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Tratado nuclear está 'em risco', diz diretor de entidade de fiscalização nuclear da ONU

Tratado nuclear está 'em risco', diz diretor de entidade de fiscalização nuclear da ONU
Rafael Grossi apontou durante reunião do Conselho de Segurança da ONU, neste domingo (22), que o tratado garantiu a segurança internacional por mais de meio século. Diretor da AIEA declara que tratado nuclear está em risco
O diretor da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, declarou que o Tratado de Não Proliferação Nuclear está "em risco". Segundo discurso de Grossi durante reunião do Conselho de Segurança da ONU, neste domingo (22), o tratado garantiu a segurança internacional por mais de meio século.
O tratado, o qual o Irã é signatário, estabelece a não proliferação de armas nucleares para fins não pacíficos. O país, no entanto, segue com programa nuclear para efeitos de energia.
Durante a reunião deste domingo, Grossi disse ter convocado uma sessão especial do conselho de governadores da agência em Viena na segunda-feira (23), para discutir a situação no Oriente Médio, segundo o jornal The New York Times.
Ele afirmou que "há um caminho para a diplomacia" e pediu ao Irã que retorne à mesa de negociações sobre seu programa nuclear.
"Qualquer acordo terá como pré-requisito a apuração dos fatos em campo. Isso só pode ser feito com inspetores da AIEA", disse ele. Grossi pontou que as ofensivas devem parar para que o Irã leve os inspetores às instalações nucleares.
O Irã já havia declarado na sexta-feira que não discutirá o seu programa nuclear enquanto estiver sob ataque.
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Conselho de Segurança da ONU
O Conselho de Segurança da ONU se reuniu neste domingo (22) para discutir os ataques dos EUA às instalações nucleares do Irã, na noite do sábado.
A Rússia, a China e o Paquistão propuseram que o órgão de 15 membros adote uma resolução pedindo um cessar-fogo imediato e incondicional no Oriente Médio. Não ficou imediatamente claro quando a resolução poderia ser submetida a votação, segundo a agência de notícias Reuters.
Os três países circularam um rascunho, disseram diplomatas, e pediram aos membros que compartilhassem seus comentários até a noite de segunda-feira.
Uma resolução precisa de pelo menos nove votos a favor e nenhum veto dos Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Rússia ou China para ser aprovada.
"O bombardeio de instalações nucleares iranianas pelos Estados Unidos marca uma reviravolta perigosa em uma região que já está cambaleando", disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, ao Conselho de Segurança no domingo. "Agora corremos o risco de cair em um turbilhão de retaliações", completou.
"Devemos agir – imediata e decisivamente – para interromper os combates e retomar negociações sérias e sustentadas sobre o programa nuclear iraniano", disse Guterres.
O Irã solicitou à reunião do Conselho de Segurança da ONU, para "que aborde este ato de agressão flagrante e ilegal, condenando-o nos termos mais fortes possíveis".
O embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, afirmou em um comunicado no domingo que os EUA e Israel "não merecem nenhuma condenação, mas sim uma expressão de apreço e gratidão por tornarem o mundo um lugar mais seguro".
Danon disse a repórteres antes da reunião do conselho que ainda era cedo para avaliar o impacto dos ataques americanos. Quando questionado se Israel estava buscando uma mudança de regime no Irã, Danon respondeu: "Isso cabe ao povo iraniano decidir, não a nós".
Durante discursos, os representantes da Rússia e da China condenaram os ataques dos EUA.
"A paz no Oriente Médio não pode ser alcançada pelo uso da força. O diálogo e a negociação são a saída fundamental no momento", disse o embaixador da China na ONU, Fu Cong. "Os meios diplomáticos para abordar a questão nuclear iraniana não foram esgotados e ainda há esperança de uma solução pacífica."
Mas a embaixadora interina dos EUA na ONU, Dorothy Shea, disse ao conselho que havia chegado o momento de Washington agir decisivamente, instando o Conselho de Segurança a pedir ao Irã que encerrasse seus esforços para erradicar Israel e encerrar sua busca por armas nucleares.
"O Irã ofuscou por muito tempo seu programa de armas nucleares e obstruiu nossos esforços de boa-fé em negociações recentes", disse ela. "O regime iraniano não pode ter uma arma nuclear."
O embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, lembrou-se do ex-secretário de Estado americano, Colin Powell, defendendo no Conselho de Segurança da ONU, em 2003, que o presidente iraquiano Saddam Hussein representava um perigo iminente para o mundo devido aos estoques de armas químicas e biológicas do país.
"Mais uma vez, somos solicitados a acreditar nos contos de fadas dos EUA, para mais uma vez infligir sofrimento a milhões de pessoas que vivem no Oriente Médio. Isso reforça nossa convicção de que a história não ensinou nada aos nossos colegas americanos", disse ele.
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