Festival de Cannes toma decisão inédita de proibir participação de ator acusado de agressões sexuais

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Organização do evento confirmou a informação veiculada pelas mídias francesas de que o ator Théo Navarro-Mussy não participará da exibição de seu filme 'Dossier 137'. Camelia Jordana e Théo Navarro-Mussy em 'Irrésistible'
Divulgação/Disney+
A organização do Festival de Cinema de Cannes confirmou uma informação veiculada pelas mídias francesas de que o ator Théo Navarro-Mussy não participará da exibição de seu filme "Dossier 137" nesta quinta-feira (15). O artista francês é acusado por três ex-colegas de agressões sexuais.
A decisão é inédita e ocorreu sob a iniciativa do diretor do festival, Thierry Frémaux. Segundo a revista francesa Télérama, a resolução foi tomada antes do início do evento e com o acordo dos produtores do longa-metragem dirigido pelo franco-alemão Dominik Moll.
Leia também: Festival de Cannes proíbe nudez e 'roupas volumosas' no tapete vermelho
Com a iniciativa, Navarro-Mussy, 34 anos, não participará do tapete vermelho junto com a equipe do filme, nem da projeção. O caso, no entanto, não tem relação com "Dossier 137", um dos longa-metragens que disputa a Palma de Ouro neste ano.
Navarro-Mussy foi acusado por três ex-colegas de "estupros, violências físicas e psicológicas", em 2018, 2019 e 2020, quatro anos antes do início da filmagem. A queixa foi arquivada em abril, mas as três mulheres indicaram a intenção de apresentar um recurso.
Contatado pelas mídias francesas, o ator lembrou que a Justiça francesa, "até o momento, o eximiu de culpa". Já a advogada de Navarro-Mussy, Marion Pouzet-Gagliardi, indicou não ter recebido nenhuma nova informação de qualquer procedimento em andamento na Justiça. "Até onde sei, esse projeto de queixa com constituição de parte civil não foi formalizado judicialmente", afirmou.
Garantir segurança e integridade
Em entrevista à Télérama, Frémaux explicou que as produções apresentadas em Cannes precisam "garantir aos organizadores que as condições de segurança, integridade e de dignidade das pessoas sejam respeitadas ao longo de produção". "É preciso analisar caso por caso, especialmente quando surgem elementos novos", ressaltou.
A decisão ocorre depois que a deputada ecologista Sandrine Rousseau, presidente de uma comissão de investigação sobre violências sexuais na cultura, convocou em abril o evento a "mudar de mentalidade". A presidente do festival, Iris Knobloch, afirmou na época que havia tomado conhecimento "com seriedade e determinação das recomendações".
O festival também anunciou que aguarda mais informações sobre outra personalidade do cinema que foi denunciada.
Nas últimas edições, o evento foi manchado por acusações de complacência com acusados de violências e agressões sexuais e físicas. Em 2024, o festival teve início com um manifesto de 100 estrelas denunciando a impunidade de personalidades do meio artístico. Na edição anterior, o escândalo ficou a cargo da presença do ator americano Johnny Depp, que participou da abertura com a equipe do longa-metragem "Jeanne du Barry", da diretora francesa Maiwenn.
VÍDEO: Produções cearenses chegam a Cannes
Produções cearenses chegam a Cannes
Divulgação/Disney+
A organização do Festival de Cinema de Cannes confirmou uma informação veiculada pelas mídias francesas de que o ator Théo Navarro-Mussy não participará da exibição de seu filme "Dossier 137" nesta quinta-feira (15). O artista francês é acusado por três ex-colegas de agressões sexuais.
A decisão é inédita e ocorreu sob a iniciativa do diretor do festival, Thierry Frémaux. Segundo a revista francesa Télérama, a resolução foi tomada antes do início do evento e com o acordo dos produtores do longa-metragem dirigido pelo franco-alemão Dominik Moll.
Leia também: Festival de Cannes proíbe nudez e 'roupas volumosas' no tapete vermelho
Com a iniciativa, Navarro-Mussy, 34 anos, não participará do tapete vermelho junto com a equipe do filme, nem da projeção. O caso, no entanto, não tem relação com "Dossier 137", um dos longa-metragens que disputa a Palma de Ouro neste ano.
Navarro-Mussy foi acusado por três ex-colegas de "estupros, violências físicas e psicológicas", em 2018, 2019 e 2020, quatro anos antes do início da filmagem. A queixa foi arquivada em abril, mas as três mulheres indicaram a intenção de apresentar um recurso.
Contatado pelas mídias francesas, o ator lembrou que a Justiça francesa, "até o momento, o eximiu de culpa". Já a advogada de Navarro-Mussy, Marion Pouzet-Gagliardi, indicou não ter recebido nenhuma nova informação de qualquer procedimento em andamento na Justiça. "Até onde sei, esse projeto de queixa com constituição de parte civil não foi formalizado judicialmente", afirmou.
Garantir segurança e integridade
Em entrevista à Télérama, Frémaux explicou que as produções apresentadas em Cannes precisam "garantir aos organizadores que as condições de segurança, integridade e de dignidade das pessoas sejam respeitadas ao longo de produção". "É preciso analisar caso por caso, especialmente quando surgem elementos novos", ressaltou.
A decisão ocorre depois que a deputada ecologista Sandrine Rousseau, presidente de uma comissão de investigação sobre violências sexuais na cultura, convocou em abril o evento a "mudar de mentalidade". A presidente do festival, Iris Knobloch, afirmou na época que havia tomado conhecimento "com seriedade e determinação das recomendações".
O festival também anunciou que aguarda mais informações sobre outra personalidade do cinema que foi denunciada.
Nas últimas edições, o evento foi manchado por acusações de complacência com acusados de violências e agressões sexuais e físicas. Em 2024, o festival teve início com um manifesto de 100 estrelas denunciando a impunidade de personalidades do meio artístico. Na edição anterior, o escândalo ficou a cargo da presença do ator americano Johnny Depp, que participou da abertura com a equipe do longa-metragem "Jeanne du Barry", da diretora francesa Maiwenn.
VÍDEO: Produções cearenses chegam a Cannes
Produções cearenses chegam a Cannes
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