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Irmãs são internadas em pronto-socorro após comerem molho de cachorro-quente no Acre

Irmãs são internadas em pronto-socorro após comerem molho de cachorro-quente no Acre
Segundo a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), estado de saúde delas é estável. Médico da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da Sobral, em Rio Branco, disse que aplicou antídoto após suspeitar que elas pudessem ter sido vítimas de envenenamento no último domingo (8). Polícia deve investigar o caso. Irmãs estão em observação no Pronto-Socorro de Rio Branco
Secom/AC
Duas irmãs de 13 anos e 27 anos estão internadas no Pronto-Socorro de Rio Branco suspeitas de terem sido envenenadas após comerem um molho de cachorro-quente. O estado de saúde delas é considerado estável e seguem em observação na unidade hospitalar.
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O g1 conversou, com exclusividade, com o médico Auérico Pessoa, clínico geral da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da Sobral, que atendeu o caso inicialmente. Foi ele quem acionou a Polícia Militar (PM-AC), via 190, e a Vigilância em Saúde do hospital após a suspeita de envenenamento.
De acordo com o profissional, elas são da Vila do V, em Porto Acre, no interior do estado, e haviam consumido o molho cerca de duas horas antes de buscar atendimento na UPA. Inicialmente, imaginava-se que o caso se tratava de intoxicação alimentar.
"De acordo com os sinais e sintomas que apareceram nelas, estavam com a história de passar mal após comer um molho de cachorro-quente. Por isso que se fala em intoxicação alimentar, mas com os sintomas que elas apresentaram, eu pensei em envenenamento por organofosforado, que é a classe que abrange o veneno de rato, chumbinho", complementou.
Organofosforados são compostos químicos usados em produtos agropecuários, como pesticidas e inseticidas. Já o 'chumbinho' é um raticida, vendido de forma ilegal no Brasil.
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Após a suspeita, ele aplicou a atropina, que é o antídoto do veneno do rato, e elas começaram a responder aos estímulos. Segundo o profissional, se não tivesse sido envenenamento, elas não teriam respondido ao medicamento aplicado.
"Fizemos o antídoto, [que] demorou para estabilizar elas, mas graças a Deus deu certo e estão vivas. Elas chegaram carregadas nos braços de populares, espumando bastante pela boca e [com] o nível de consciência rebaixado", disse.
Inicialmente, o estado de ambas era grave. Com a suspeita de envenenamento, ele e a equipe médica da UPA encaminharam as pacientes para o PS, para atendimentos de urgência. O caso será investigado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam).
"A Saúde prestou toda a assistência, encaminhou para o pronto socorro devido à gravidade do caso, onde elas seguem em acompanhamento", disse a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre).
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O g1 entrou em contato com a PM, que informou que uma guarnição atendeu a ocorrência no domingo e então se deslocaram à UPA da Sobral. Na unidade, conversaram com um enfermeiro que relatou a situação.
Ainda não há um possível suspeito, segundo o órgão. Até a última atualização desta reportagem, a Polícia Civil não retornou ao contato do g1.
"Os militares conversaram com a mãe das vítimas que não sabe como ocorreu o fato, nem quem possivelmente teria feito isso. Relata que durante a noite anterior todos ingeriram o molho, e na manhã seguinte as filhas foram consumir o restante que estava na geladeira. Elas relataram que o molho estava diferente e com pontos pretos, mas mesmo assim comeram, em seguida passaram mal", falou.
Briga durante o atendimento
No momento do atendimento de urgência, também foi registrada uma briga entre o médico e o acompanhante de outra paciente que buscava atendimento na unidade. A informação é de que o homem envolvido não concordou com a classificação de risco dada à namorada.
Como ele queria obrigar atendimento de emergência na mulher, o envolvido na confusão não quis sair e começou a filmar o médico. Auérico não concordou com a gravação, tentou derrubar o aparelho e, então, o vídeo começou a circular nas redes sociais após o acompanhante ser expulso do local pelos seguranças.
"Geralmente, se isso acontece [prioridades mais urgentes no atendimento médico], a gente explica, os pacientes entendem, têm a compaixão, né? Agora, esse cara específico não [...] ele queria forçar o atendimento da emergência. Um ser humano que foi só para desestabilizar a equipe", esclareceu o profissional.
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