Em meio à falta de chuvas, Rio Acre fica abaixo dos 2 metros pela primeira vez em 2025 na capital

Última chuva registrada na bacia do rio ocorreu no dia 17 de junho, o que intensificou a redução do nível. De acordo com a Defesa Civil Municipal, as chuvas ficaram abaixo do esperado no mês de junho e não há previsão para, pelo menos, os próximos 10 dias. Rio Acre abaixo de 2 metros na capital Rio Branco nesta quinta-feira (3)
Eldérico Silva/Rede Amazônica Acre
Em meio à falta de chuvas e o terceiro pior nível dos últimos dos dez anos para o início de julho, o Rio Acre ficou abaixo dos dois metros pela primeira vez em 2025 na medição das 6h desta quinta-feira (3) feita pela Defesa Civil de Rio Branco, com 1,99 metro.
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Conforme o órgão, a última chuva registrada na bacia do rio ocorreu no dia 17 de junho, o que intensificou a redução do nível. Em relação à quarta-feira (2), o índice caiu um centímetro, já que havia ficado em dois metros.
Segundo a Defesa Civil da capital acreana, não há previsão de chuvas para, pelo menos, os próximos 10 dias.
“A tendência é que diminua ainda mais porque não temos previsão de chuva. Com isso, com certeza, estaremos informando níveis cada vez mais baixos. Mas, esperamos que essas reduções cheguem paulatinamente, como foi desde ontem, ao invés de cinco ou três centímetros, ou quem sabe, estabilize”, explicou o coronel Cláudio Falcão, coordenador da Defesa Civil Municipal, em entrevista à CBN Amazônia Rio Branco.
LEIA MAIS
Com mais de 64% do território em situação de seca, autoridades do AC avaliam estratégia para amenizar prejuízos
Por falta de chuvas, produtores rurais enfrentam dificuldades para escoar a produção de bananas em Rio Branco: 'Muito prejuízo'
Outro dado que preocupa autoridades da capital acreana é o baixo índice de chuvas em junho. Conforme o monitoramento diário, o mês encerrou com pouco mais de 29 milímetros acumulados, quando o esperado, pela média histórica, era de 39,8 milímetros. Apesar disso, o volume ficou acima do registrado no mesmo mês em 2024, que ficou em 21 milímetros.
Levantamento mostra o nível do Rio Acre em junho de 2015 até este ano
Reprodução
O resultado é mais um indicativo preocupante para o verão amazônico no estado acreano. Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), mais de 64% do território do estado ficou em situação de seca em maio. Um aumento de 24% em relação ao mês anterior.
Ainda conforme a agência, o Acre aparece como o estado com o maior percentual de área seca da Região Norte. Entre abril e maio, a seca moderada também cresceu: de 18% para 20% do território.
“Mas o fato é que quando ele [rio] chega aos dois metros, não tem aquela queda tão grande, como aquelas de meio metro em 24 horas ou até mais. Mesmo assim, as dificuldades que vêm com a seca não diminuem e, infelizmente, aumentam cada vez mais”, acrescentou Falcão.
Baixo nível do Rio Acre já afeta transporte e produção rural
Alerta para o início de julho
O Rio Acre registrou o terceiro pior nível dos últimos dos dez anos para o início de julho na capital acreana. O dado é da Defesa Civil de Rio Branco e corresponde a medição feita no dia 1º de julho de 2015 até este ano.
Na terça (1º), o manancial marcou 2,03 metros. No copilado da Defesa Civil Municipal, apenas a medição feita no mesmo dia em 2016 (1,92 metros) e em 2024 (1,77 metros) ficam a frente do nível deste ano.
Em entrevista à Rede Amazônica Acre, o coordenador do órgão municipal, tenente-coronel Cláudio Falcão, contou que as chuvas ficaram mais escassas a partir de maio e o cenário começou a se agravar.
Prejuízos
Os produtores rurais começam a sentir os impactos redução significativa do nível do Rio Acre. A seca não só afeta a navegação, mas também dificulta o escoamento da produção na capital.
"Quando chega julho, agosto, a gente tem que vir por terra, porque o Rio Acre não dá acesso porque tem pedra, pau, e não podemos passar. A produção nesse período a gente para", disse a produtora rural Maria Giselda.
No último dia 18 de junho, representantes da Defesa Civil Estadual, da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) e Secretaria Extraordinária de Povos Indígenas do Estado (Sepi), estiveram reunidos para discutir ações para conter impactos durante período de estiagem no Acre.
Uma das estratégias dos órgãos é a Operação Estiagem, que leva água para as comunidades rurais. A ação deve começar na segunda-feira (7). "Estamos fazendo as vistorias para iniciar em seguida. Creio que conseguiremos iniciar na segunda-feira", completou Falcão.
Reveja os telejornais do Acre
Eldérico Silva/Rede Amazônica Acre
Em meio à falta de chuvas e o terceiro pior nível dos últimos dos dez anos para o início de julho, o Rio Acre ficou abaixo dos dois metros pela primeira vez em 2025 na medição das 6h desta quinta-feira (3) feita pela Defesa Civil de Rio Branco, com 1,99 metro.
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Conforme o órgão, a última chuva registrada na bacia do rio ocorreu no dia 17 de junho, o que intensificou a redução do nível. Em relação à quarta-feira (2), o índice caiu um centímetro, já que havia ficado em dois metros.
Segundo a Defesa Civil da capital acreana, não há previsão de chuvas para, pelo menos, os próximos 10 dias.
“A tendência é que diminua ainda mais porque não temos previsão de chuva. Com isso, com certeza, estaremos informando níveis cada vez mais baixos. Mas, esperamos que essas reduções cheguem paulatinamente, como foi desde ontem, ao invés de cinco ou três centímetros, ou quem sabe, estabilize”, explicou o coronel Cláudio Falcão, coordenador da Defesa Civil Municipal, em entrevista à CBN Amazônia Rio Branco.
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Reprodução
O resultado é mais um indicativo preocupante para o verão amazônico no estado acreano. Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), mais de 64% do território do estado ficou em situação de seca em maio. Um aumento de 24% em relação ao mês anterior.
Ainda conforme a agência, o Acre aparece como o estado com o maior percentual de área seca da Região Norte. Entre abril e maio, a seca moderada também cresceu: de 18% para 20% do território.
“Mas o fato é que quando ele [rio] chega aos dois metros, não tem aquela queda tão grande, como aquelas de meio metro em 24 horas ou até mais. Mesmo assim, as dificuldades que vêm com a seca não diminuem e, infelizmente, aumentam cada vez mais”, acrescentou Falcão.
Baixo nível do Rio Acre já afeta transporte e produção rural
Alerta para o início de julho
O Rio Acre registrou o terceiro pior nível dos últimos dos dez anos para o início de julho na capital acreana. O dado é da Defesa Civil de Rio Branco e corresponde a medição feita no dia 1º de julho de 2015 até este ano.
Na terça (1º), o manancial marcou 2,03 metros. No copilado da Defesa Civil Municipal, apenas a medição feita no mesmo dia em 2016 (1,92 metros) e em 2024 (1,77 metros) ficam a frente do nível deste ano.
Em entrevista à Rede Amazônica Acre, o coordenador do órgão municipal, tenente-coronel Cláudio Falcão, contou que as chuvas ficaram mais escassas a partir de maio e o cenário começou a se agravar.
Prejuízos
Os produtores rurais começam a sentir os impactos redução significativa do nível do Rio Acre. A seca não só afeta a navegação, mas também dificulta o escoamento da produção na capital.
"Quando chega julho, agosto, a gente tem que vir por terra, porque o Rio Acre não dá acesso porque tem pedra, pau, e não podemos passar. A produção nesse período a gente para", disse a produtora rural Maria Giselda.
No último dia 18 de junho, representantes da Defesa Civil Estadual, da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) e Secretaria Extraordinária de Povos Indígenas do Estado (Sepi), estiveram reunidos para discutir ações para conter impactos durante período de estiagem no Acre.
Uma das estratégias dos órgãos é a Operação Estiagem, que leva água para as comunidades rurais. A ação deve começar na segunda-feira (7). "Estamos fazendo as vistorias para iniciar em seguida. Creio que conseguiremos iniciar na segunda-feira", completou Falcão.
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