Linnpy

G
G1
4h

Entenda os principais pontos do caso Ramagem e a tensão entre Câmara e STF

Precisa de dar um Up em suas redes sociais?
Precisa de dar um Up em suas redes sociais?
Chame no Whatsapp temos os melhores planos para cuidar de suas redes sociais
BID Midia Patrocinado
Entenda os principais pontos do caso Ramagem e a tensão entre Câmara e STF
Deputado é o único parlamentar réu na ação que investiga militares e políticos influentes do governo Jair Bolsonaro pela tentativa de golpe de Estado no fim de 2022. Câmara quer suspender a ação penal contra ele. A tentativa da Câmara dos Deputados de proteger o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) nas investigações sobre a tentativa de golpe de Estado está gerando um novo capítulo de tensão com o Supremo Tribunal Federal (STF).
O deputado é o único parlamentar réu na ação que investiga militares e políticos influentes do governo Jair Bolsonaro pela tentativa de golpe de Estado no fim de 2022.
A Câmara tenta garantir que a decisão dos deputados, que suspendeu a ação penal contra Ramagem, prevaleça no tribunal. No entanto, o STF derrubou a suspensão, mantendo parte do processo ativo.
Parlamentares de oposição acusam o STF de interferência no Legislativo.
Entenda o caso em 5 pontos:
1 - Por quais crimes Ramagem é réu?
O deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) responde a cinco acusações no âmbito das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado promovida pela gestão anterior. Os crimes investigados são:
Dano qualificado: com violência, grave ameaça, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima.
Deterioração de patrimônio tombado.
Abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Golpe de Estado.
Organização criminosa.
Segundo o STF, apenas os dois primeiros crimes — que ocorreram após a diplomação de Ramagem como deputado (dezembro de 2022) — podem ser suspensos pela Câmara. Os outros três, considerados anteriores ao mandato, devem continuar sendo investigados.
2 - O que a Câmara alega?
A Câmara argumenta que a decisão da Primeira Turma do STF, que manteve parte da ação penal contra Ramagem, fere a separação dos poderes e viola a imunidade parlamentar.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), entrou com uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) para garantir que a decisão dos deputados prevaleça. Motta defende que a manutenção da ação penal desrespeita a prerrogativa da Câmara de decidir sobre processos que envolvem parlamentares.
"Não cabe ao Poder Judiciário substituir-se ao juízo político conferido ao Parlamento no tocante à conveniência da sustação, bem como à sua extensão", afirmou Motta no pedido ao STF.
Dino comenta recurso sobre Ramagem: 'Se fosse assim, cada Poder teria sua bandeira'
3 - O que a Câmara votou?
Na semana passada, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou a suspensão da ação penal contra Ramagem, incluindo todos os cinco crimes. A decisão foi tomada por maioria, com 315 votos favoráveis.
O argumento dos parlamentares é que a imunidade parlamentar protege os deputados contra ações penais que possam interferir no exercício do mandato. A suspensão, portanto, seria um instrumento legítimo para evitar perseguição política.
Camarotti: Caso Ramagem é manobra no Congresso
4 - Qual foi a reação do STF?
A Primeira Turma do STF, presidida pelo ministro Cristiano Zanin e relatada por Alexandre de Moraes, decidiu que a suspensão só poderia ser aplicada aos crimes cometidos após a diplomação de Ramagem como deputado.
Portanto, as acusações de dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado foram suspensas, mas as demais — abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa — continuam sendo investigadas.
O ministro Flávio Dino defendeu a decisão da Primeira Turma, alegando que não houve violação da separação de poderes. Ele afirmou que impedir o STF de analisar decisões da Câmara significaria comprometer o equilíbrio da República.
"Se assim fosse, teríamos uma dissolução da República. Cada poder faria sua própria interpretação sem qualquer controle", disse Dino.
Deputado Delegado Ramagem (PL - RJ)
Bruno Spada / Câmara dos Deputados
5 - Em que ponto a situação está agora?
A situação segue indefinida. A Câmara protocolou a ADPF diretamente no plenário do STF, e a expectativa é que os ministros decidam sobre a validade da suspensão da ação penal contra Ramagem.
Enquanto isso, a tensão entre Legislativo e Judiciário aumenta, com parlamentares criticando a postura do STF, que, por sua vez, afirma que a decisão da Primeira Turma foi técnica e respeitou os limites da imunidade parlamentar.
Ministros do STF afirmam que não é possível recorrer contra uma decisão de turma por meio de ADPF, o que pode resultar no arquivamento do pedido da Câmara. Apesar disso, o caso expõe um embate político e jurídico sobre os limites da imunidade parlamentar e a competência do Supremo para manter processos envolvendo deputados.

Para ler a notícia completa, acesse o link original:

Ler notícia completa

Comentários 0

Não há mais notícias para carregar