Ser Acessível: TEA, PCD, SRM, criança não oralizada, tecnologia assistiva... glossário explica termos e siglas da educação especial

A partir de segunda-feira (19), série do g1 e da EPTV vai abordar inclusão no ensino. Definição de conceitos foi baseada em cartilha do Inep. #paratodosverem: Na Sala de Recursos Multifuncionais de uma escola, a professora Tathiane Cuesta está em pé ao lado de Pedro, numa cadeira de rodas. Ele olha contente para um monitor a sua frente. São filmados pela equipe com uma grande câmera
Fernando Evans/g1
Pessoa com deficiência (PCD), Transtorno do Espectro Autista (TEA), pessoa não oralizada, Sala de Recursos Multifuncionais (SRM). São diversos os termos usados no dia a dia do ensino de crianças e adolescentes com deficiência nas escolas. Mas você sabe o que cada um deles significa?
A partir de informações do Inep e do Conselho Nacional de Educação, o g1 montou um glossário para explicar algumas dessas siglas e expressões que estarão presentes na série de reportagens "Ser Acessível", que aborda desafios e exemplos da educação inclusiva.
Vale ressaltar que não há na legislação brasileira qualquer diferença entre pessoas com ou sem deficiência - a educação é um direito de todos e dever do Estado e da família.
Ser Acessível: g1 e EPTV lançam série de reportagens em formato visual inédito com o máximo de recursos de acessibilidade
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, de 2008, determina que alunos com deficiência, TEA e altas habilidades ou superdotação estejam incluídos no ensino regular - ou seja, a matrícula é na escola comum.
É a partir desse acesso à rede de ensino que a educação especial se faz presente, não como uma ação separada, mas como uma modalidade que oferece um conjunto de recursos e práticas pedagógicas para apoio ao desenvolvimento dos alunos.
? Entenda, abaixo, quais os tipos de deficiência do público da educação especial e explicações sobre termos e siglas:
As informações e definições foram obtidas a partir do glossário da Educação Especial, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e do Parecer nº 50, do Conselho Nacional de Educação (CNE).
#paratodosverem: A professora Aline Begossi e a menina Catarina sentadas à mesa. Catarina olha um livro de ilustrações coloridas com cenas do cotidiano de expressões humanas. Elas são filmadas de perto por um homem, com uma grande câmera
Fernando Evans/g1
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Educação especial
A educação especial é uma modalidade que acontece dentro da escola regular e oferece o Atendimento Educacional Especializado (AEE) para alunos com deficiência, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e altas habilidades ou superdotação.
Público da educação especial
Pessoa com deficiência
Pessoa com deficiência é quem tem impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial. Esses impedimentos, junto com barreiras da sociedade, podem dificultar a participação dessas pessoas. Vale destacar que termos como pessoa especial ou deficiente são incorretos.
Transtorno do Espectro Autista
O Transtorno do Espectro Autista, TEA, é um quadro clínico caracterizado por persistente e significativa alteração nas interações sociais. O aluno com autismo apresenta repertório de interesses restrito e repetitivo, e pode ter manifestações motoras ou verbais estereotipadas.
Altas habilidades ou superdotação
A pessoa com altas habilidades ou superdotação apresenta elevado potencial intelectual acadêmico, de liderança, esportes ou artes, de forma isolada ou combinada. Muito criativo, o estudante com essas características tem grande envolvimento no aprendizado do que está em seu campo de interesses.
Tipos de deficiência
Deficiência física
São impedimentos físicos e/ou motores que exigem recursos para garantir o acesso do aluno às aulas e à escola. Exemplos: paraplegia, amputação, paralisia cerebral, nanismo.
Deficiência auditiva e surdez
É a perda parcial (deficiência auditiva) ou total (surdez) da audição. Isso pode dificultar o aprendizado, então é importante usar recursos visuais. Alunos surdos que usam a Língua Brasileira de Sinais (Libras) precisam que ela seja valorizada como primeira língua, com a escola organizada para uma educação bilíngue.
Deficiência visual
É a perda total ou parcial da visão, que pode ser de nascença ou adquirida.
_ Cegueira: Perda total da visão. Nesses casos, o aluno deve aprender o Braille e usar materiais e equipamentos acessíveis.
_ Baixa visão: Perda parcial da visão, mesmo com óculos ou tratamento. O aluno precisa de materiais acessíveis, como letras ampliadas.
_ Visão monocular: Perda da visão em um olho. A pessoa enxerga normalmente com o outro, mas pode precisar de materiais acessíveis na escola.
Deficiência intelectual
A pessoa tem alterações no desenvolvimento intelectual, na adaptação e em habilidades práticas, sociais e de pensamento.
Surdocegueira
É a combinação de deficiência auditiva e visual. Pode ser de dois tipos: a pessoa nasce surdocega ou fica antes de aprender a falar (pré-linguística), ou acontece depois de já saber uma língua (pós-linguística). Tem características próprias, diferentes das de cada deficiência separada.
Deficiência múltipla
É a associação de duas ou mais deficiências.
#paratodosverem: Em um pequeno estúdio de gravação na EPTV, com paredes de madeira, a audiodescritora Bell Machado grava a audiodescrição dos episódios da série "Ser Acessível". Ela lê o roteiro de AD em um notebook a sua frente. Bell é branca de cabelos castanhos cacheados, nas altura dos ombros. Usa óculos de grau e um vestido estampado em tons terrosos
Estevão Mamédio/g1
Termos da educação especial
Atendimento Educacional Especializado (AEE)
O Atendimento Educacional Especializado (AEE) configura-se como um conjunto de atividades e de recursos de acessibilidade e pedagógicos, organizados de forma institucional e contínua, que podem ser ofertados enquanto serviço da Educação Especial, a partir das Salas de Recursos Multifuncionais (SRM), no contexto escolar, ou em centros de AEE da rede pública, além de instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos.
Sala de Recursos Multifuncional (SRM)
As Salas de Recursos Multifuncionais (SRM) são espaços físico dentro das escolas onde, prioritariamente, acontece o Atendimento Educacional Especializado (AEE). A sala possui mobiliários, materiais didáticos, recursos pedagógicos específicos e equipamentos de tecnologia assistiva para atender às necessidades dos alunos público-alvo da educação especial em contraturno escolar.
Libras (Língua Brasileira de Sinais)
É a língua de sinais utilizada pela maioria das comunidades surdas no Brasil, reconhecida por lei como meio de comunicação e expressão. É uma língua visual-motora, com estrutura gramatical e vocabulário próprios - não é, portanto, o português traduzido em sinais. A Libras não é universal, e cada país tem a sua própria língua de sinais.
Audiodescrição
A audiodescrição é um recurso de acessibilidade que traduz imagens em palavras, permitindo que pessoas cegas ou com baixa visão compreendam conteúdos audiovisuais ou imagens estáticas.
Braille
O Braille é um sistema de escrita e leitura tátil (pelo tato) utilizado por pessoas cegas ou com baixa visão severa. Consiste em combinações de 1 a 6 pontos em relevo, organizados em duas colunas de três pontos (cela Braille), que representam letras, números, símbolos matemáticos, notas musicais e pontuação.
Pessoa não verbal ou não oralizada
Refere-se a pessoa que não utiliza a fala (linguagem oral) como sua forma principal ou única de comunicação. Uma pessoa "não oralizada" não significa que ela é "não comunicativa", pois ela pode se comunicar por outros meios, como gestos e expressões faciais, Língua Brasileira de Sinais (Libras) e sistemas de Comunicação Alternativa e Aumentativa (CAA).
Comunicação Alternativa e Aumentativa (CAA)
A Comunicação Alternativa e Aumentativa (CAA) utiliza recursos que podem complementar ou substituir a fala, como símbolos, letras, números, expressões, fotos, palavras escritas e alfabeto. Há aplicações de baixa e de alta tecnologia, como cartões e pranchas de comunicação a tablets e equipamentos eletrônicos que sintetizam vozes e comandos.
Tecnologia assistiva
Tecnologia Assistiva é o termo usado para todo e qualquer recurso, serviço, estratégia, prática ou produto que promova autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão de pessoas com deficiência. De mesas adaptadas a cadeira de rodas, passando por softwares que fazem leituras de tela e sistemas controlados pelo movimento dos olhos, todos os recursos são considerados como tecnologia assistiva.
Ser Acessível: g1 e EPTV lançam série de reportagens em formato visual inédito
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Fernando Evans/g1
Pessoa com deficiência (PCD), Transtorno do Espectro Autista (TEA), pessoa não oralizada, Sala de Recursos Multifuncionais (SRM). São diversos os termos usados no dia a dia do ensino de crianças e adolescentes com deficiência nas escolas. Mas você sabe o que cada um deles significa?
A partir de informações do Inep e do Conselho Nacional de Educação, o g1 montou um glossário para explicar algumas dessas siglas e expressões que estarão presentes na série de reportagens "Ser Acessível", que aborda desafios e exemplos da educação inclusiva.
Vale ressaltar que não há na legislação brasileira qualquer diferença entre pessoas com ou sem deficiência - a educação é um direito de todos e dever do Estado e da família.
Ser Acessível: g1 e EPTV lançam série de reportagens em formato visual inédito com o máximo de recursos de acessibilidade
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, de 2008, determina que alunos com deficiência, TEA e altas habilidades ou superdotação estejam incluídos no ensino regular - ou seja, a matrícula é na escola comum.
É a partir desse acesso à rede de ensino que a educação especial se faz presente, não como uma ação separada, mas como uma modalidade que oferece um conjunto de recursos e práticas pedagógicas para apoio ao desenvolvimento dos alunos.
? Entenda, abaixo, quais os tipos de deficiência do público da educação especial e explicações sobre termos e siglas:
As informações e definições foram obtidas a partir do glossário da Educação Especial, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e do Parecer nº 50, do Conselho Nacional de Educação (CNE).
#paratodosverem: A professora Aline Begossi e a menina Catarina sentadas à mesa. Catarina olha um livro de ilustrações coloridas com cenas do cotidiano de expressões humanas. Elas são filmadas de perto por um homem, com uma grande câmera
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Educação especial
A educação especial é uma modalidade que acontece dentro da escola regular e oferece o Atendimento Educacional Especializado (AEE) para alunos com deficiência, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e altas habilidades ou superdotação.
Público da educação especial
Pessoa com deficiência
Pessoa com deficiência é quem tem impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial. Esses impedimentos, junto com barreiras da sociedade, podem dificultar a participação dessas pessoas. Vale destacar que termos como pessoa especial ou deficiente são incorretos.
Transtorno do Espectro Autista
O Transtorno do Espectro Autista, TEA, é um quadro clínico caracterizado por persistente e significativa alteração nas interações sociais. O aluno com autismo apresenta repertório de interesses restrito e repetitivo, e pode ter manifestações motoras ou verbais estereotipadas.
Altas habilidades ou superdotação
A pessoa com altas habilidades ou superdotação apresenta elevado potencial intelectual acadêmico, de liderança, esportes ou artes, de forma isolada ou combinada. Muito criativo, o estudante com essas características tem grande envolvimento no aprendizado do que está em seu campo de interesses.
Tipos de deficiência
Deficiência física
São impedimentos físicos e/ou motores que exigem recursos para garantir o acesso do aluno às aulas e à escola. Exemplos: paraplegia, amputação, paralisia cerebral, nanismo.
Deficiência auditiva e surdez
É a perda parcial (deficiência auditiva) ou total (surdez) da audição. Isso pode dificultar o aprendizado, então é importante usar recursos visuais. Alunos surdos que usam a Língua Brasileira de Sinais (Libras) precisam que ela seja valorizada como primeira língua, com a escola organizada para uma educação bilíngue.
Deficiência visual
É a perda total ou parcial da visão, que pode ser de nascença ou adquirida.
_ Cegueira: Perda total da visão. Nesses casos, o aluno deve aprender o Braille e usar materiais e equipamentos acessíveis.
_ Baixa visão: Perda parcial da visão, mesmo com óculos ou tratamento. O aluno precisa de materiais acessíveis, como letras ampliadas.
_ Visão monocular: Perda da visão em um olho. A pessoa enxerga normalmente com o outro, mas pode precisar de materiais acessíveis na escola.
Deficiência intelectual
A pessoa tem alterações no desenvolvimento intelectual, na adaptação e em habilidades práticas, sociais e de pensamento.
Surdocegueira
É a combinação de deficiência auditiva e visual. Pode ser de dois tipos: a pessoa nasce surdocega ou fica antes de aprender a falar (pré-linguística), ou acontece depois de já saber uma língua (pós-linguística). Tem características próprias, diferentes das de cada deficiência separada.
Deficiência múltipla
É a associação de duas ou mais deficiências.
#paratodosverem: Em um pequeno estúdio de gravação na EPTV, com paredes de madeira, a audiodescritora Bell Machado grava a audiodescrição dos episódios da série "Ser Acessível". Ela lê o roteiro de AD em um notebook a sua frente. Bell é branca de cabelos castanhos cacheados, nas altura dos ombros. Usa óculos de grau e um vestido estampado em tons terrosos
Estevão Mamédio/g1
Termos da educação especial
Atendimento Educacional Especializado (AEE)
O Atendimento Educacional Especializado (AEE) configura-se como um conjunto de atividades e de recursos de acessibilidade e pedagógicos, organizados de forma institucional e contínua, que podem ser ofertados enquanto serviço da Educação Especial, a partir das Salas de Recursos Multifuncionais (SRM), no contexto escolar, ou em centros de AEE da rede pública, além de instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos.
Sala de Recursos Multifuncional (SRM)
As Salas de Recursos Multifuncionais (SRM) são espaços físico dentro das escolas onde, prioritariamente, acontece o Atendimento Educacional Especializado (AEE). A sala possui mobiliários, materiais didáticos, recursos pedagógicos específicos e equipamentos de tecnologia assistiva para atender às necessidades dos alunos público-alvo da educação especial em contraturno escolar.
Libras (Língua Brasileira de Sinais)
É a língua de sinais utilizada pela maioria das comunidades surdas no Brasil, reconhecida por lei como meio de comunicação e expressão. É uma língua visual-motora, com estrutura gramatical e vocabulário próprios - não é, portanto, o português traduzido em sinais. A Libras não é universal, e cada país tem a sua própria língua de sinais.
Audiodescrição
A audiodescrição é um recurso de acessibilidade que traduz imagens em palavras, permitindo que pessoas cegas ou com baixa visão compreendam conteúdos audiovisuais ou imagens estáticas.
Braille
O Braille é um sistema de escrita e leitura tátil (pelo tato) utilizado por pessoas cegas ou com baixa visão severa. Consiste em combinações de 1 a 6 pontos em relevo, organizados em duas colunas de três pontos (cela Braille), que representam letras, números, símbolos matemáticos, notas musicais e pontuação.
Pessoa não verbal ou não oralizada
Refere-se a pessoa que não utiliza a fala (linguagem oral) como sua forma principal ou única de comunicação. Uma pessoa "não oralizada" não significa que ela é "não comunicativa", pois ela pode se comunicar por outros meios, como gestos e expressões faciais, Língua Brasileira de Sinais (Libras) e sistemas de Comunicação Alternativa e Aumentativa (CAA).
Comunicação Alternativa e Aumentativa (CAA)
A Comunicação Alternativa e Aumentativa (CAA) utiliza recursos que podem complementar ou substituir a fala, como símbolos, letras, números, expressões, fotos, palavras escritas e alfabeto. Há aplicações de baixa e de alta tecnologia, como cartões e pranchas de comunicação a tablets e equipamentos eletrônicos que sintetizam vozes e comandos.
Tecnologia assistiva
Tecnologia Assistiva é o termo usado para todo e qualquer recurso, serviço, estratégia, prática ou produto que promova autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão de pessoas com deficiência. De mesas adaptadas a cadeira de rodas, passando por softwares que fazem leituras de tela e sistemas controlados pelo movimento dos olhos, todos os recursos são considerados como tecnologia assistiva.
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