhos de santo afirmaram que a demolição aconteceu sem aviso. Ao chegarem no local, os objetos sagrados do terreiro estavam do lado de fora da construção, no chão.
"Existe algo dentro da religião que é o sagrado, que a gente cultua. Para colocar ou tirar [cada objeto], tem todo um trâmite e ele não pode ser feito antes da hora, do dia, tem dias apropriados. Então, da forma que aconteceu está sendo um desrespeito a nossa ancestralidade", enfatizou a líder religiosa.
Segundo o conselheiro do Parque Pituaçu, Gabas Machado, a situação será denunciada ao Ministério Público da Bahia (MP-BA) e à Delegacia de Crimes Raciais e Religiosos.
Inema diz que terreiro estava em situação irregular
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Inema diz que terreiro estava em situação irregular
Reprodução/TV Bahia
Após uma visita técnica no local, foi constatado os impactos ambientais da permanência da estrutura. Entre os problemas estão os riscos de contaminação do solo, descarte irregular de resíduos e o uso indevido de recursos naturais.
Ainda de acordo com o órgão, uma notificação extrajudicial foi emitida em janeiro de 2025, com um pedido de desocupação voluntária da área. Este pedido foi diretamente entregue aos ocupantes do terreno. Na análise do instituto, a demolição era necessária para a preservação ambiental de fragmentos urbanos de mata atlântica em Salvador.
Além do Inema, a ação foi coordenada pela Casa Civil, a Secretaria de Administração do Estado da Bahia (Saeb), Secretaria do Meio Ambiente (Sema), Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), Polícia Militar da Bahia e a Procuradoria Geral do Estado (PGE).
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