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Trump repete há 1 mês que terá novidades sobre guerra na Ucrânia 'em duas semanas'

Trump repete há 1 mês que terá novidades sobre guerra na Ucrânia 'em duas semanas'
Presidente dos EUA evita responder perguntas sobre o conflito desde abril e insiste que dará explicações em cerca de 'duas semanas'. Estratégia já foi usada no 1º mandato. Há um mês, Trump promete resposta para conflito entre Rússia e Ucrânia ‘em duas semanas’
"Vamos saber isso em duas semanas." Foi assim que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, respondeu a uma pergunta sobre a guerra na Ucrânia no dia 27 de abril. Mais de 30 dias se passaram desde então, nenhuma novidade foi anunciada, e o republicano continua repetindo — e esticando — o prazo de 14 dias.
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Durante a campanha presidencial, Trump prometeu que era capaz de encerrar a guerra em um único dia. Depois que assumiu o governo, ele chegou a conversar com os presidentes da Rússia e Ucrânia, mas ainda não teve sucesso em pôr fim ao conflito.
Desde o fim de abril, Trump tem se esquivado de perguntas sobre a guerra. Em pelo menos três ocasiões, quando foi questionado por jornalistas sobre o assunto, ele alegou que daria uma resposta concreta "em duas semanas".
Veja abaixo as vezes em que Trump desconversou sobre o conflito com a promessa.
? 27 de abril
Trump conversa com jornalistas após voltar do funeral do papa Francisco, em 27 de abril de 2025
NBC
Em Nova Jersey, Trump foi questionado por um jornalista se confiava no presidente da Rússia, Vladimir Putin.
"Bom, vamos saber isso em cerca de duas semanas", respondeu.
Trump havia acabado de voltar aos Estados Unidos após participar do funeral do papa Francisco, no Vaticano. Um dia antes, ele se reuniu com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, dentro da Basílica de São Pedro. Os dois conversaram por 15 minutos.
? 19 de maio
Trump no Salão Oval da Casa Branca em 19 de maio de 2025
REUTERS/Kevin Lamarque
Três semanas depois, Trump voltou a ser questionado sobre o conflito, desta vez durante uma coletiva no Salão Oval da Casa Branca. Um repórter perguntou se ele achava que a Ucrânia estava fazendo o suficiente para encerrar a guerra.
"Prefiro te responder em cerca de duas semanas. Porque não posso dizer que sim nem que não."
Trump afirmou que Zelensky era uma pessoa forte e um pouco difícil de lidar. Disse também acreditar que o ucraniano queria encerrar a guerra.
A fala veio três dias depois de uma reunião entre as delegações da Ucrânia e da Rússia, na Turquia, que terminou com um acordo para troca de prisioneiros, mas sem avanços sobre um cessar-fogo.
? 28 de maio
Trump conversa com jornalistas na Casa Branca, em 28 de maio de 2025
REUTERS/Leah Millis
Na quarta-feira (28), durante uma entrevista coletiva na Casa Branca, uma jornalista perguntou se Trump ainda acreditava que Putin queria encerrar a guerra.
"Não posso te dizer isso, mas vou te contar em cerca de duas semanas, dentro de duas semanas, vamos descobrir muito em breve. Vamos descobrir se ele [Putin] está nos enrolando ou não."
A afirmação ocorreu após uma troca de acusações. Dias antes, Trump chamou Putin de “louco” e disse que a Rússia estava “brincando com fogo”. Em resposta, Dmitry Medvedev, um dos principais conselheiros de segurança do Kremlin, afirmou que havia risco de uma Terceira Guerra Mundial.
Estratégia?
O presidente dos EUA, Donald Trump
Ken Cedeno/Reuters
Essa não é a primeira vez que Trump adota a promessa de “duas semanas” para se esquivar de temas sensíveis.
Em 2017, as agências Axios e Bloomberg reuniram seis ocasiões em que o presidente disse que faria “grandes anúncios” nesse mesmo prazo. Na maioria dos casos, as promessas não foram cumpridas.
Já em 2020, a revista Vice fez um compilado em vídeo dos “avisos prévios de duas semanas” de Trump. O material, com mais de três minutos de duração, teve mais de 264 mil visualizações no YouTube.
Já nesta quinta-feira (29), a imprensa americana voltou a cobrar o presidente sobre o “prazo de duas semanas” sobre a Ucrânia. A emissora MSNBC afirmou que Trump utiliza a tática esperando que o público se esqueça das datas que ele mesmo estabeleceu.
Enquanto isso, cresce a pressão para que Trump adote uma postura mais firme contra a Rússia. Desde março, ele tem ameaçado impor novas sanções caso Putin não aceite negociar um cessar-fogo.
Ao ser questionado sobre o que tem impedido os Estados Unidos de punir a Rússia com sanções econômicas, Trump respondeu que a guerra não era dele.
"É a guerra de Biden, de Zelensky e de Putin. Não é a guerra de Trump. Estou aqui por uma única razão: ver se consigo acabar com ela para salvar 5 mil vidas por semana. E muito dinheiro. Embora o dinheiro seja muito menos importante."
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