Cachorras 'adotam' filhote de gato e família vira sensação nas redes sociais: 'Inseparáveis', diz tutora

Um dos vídeos que mostra o gatinho Valentim brincando com a sheltie Castanha já ultrapassou 480 mil visualizações. Família mora em Laranjal Paulista (SP). Cachorra adota gatinho no interior de SP e amizade viraliza na internet
A famosa briga entre cão e gato passou longe de acontecer em Laranjal Paulista (SP). Por lá, duas cachorras "adotaram" um filhote de gato, e a família se tornou inseparável. A amizade entre Castanha, da raça sheltie, Cacau, uma spitz alemã, e o gatinho Valentim já conquistou milhares de pessoas nas redes sociais.
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Um dos vídeos que mostra Valentim brincando com Castanha já ultrapassou 480 mil visualizações. Na legenda, a tutora Lara Bertola escreveu: "Após 15 dias que ele entrou pra família, eles já estão inseparáveis… coisa a mais linda do mundo, a relação deles e o tanto que brincam."
"Tive receio mais pela mais velha que é bem ciumenta, mas nunca em relação a brigas ou algo do tipo, mais em relação a elas não se darem bem e o gato também não, pois o nosso antigo [gato] batia nelas, unhava", conta Lara, veterinária e "mãe" dos pets.
Segundo Lara, os animais sempre fizeram parte da rotina da família. "Cresci com cães e gatos em casa. O nosso último gato viveu 17 anos e faleceu durante a Copa de 2023", relata. O apego era tão grande que, depois da perda, foi a mãe de Lara quem passou a pedir por um novo filhote.
"No começo, eu resistia. Por ser veterinária, sei da responsabilidade que envolve um novo animal, principalmente um filhote", conta. Mas tudo mudou no início de maio, quando a mãe dela se apaixonou por um gatinho na casa de uma amiga. Ele foi adotado e ganhou o nome de Valentim.
Cachorra 'adota' gatinho em Laranjal Paulista (SP)
Lara Bertola/Arquivo pessoal
"A Cacau, no primeiro dia, ficou tensa, olhava para ele de canto e fugia toda vez que ele chegava perto. Já a Castanha quis brincar desde o primeiro minuto."
Lara explica que a relação entre cães e gatos ainda é cercada de mitos, mas pode ser harmoniosa.
"Cães e gatos podem viver juntos e felizes, mas depende da personalidade de cada um, da socialização e da forma como são apresentados. Nem sempre é amor à primeira vista, mas, com tempo e manejo adequado, muitos acabam se tornando grandes amigos ou, no mínimo, tolerantes", afirma.
Um dos principais motivos para os possíveis conflitos entre as espécies pode ser a diferença na linguagem corporal. "O cão abana o rabo geralmente quando está feliz, enquanto um gato com o rabo balançando pode indicar uma irritação", continua.
"As experiências anteriores negativas também podem dificultar a aproximação entre as espécies, e uma socialização inadequada, até 12 semanas, pode gerar dificuldade na aceitação do outro em seu espaço."
Amizade entre os três viraliza nas redes sociais
Lara Bertola/Arquivo pessoal
? Convivência saudável
Lara compartilha diversos benefícios que podem ser resultantes de uma boa convivência entre cão e gato. "As brincadeiras entre os dois podem estimular mutuamente e reduzir o tédio, gerando um enriquecimento ambiental. Os animais podem passar muitas horas sozinhos, encontrando no outro um companheiro no dia a dia."
"Outro ponto positivo dessa amizade entre os pets é a redução da ansiedade por separação. A presença de outro animalzinho, mesmo que seja de outra espécie, pode ajudar com a ansiedade."
Para garantir a boa adaptação das duas espécies, a veterinária dá algumas dicas que podem facilitar a criação de um vínculo entre os animais: "Começar com apresentações controladas, usando grade, portas com frestas ou caixinha de transporte. Permitir que o gato tenha rotas de fugas e locais elevados."
"Nunca forçar o contato e supervisionar sempre nos primeiros encontros. Consultar um especialista em comportamento, se houver sinais de agressividade. E reforçar comportamento calmo nos dois lados, com petiscos e carinhos", ressalta.
A veterinária orienta que a convivência é contraindicada quando os cães apresentam histórico de agressividade predatória forte, quando os gatos têm comportamentos extremamente ansiosos, estressados ou problemas de saúde que podem ser agravados pelo estresse, e em casos nos quais a segurança física pode estar em risco.
Cacau e Valentim
Lara Bertola/Arquivo pessoal
? Animais que fazem parte da família
O outro gato que deixou saudades na família era o Mustafá, um frajolinha ranzinza que viveu quase duas décadas. Mas ele também vivia o luto por outra companheira: uma poodle chamada Manuela, adotada praticamente na mesma época que ele.
"Mustafá tinha uma ligação muito forte com outra cachorra minha, que faleceu em 2015, e, desde que ela se foi, ele ficou mais chato e mais ranzinza e nunca aceitou bem os outros cachorros."
Mustafá, gato frajolinha
Lara Bertola/Arquivo pessoal
Foi na mesma época, em 2015, que a veterinária Lara decidiu criar o perfil dos pets no Instagram. Atualmente, a página acumula quase 15 mil seguidores e milhares de visualizações. "Comecei quando a Cacau chegou, mais para ter um álbum mesmo", explica.
Na pandemia, a conta teve um boom e virou um "trabalho" para Cacau. "Eu amo, é uma terapia para mim. Ver só o lado bom da internet, criar amizades, trocar dicas... é incrível", conta. O sorriso de Castanha também toma conta do perfil e, agora, a amizade das duas com Valentim.
Castanha e o irmão Valentim
Lara Bertola/Arquivo pessoal
? Adoção responsável
Pela família, a vontade é sempre de adotar "outro pet para o pet", mas Lara reforça sobre a responsabilidade necessária. "Sabemos das diferenças de personalidade, que, mesmo com alguns bagunceiros, sempre temos vontade de ter mais e mais."
Lara sempre gostou de animais, desde pequena. "Cresci cercada deles, tanto que, desde os três anos, falava sobre ser veterinária e não me imagino fazendo outra coisa. Também agradeço muito à minha mãe por isso, porque sempre tive bichos e de todo tipo, desde cão e gato até porco que andava na coleira, rã, hamster…"
Lara decidiu ser veterinária com incentivo da mãe
Lara Bertola/Arquivo pessoal
*Colaborou sob supervisão de Carla Monteiro
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A famosa briga entre cão e gato passou longe de acontecer em Laranjal Paulista (SP). Por lá, duas cachorras "adotaram" um filhote de gato, e a família se tornou inseparável. A amizade entre Castanha, da raça sheltie, Cacau, uma spitz alemã, e o gatinho Valentim já conquistou milhares de pessoas nas redes sociais.
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Um dos vídeos que mostra Valentim brincando com Castanha já ultrapassou 480 mil visualizações. Na legenda, a tutora Lara Bertola escreveu: "Após 15 dias que ele entrou pra família, eles já estão inseparáveis… coisa a mais linda do mundo, a relação deles e o tanto que brincam."
"Tive receio mais pela mais velha que é bem ciumenta, mas nunca em relação a brigas ou algo do tipo, mais em relação a elas não se darem bem e o gato também não, pois o nosso antigo [gato] batia nelas, unhava", conta Lara, veterinária e "mãe" dos pets.
Segundo Lara, os animais sempre fizeram parte da rotina da família. "Cresci com cães e gatos em casa. O nosso último gato viveu 17 anos e faleceu durante a Copa de 2023", relata. O apego era tão grande que, depois da perda, foi a mãe de Lara quem passou a pedir por um novo filhote.
"No começo, eu resistia. Por ser veterinária, sei da responsabilidade que envolve um novo animal, principalmente um filhote", conta. Mas tudo mudou no início de maio, quando a mãe dela se apaixonou por um gatinho na casa de uma amiga. Ele foi adotado e ganhou o nome de Valentim.
Cachorra 'adota' gatinho em Laranjal Paulista (SP)
Lara Bertola/Arquivo pessoal
"A Cacau, no primeiro dia, ficou tensa, olhava para ele de canto e fugia toda vez que ele chegava perto. Já a Castanha quis brincar desde o primeiro minuto."
Lara explica que a relação entre cães e gatos ainda é cercada de mitos, mas pode ser harmoniosa.
"Cães e gatos podem viver juntos e felizes, mas depende da personalidade de cada um, da socialização e da forma como são apresentados. Nem sempre é amor à primeira vista, mas, com tempo e manejo adequado, muitos acabam se tornando grandes amigos ou, no mínimo, tolerantes", afirma.
Um dos principais motivos para os possíveis conflitos entre as espécies pode ser a diferença na linguagem corporal. "O cão abana o rabo geralmente quando está feliz, enquanto um gato com o rabo balançando pode indicar uma irritação", continua.
"As experiências anteriores negativas também podem dificultar a aproximação entre as espécies, e uma socialização inadequada, até 12 semanas, pode gerar dificuldade na aceitação do outro em seu espaço."
Amizade entre os três viraliza nas redes sociais
Lara Bertola/Arquivo pessoal
? Convivência saudável
Lara compartilha diversos benefícios que podem ser resultantes de uma boa convivência entre cão e gato. "As brincadeiras entre os dois podem estimular mutuamente e reduzir o tédio, gerando um enriquecimento ambiental. Os animais podem passar muitas horas sozinhos, encontrando no outro um companheiro no dia a dia."
"Outro ponto positivo dessa amizade entre os pets é a redução da ansiedade por separação. A presença de outro animalzinho, mesmo que seja de outra espécie, pode ajudar com a ansiedade."
Para garantir a boa adaptação das duas espécies, a veterinária dá algumas dicas que podem facilitar a criação de um vínculo entre os animais: "Começar com apresentações controladas, usando grade, portas com frestas ou caixinha de transporte. Permitir que o gato tenha rotas de fugas e locais elevados."
"Nunca forçar o contato e supervisionar sempre nos primeiros encontros. Consultar um especialista em comportamento, se houver sinais de agressividade. E reforçar comportamento calmo nos dois lados, com petiscos e carinhos", ressalta.
A veterinária orienta que a convivência é contraindicada quando os cães apresentam histórico de agressividade predatória forte, quando os gatos têm comportamentos extremamente ansiosos, estressados ou problemas de saúde que podem ser agravados pelo estresse, e em casos nos quais a segurança física pode estar em risco.
Cacau e Valentim
Lara Bertola/Arquivo pessoal
? Animais que fazem parte da família
O outro gato que deixou saudades na família era o Mustafá, um frajolinha ranzinza que viveu quase duas décadas. Mas ele também vivia o luto por outra companheira: uma poodle chamada Manuela, adotada praticamente na mesma época que ele.
"Mustafá tinha uma ligação muito forte com outra cachorra minha, que faleceu em 2015, e, desde que ela se foi, ele ficou mais chato e mais ranzinza e nunca aceitou bem os outros cachorros."
Mustafá, gato frajolinha
Lara Bertola/Arquivo pessoal
Foi na mesma época, em 2015, que a veterinária Lara decidiu criar o perfil dos pets no Instagram. Atualmente, a página acumula quase 15 mil seguidores e milhares de visualizações. "Comecei quando a Cacau chegou, mais para ter um álbum mesmo", explica.
Na pandemia, a conta teve um boom e virou um "trabalho" para Cacau. "Eu amo, é uma terapia para mim. Ver só o lado bom da internet, criar amizades, trocar dicas... é incrível", conta. O sorriso de Castanha também toma conta do perfil e, agora, a amizade das duas com Valentim.
Castanha e o irmão Valentim
Lara Bertola/Arquivo pessoal
? Adoção responsável
Pela família, a vontade é sempre de adotar "outro pet para o pet", mas Lara reforça sobre a responsabilidade necessária. "Sabemos das diferenças de personalidade, que, mesmo com alguns bagunceiros, sempre temos vontade de ter mais e mais."
Lara sempre gostou de animais, desde pequena. "Cresci cercada deles, tanto que, desde os três anos, falava sobre ser veterinária e não me imagino fazendo outra coisa. Também agradeço muito à minha mãe por isso, porque sempre tive bichos e de todo tipo, desde cão e gato até porco que andava na coleira, rã, hamster…"
Lara decidiu ser veterinária com incentivo da mãe
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