Pesquisa da UEMA destaca espécie de camarão com alto valor comercial que pode impulsionar a aquicultura no MA

Pesquisador da UEMA revela potencial de espécie de camarão nativa para cultivo comercial
Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) revelou o alto potencial comercial e genético do camarão-tigre-preto (P. monodon), espécie nativa das águas brasileiras e comum no litoral do Maranhão.
O estudo, publicado na revista internacional Aquaculture Research, é o primeiro no Brasil a realizar um mapeamento genético e sanitário aprofundado de populações nativas da espécie.
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? ?CONTEXTO: De tamanho avantajado, cores intensas e sabor marcante, o camarão-tigre-preto (P. monodon) vive em grandes profundidades e está presente em todo o litoral brasileiro, com predominância nos estados do Ceará, Maranhão e Pará. A espécie já foi a mais cultivada em cativeiro no país na década de 1980 e, atualmente, ocupa o segundo lugar nesse ranking. No Maranhão, o crustáceo ainda é capturado de forma acidental, misturado a outras espécies nas redes de pesca.
A pesquisa foi liderada pelo professor Thales Passos de Andrade, do curso de Engenharia de Pesca da UEMA e da Rede Bionorte
Divulgação/UEMA
Iniciada em 2015, pesquisa foi liderada pelo professor Thales Passos de Andrade, do curso de Engenharia de Pesca da UEMA e da Rede Bionorte, com apoio do Laboratório de Diagnóstico de Enfermidades de Crustáceos (Laqua-UEMA), da doutoranda Amanda Gomes, além de parcerias internacionais com instituições como a CSIRO e a Genics, da Austrália.
Os resultados da pesquisa mostraram que o camarão-tigre-preto apresenta características genéticas únicas e resistência elevada a doenças. Mais de 1.100 exames foram realizados e nenhum deles detectou a presença dos 19 patógenos mais preocupantes para a aquicultura mundial, entre vírus e fungos.
A espécie também demonstrou um baixo índice de endogamia, o que amplia seu potencial de melhoramento genético e cultivo sustentável. A espécie foi apontada como dos estoques mais promissores do mundo para comercialização devido seu valor nutricional e comercial.
“A espécie P. monodon possui uma característica natural de resistência a algumas enfermidades que estão presentes no Brasil, como o vírus do IMNV, e também a um fungo que não está presente no país, que é o EHP. Aliado a esse fator, temos ainda o valor comercial e o valor nutricional da espécie”, explica o professor.
De acordo com os pesquisadores, o clima e o relevo maranhense, semelhante aos de grandes produtores de camarão como o Vietnã, oferecem condições ideais para o desenvolvimento da espécie.
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Segundo a doutoranda Amanda Gomes, o Laboratório de Diagnóstico de Enfermidades de Crustáceos, responsável pelas análises e sediado na própria Uema, é o único do Brasil acreditado com a ISO 17025 no escopo de doenças voltadas para o camarão.
"É bom ressaltar que esse laboratório se encontra dentro da Universidade Estadual do Maranhão, dentro de um estado que a gente sabe que, em relação ao PIB de outros estados, esse fator é um fator muito importante, com parcerias internacionais e voltado justamente para essa pesquisa, que é uma pesquisa que está ganhando grande repercussão no Brasil”, Amanda.
Os pesquisadores apontam que as descobertas abrem caminhos para a aquicultura no país e no estado, com a valorização da biodiversidade e menor dependência de estoques importados. Além disso, a possibilidade de captura correta da espécie pode gerar novas oportunidades de renda aos pescadores maranhenses.
Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) revelou o alto potencial comercial e genético do camarão-tigre-preto (P. monodon), espécie nativa das águas brasileiras e comum no litoral do Maranhão.
O estudo, publicado na revista internacional Aquaculture Research, é o primeiro no Brasil a realizar um mapeamento genético e sanitário aprofundado de populações nativas da espécie.
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? ?CONTEXTO: De tamanho avantajado, cores intensas e sabor marcante, o camarão-tigre-preto (P. monodon) vive em grandes profundidades e está presente em todo o litoral brasileiro, com predominância nos estados do Ceará, Maranhão e Pará. A espécie já foi a mais cultivada em cativeiro no país na década de 1980 e, atualmente, ocupa o segundo lugar nesse ranking. No Maranhão, o crustáceo ainda é capturado de forma acidental, misturado a outras espécies nas redes de pesca.
A pesquisa foi liderada pelo professor Thales Passos de Andrade, do curso de Engenharia de Pesca da UEMA e da Rede Bionorte
Divulgação/UEMA
Iniciada em 2015, pesquisa foi liderada pelo professor Thales Passos de Andrade, do curso de Engenharia de Pesca da UEMA e da Rede Bionorte, com apoio do Laboratório de Diagnóstico de Enfermidades de Crustáceos (Laqua-UEMA), da doutoranda Amanda Gomes, além de parcerias internacionais com instituições como a CSIRO e a Genics, da Austrália.
Os resultados da pesquisa mostraram que o camarão-tigre-preto apresenta características genéticas únicas e resistência elevada a doenças. Mais de 1.100 exames foram realizados e nenhum deles detectou a presença dos 19 patógenos mais preocupantes para a aquicultura mundial, entre vírus e fungos.
A espécie também demonstrou um baixo índice de endogamia, o que amplia seu potencial de melhoramento genético e cultivo sustentável. A espécie foi apontada como dos estoques mais promissores do mundo para comercialização devido seu valor nutricional e comercial.
“A espécie P. monodon possui uma característica natural de resistência a algumas enfermidades que estão presentes no Brasil, como o vírus do IMNV, e também a um fungo que não está presente no país, que é o EHP. Aliado a esse fator, temos ainda o valor comercial e o valor nutricional da espécie”, explica o professor.
De acordo com os pesquisadores, o clima e o relevo maranhense, semelhante aos de grandes produtores de camarão como o Vietnã, oferecem condições ideais para o desenvolvimento da espécie.
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Segundo a doutoranda Amanda Gomes, o Laboratório de Diagnóstico de Enfermidades de Crustáceos, responsável pelas análises e sediado na própria Uema, é o único do Brasil acreditado com a ISO 17025 no escopo de doenças voltadas para o camarão.
"É bom ressaltar que esse laboratório se encontra dentro da Universidade Estadual do Maranhão, dentro de um estado que a gente sabe que, em relação ao PIB de outros estados, esse fator é um fator muito importante, com parcerias internacionais e voltado justamente para essa pesquisa, que é uma pesquisa que está ganhando grande repercussão no Brasil”, Amanda.
Os pesquisadores apontam que as descobertas abrem caminhos para a aquicultura no país e no estado, com a valorização da biodiversidade e menor dependência de estoques importados. Além disso, a possibilidade de captura correta da espécie pode gerar novas oportunidades de renda aos pescadores maranhenses.
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