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Em nova carta, presidência da COP 30 propõe trinta metas para acelerar ação climática e reforça união global

Em nova carta, presidência da COP 30 propõe trinta metas para acelerar ação climática e reforça união global
Documento destaca eixos estratégicos e convida sociedade global a se engajar no cumprimento do Acordo de Paris. André Correa do Lago, presidente da COP 30
Matheus Campos/Amcham
O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, evento que será realizado em Belém em novembro deste ano, destacou 30 metas do Brasil contra as mudanças climáticas na quarta carta à comunidade internacional, divulgada nesta sexta-feira (20).
No documento, o Brasil reafirma o compromisso de liderar um esforço conjunto — chamado de "mutirão global" contra a mudança do clima — e faz um apelo não apenas aos países membros da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), mas a todos os setores dispostos a atuar diante da emergência climática.
No texto, o embaixador relembra as inundações que devastaram o Rio Grande do Sul em maio de 2024. A resposta coletiva mobilizou homens, mulheres, jovens, servidores de diferentes esferas de governo e voluntários de todo o país. Em uma rede de mutirões, a população utilizou infraestrutura pública, serviços e tecnologia para prestar socorro, especialmente aos mais vulneráveis.
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Segundo a presidência da COP 30, a reconstrução pós-enchentes foi marcada por esforços materiais e rede de solidariedade. “Aprendeu-se então que o real valor estava no poder da unidade, mais que na força individual”, diz o texto.
A expectativa do governo brasileiro é de que esse espírito coletivo se reflita nas decisões da COP 30, que deve reunir lideranças globais para discutir caminhos concretos no enfrentamento às mudanças climáticas.
A mensagem da Presidência também resgata marcos da agenda climática internacional. Com base no legado da COP 20, realizada em Lima em 2014, a comunidade internacional reconheceu, durante a COP 21 em Paris, que o combate à mudança do clima exige ações, soluções e parcerias que envolvam toda a sociedade, para além dos governos nacionais.
Segundo o documento, o Acordo de Paris, assinado na época, marcou o início de "era de resposta coletiva à crise climática". Ele também lançou uma "Agenda Global de Ação Climática", com o objetivo de engajar setores da economia, sociais e todos os níveis de governo em prol das metas multilaterais estabelecidas.
A Presidência da COP 30 destacou também que avanços devem ser celebrados e reconhecidos, e alerta: "apesar dos esforços, o planeta ainda está fora da trajetória necessária para cumprir os objetivos do Acordo de Paris".
A proposta da Agenda é fortalecer o multilateralismo, conectar a UNFCCC à vida das pessoas e acelerar a implementação do Acordo de Paris. Nesse sentido, a estratégia se concentra em três grandes desafios:
Alinhar a Agenda de Ação ao que já foi acordado nas sucessivas COPs e no Acordo de Paris;
Ampliar e acelerar a implementação climática, aproveitando iniciativas já existentes;
Impulsionar a transparência, o monitoramento e o cumprimento dos compromissos, tanto os já firmados quanto os novos.
A Presidência da COP30 também disse que pretende dar destaque a um conjunto de soluções capazes de acelerar a ação climática em seis eixos temáticos propostos.
Foram definidos 30 objetivos-chave que representam a profundidade e a abrangência das transformações necessárias para colocar em prática os resultados do Balanço Global (Global Stocktake – GST) e do Acordo de Paris, de maneira rápida, em todas as regiões e para todos.
Os 30 objetivos-chave para a COP30 são:
triplicar renováveis e duplicar eficiência energética
aceleração de tecnologias de zero e baixas emissões em setores de difícil descarbonização;
assegurar o acesso universal a energia;
transição para o afastamento dos combustíveis fósseis, de forma justa, ordenada e equitativa.
investimentos para parar e reverter o desmatamento e a degradação florestal;
esforços para conservar, proteger e restaurar a natureza e ecossistemas com soluções para o clima, biodiversidade e desertificação;
esforços para preservação e restauração de oceanos e ecossistemas costeiros.
recuperação de áreas degradadas e agricultura sustentável;
sistemas alimentares mais resilientes, adaptados e sustentáveis;
acesso equitativo a alimentação adequada e nutrição para todos.
governança multinível;
construções e edificações sustentáveis e resilientes;
desenvolvimento urbano, mobilidade e infraestrutura resilientes;
gestão da água;
gestão de resíduos sólidos.
promoção de serviços de saúde resilientes;
redução dos efeitos da mudança do clima na erradicação da fome e da pobreza;
educação, capacitação e geração de empregos para enfrentar a mudança do clima;
cultura, patrimônio cultural e ação climática.
finanças climáticas e sustentáveis, com integração sistemática do clima em investimentos e seguros;
financiamento para adaptação
compras governamentais integrando o clima;
harmonização de mercados de carbono e de padrões de contabilidade de carbono;
clima e comércio;
redução de gases não-CO2;
governança, capacidade do Estado e fortalecimento institucional para a ação climática,
planejamento e preparação;
inteligência artificial, infraestrutura pública digital e
tecnologias digitais;
inovação, empreendedorismo climático e micro e pequenas empresas;
bioeconomia e biotecnologia;
integridade da informação em assuntos climáticos.
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