Dólar abre em queda, com expectativa por ata do Copom, tarifaço e novos dados econômicos

Tenho um limite de briga com o governo americano, diz Lula sobre tarifaço
O dólar abriu a sessão desta segunda-feira (4) em queda de 0,18%, cotado a R$ 5,5347 perto das 09h10. Com uma agenda cheia prevista para a semana, investidores aguardam a ata dos bancos centrais do Brasil e dos EUA sobre as últimas decisões de juros e o tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Novos dados econômicos e balanços corporativos também ficam no radar. As negociações do Ibovespa, por sua vez, só começam às 10h.
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▶️ O início do tarifaço no Brasil, previsto agora para quarta-feira (6), segue no centro das atenções. Apesar de o presidente norte-americano ter anunciado uma série de exceções para as taxas de 50% anunciadas sobre produtos brasileiros, ainda há expectativa sobre as negociações entre o governo brasileiro e os EUA.
Na semana passada, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, afirmou no programa Mais Você, da TV Globo que as negociações apenas começaram com os EUA e indicou que o governo já tem um plano praticamente finalizado para preservar empregos e apoiar setores afetados pelas tarifas.
▶️ Além disso, investidores também seguem em compasso de espera pelas atas do Comitê de Política Monetária (Copom) e do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), previstos para os próximos dias.
Na semana passada, as duas instituições decidiram manter seus juros inalterados, indicando incerteza à frente em meio aos possíveis efeitos do tarifaço. Com isso, a taxa básica brasileira (Selic) ficou em 15% ao ano, enquanto a dos EUA ficou na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano.
▶️ Por fim, o mercado também aguarda a divulgação de uma série de indicadores econômicos no Brasil e no exterior, além de acompanhar balanços corporativos. Por aqui, o destaque fica com o Caged, que será anunciado hoje. A expectativa é que o dado mostre solidez na geração de empregos formais em junho. A balança comercial de julho, prevista para amanhã, tem sido monitorada de perto por conta do tarifaço e também deve ficar sob os holofotes.
Veja abaixo como esses fatores impactam o mercado.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
?Dólar
a
Acumulado da semana: -0,30%;
Acumulado do mês: -1,01%;
Acumulado do ano: -10,28%.
?Ibovespa
Acumulado da semana: -0,81%;
Acumulado do mês: -0,48%;
Acumulado do ano: +10,10%.
À espera do tarifaço
A ordem executiva assinada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, na última quinta-feira (31) marca um novo capítulo do tarifaço para o mundo.
A medida amplia e modifica as tarifas recíprocas aplicadas a diversos países, com alíquotas que, agora, vão de 10% a 41%. As novas taxas devem entrar em vigor a partir de 7 de agosto.
Mesmo com a ampliação das tarifas para várias nações, o Brasil ainda é o mais tarifado por Trump, com uma alíquota de 50%. Nesse caso, as taxas estão previstas para 6 de agosto.
Depois, entre os mais taxados, vem a Síria (41%), seguida por Laos e Mianmar (Birmânia), ambos com taxas de 40%. Já os menos afetados foram o Reino Unido e as Ilhas Malvinas — os únicos até agora com taxas de 10%.
MAPA DO TARIFAÇO: veja países mais e menos afetados com novas taxas dos EUA
Segundo a Casa Branca, a taxa de 50% contra o Brasil foi adotada em resposta a ações do governo brasileiro que representariam uma “ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos EUA”.
O anúncio oficializa o percentual mencionado pelo republicano em carta enviada a Lula neste mês e afirma que a ordem executiva foi motivada por ações que “prejudicam empresas americanas e os direitos de liberdade de expressão de cidadãos americanos”, além de afetar a política externa e a economia do país.
Na sexta-feira (1º), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo federal não pretende adotar medidas com objetivo de retaliar os Estados Unidos, e que os próximos passos serão com foco em ações de proteção para "atenuar os efeitos" sobre a indústria e o agronegócio.
"Não houve desistência da decisão [de retaliar] porque essa decisão não foi tomada. Nós nunca usamos esse verbo para caracterizar as ações que a economia brasileira vai tomar. São ações de proteção da soberania, proteção da nossa indústria, do nosso agronegócio", disse Haddad a jornalistas.
Agenda econômica
Investidores ainda acompanham a agenda econômica recheada desta semana, com destaque para as atas do Fed e do Copom. Os documentos devem trazer novos detalhes sobre as discussões de juros nas instituições, indicando quais podem ser os próximos passos das taxas diante dos possíveis efeitos do tarifaço.
O Caged, que deve ser divulgado hoje, também fica no radar, assim como a balança comercial de julho — que, por sua vez, deve trazer novos indícios sobre como deve ficar a dinâmica comercial entre o Brasil e os EUA.
Funcionário de banco em Jacarta, na Indonésia, conta notas de dólar, em 10 de abril de 2025.
Tatan Syuflana/ AP
O dólar abriu a sessão desta segunda-feira (4) em queda de 0,18%, cotado a R$ 5,5347 perto das 09h10. Com uma agenda cheia prevista para a semana, investidores aguardam a ata dos bancos centrais do Brasil e dos EUA sobre as últimas decisões de juros e o tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Novos dados econômicos e balanços corporativos também ficam no radar. As negociações do Ibovespa, por sua vez, só começam às 10h.
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▶️ O início do tarifaço no Brasil, previsto agora para quarta-feira (6), segue no centro das atenções. Apesar de o presidente norte-americano ter anunciado uma série de exceções para as taxas de 50% anunciadas sobre produtos brasileiros, ainda há expectativa sobre as negociações entre o governo brasileiro e os EUA.
Na semana passada, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, afirmou no programa Mais Você, da TV Globo que as negociações apenas começaram com os EUA e indicou que o governo já tem um plano praticamente finalizado para preservar empregos e apoiar setores afetados pelas tarifas.
▶️ Além disso, investidores também seguem em compasso de espera pelas atas do Comitê de Política Monetária (Copom) e do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), previstos para os próximos dias.
Na semana passada, as duas instituições decidiram manter seus juros inalterados, indicando incerteza à frente em meio aos possíveis efeitos do tarifaço. Com isso, a taxa básica brasileira (Selic) ficou em 15% ao ano, enquanto a dos EUA ficou na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano.
▶️ Por fim, o mercado também aguarda a divulgação de uma série de indicadores econômicos no Brasil e no exterior, além de acompanhar balanços corporativos. Por aqui, o destaque fica com o Caged, que será anunciado hoje. A expectativa é que o dado mostre solidez na geração de empregos formais em junho. A balança comercial de julho, prevista para amanhã, tem sido monitorada de perto por conta do tarifaço e também deve ficar sob os holofotes.
Veja abaixo como esses fatores impactam o mercado.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
?Dólar
a
Acumulado da semana: -0,30%;
Acumulado do mês: -1,01%;
Acumulado do ano: -10,28%.
?Ibovespa
Acumulado da semana: -0,81%;
Acumulado do mês: -0,48%;
Acumulado do ano: +10,10%.
À espera do tarifaço
A ordem executiva assinada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, na última quinta-feira (31) marca um novo capítulo do tarifaço para o mundo.
A medida amplia e modifica as tarifas recíprocas aplicadas a diversos países, com alíquotas que, agora, vão de 10% a 41%. As novas taxas devem entrar em vigor a partir de 7 de agosto.
Mesmo com a ampliação das tarifas para várias nações, o Brasil ainda é o mais tarifado por Trump, com uma alíquota de 50%. Nesse caso, as taxas estão previstas para 6 de agosto.
Depois, entre os mais taxados, vem a Síria (41%), seguida por Laos e Mianmar (Birmânia), ambos com taxas de 40%. Já os menos afetados foram o Reino Unido e as Ilhas Malvinas — os únicos até agora com taxas de 10%.
MAPA DO TARIFAÇO: veja países mais e menos afetados com novas taxas dos EUA
Segundo a Casa Branca, a taxa de 50% contra o Brasil foi adotada em resposta a ações do governo brasileiro que representariam uma “ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos EUA”.
O anúncio oficializa o percentual mencionado pelo republicano em carta enviada a Lula neste mês e afirma que a ordem executiva foi motivada por ações que “prejudicam empresas americanas e os direitos de liberdade de expressão de cidadãos americanos”, além de afetar a política externa e a economia do país.
Na sexta-feira (1º), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo federal não pretende adotar medidas com objetivo de retaliar os Estados Unidos, e que os próximos passos serão com foco em ações de proteção para "atenuar os efeitos" sobre a indústria e o agronegócio.
"Não houve desistência da decisão [de retaliar] porque essa decisão não foi tomada. Nós nunca usamos esse verbo para caracterizar as ações que a economia brasileira vai tomar. São ações de proteção da soberania, proteção da nossa indústria, do nosso agronegócio", disse Haddad a jornalistas.
Agenda econômica
Investidores ainda acompanham a agenda econômica recheada desta semana, com destaque para as atas do Fed e do Copom. Os documentos devem trazer novos detalhes sobre as discussões de juros nas instituições, indicando quais podem ser os próximos passos das taxas diante dos possíveis efeitos do tarifaço.
O Caged, que deve ser divulgado hoje, também fica no radar, assim como a balança comercial de julho — que, por sua vez, deve trazer novos indícios sobre como deve ficar a dinâmica comercial entre o Brasil e os EUA.
Funcionário de banco em Jacarta, na Indonésia, conta notas de dólar, em 10 de abril de 2025.
Tatan Syuflana/ AP
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