Catitus usam lama como aliada contra calor, parasitas e falta de nutrientes

Contato com o barro ajuda na regulação da temperatura corporal, espanta parasitas de pele e fornece minerais essenciais a essa e outras espécies do Pantanal. Vídeo mostra catitus brincando na lama na reserva do Sesc Pantanal
Brincar na lama pode parecer apenas uma atividade divertida, mas na natureza esse comportamento vai muito além da diversão. No caso dos catitus, por exemplo, a lama desempenha funções importantes para a saúde e o bem-estar desses animais.
De acordo com o gestor ambiental Vinícius Almeida, da reserva do Sesc Pantanal, o contato dos catitus com a lama ajuda a refrescar o corpo, espantar parasitas como mosquitos e sarna, proteger a pele contra os raios solares e até contribuir para a cicatrização de feridas.
Além disso, esse comportamento, chamado de geofagia quando envolve o consumo de barro, também serve como forma de suplementação mineral.
“Diversos animais silvestres comem determinados tipos de terra ou lama para obter nutrientes vitais ao seu ciclo de vida”, explica Vinícius. A ingestão também pode ajudar na hidratação, especialmente em períodos mais secos.
Comportamento comum e coletivo
Entre as espécies monitoradas na reserva do Sesc Pantanal, os catitus se destacam como os que mais frequentam os chamados barreiros (locais de acúmulo de lama). Embora o ritmo exato dessas visitas não seja fácil de acompanhar, por conta do deslocamento dos bandos, esse "banho de lama" faz parte da rotina dos animais.
Hábito é comum também em capivaras, queixadas, antas e outros mamíferos
Sesc Pantanal e GEVS
Como vivem em grupo, machos, fêmeas e filhotes participam juntos dessas atividades. Os mais jovens, por sua vez, costumam apresentar comportamentos mais lúdicos, reforçando a ideia de que brincar também tem função no desenvolvimento físico, social e motor dos filhotes.
“Nos horários de maior atividade, como início da manhã e fim da tarde, é comum observar esse tipo de comportamento. Durante a seca, a procura aumenta, embora os pontos de lama sejam mais escassos”, conta o analista.
Papel ecológico e comportamento compartilhado
A presença da lama no habitat vai além do benefício individual. Quando os animais interagem com esse ambiente, eles ajudam a misturar e revolver o solo, em um processo conhecido como bioturbação - que contribui para a saúde do ecossistema.
E os catitus não são os únicos: queixadas, javalis, antas, capivaras e até jacarés-do-pantanal compartilham o gosto e os benefícios do banho de lama. Esse comportamento está presente em muitas espécies que vivem em áreas alagáveis e quentes como o Pantanal.
“Em um bioma que passa por cheias e secas intensas, os ambientes lamacentos são estratégicos para o bem-estar não só dos catitus, mas de muitos outros animais”, reforça Vinícius.
“Certamente, para o ecossistema de áreas úmidas que passa por estação de cheia e seca, esse tipo de ambiente é estratégico pro bem-estar dos caititus e muitas outras espécies, por isso é tão frequentado”, finaliza o especialista.
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Brincar na lama pode parecer apenas uma atividade divertida, mas na natureza esse comportamento vai muito além da diversão. No caso dos catitus, por exemplo, a lama desempenha funções importantes para a saúde e o bem-estar desses animais.
De acordo com o gestor ambiental Vinícius Almeida, da reserva do Sesc Pantanal, o contato dos catitus com a lama ajuda a refrescar o corpo, espantar parasitas como mosquitos e sarna, proteger a pele contra os raios solares e até contribuir para a cicatrização de feridas.
Além disso, esse comportamento, chamado de geofagia quando envolve o consumo de barro, também serve como forma de suplementação mineral.
“Diversos animais silvestres comem determinados tipos de terra ou lama para obter nutrientes vitais ao seu ciclo de vida”, explica Vinícius. A ingestão também pode ajudar na hidratação, especialmente em períodos mais secos.
Comportamento comum e coletivo
Entre as espécies monitoradas na reserva do Sesc Pantanal, os catitus se destacam como os que mais frequentam os chamados barreiros (locais de acúmulo de lama). Embora o ritmo exato dessas visitas não seja fácil de acompanhar, por conta do deslocamento dos bandos, esse "banho de lama" faz parte da rotina dos animais.
Hábito é comum também em capivaras, queixadas, antas e outros mamíferos
Sesc Pantanal e GEVS
Como vivem em grupo, machos, fêmeas e filhotes participam juntos dessas atividades. Os mais jovens, por sua vez, costumam apresentar comportamentos mais lúdicos, reforçando a ideia de que brincar também tem função no desenvolvimento físico, social e motor dos filhotes.
“Nos horários de maior atividade, como início da manhã e fim da tarde, é comum observar esse tipo de comportamento. Durante a seca, a procura aumenta, embora os pontos de lama sejam mais escassos”, conta o analista.
Papel ecológico e comportamento compartilhado
A presença da lama no habitat vai além do benefício individual. Quando os animais interagem com esse ambiente, eles ajudam a misturar e revolver o solo, em um processo conhecido como bioturbação - que contribui para a saúde do ecossistema.
E os catitus não são os únicos: queixadas, javalis, antas, capivaras e até jacarés-do-pantanal compartilham o gosto e os benefícios do banho de lama. Esse comportamento está presente em muitas espécies que vivem em áreas alagáveis e quentes como o Pantanal.
“Em um bioma que passa por cheias e secas intensas, os ambientes lamacentos são estratégicos para o bem-estar não só dos catitus, mas de muitos outros animais”, reforça Vinícius.
“Certamente, para o ecossistema de áreas úmidas que passa por estação de cheia e seca, esse tipo de ambiente é estratégico pro bem-estar dos caititus e muitas outras espécies, por isso é tão frequentado”, finaliza o especialista.
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