‘O mal não convém não, só o bem': senhor Levino completa 118 anos com lucidez, fé e lições de paz
Idoso, que pode ser a pessoa mais velha do mundo, mora no Lar Cidade Ozanan em Pará de Minas (MG) desde que completou 100 anos de idade. Levino da Costa de Jesus completou 118 anos nesta terça-feira (6) em Pará de Minas
Marisa Melo/Divulgação
Ele pede licença antes de falar. Ajeita a boina quando percebe que está em um ambiente religioso. Às vezes, responde com ternura infantil: “Pergunta pra minha mamãezinha se ela deixar” e dá ensinamento de vida: "O mal não convém não, só o bem".
Assim é o Senhor Levino da Costa de Jesus, que completou na terça-feira (6) 118 anos de vida. Um número que impressiona o mundo e, mais ainda, aqueles que têm o privilégio de conviver com ele na Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) Cidade Ozanan, em Pará de Minas.
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Idoso completa 118 anos com lucidez, fé e lições de paz em Pará de Minas
Nascido em 6 de maio de 1907, na comunidade rural de Ascensão, senhor Levino atravessou dois séculos com a serenidade de quem sempre soube viver no tempo certo. É o último de quatro irmãos e construiu sua trajetória como trabalhador rural.
Hoje, é cadeirante, mas ainda come sozinho e ajuda nas próprias trocas de fralda. Conversa com todos, gosta de contar histórias e é visto como uma das presenças mais carismáticas do lar de idosos. Marisa Melo, a assistente social que atende na Cidade Ozanan, conta que a lucidez de Levino vai e vem, mas nunca abandona a essência: a fé inabalável, a fala mansa e os conselhos carregados de sabedoria.
A vida de Levino mudou aos 100 anos, quando uma vizinha que o ajudava não pôde mais cuidar dele e de seu irmão. Com apoio da Sociedade São Vicente de Paulo, ele foi acolhido na ILPI de Pará de Minas, onde mora desde então. Com o falecimento do irmão, Levino passou a ser o único sobrevivente da sua geração, uma testemunha viva de transformações históricas, culturais e sociais que poucos puderam presenciar de perto.
Levino da Costa de Jesus completou mora na Cidade Ozanan desde os 100 anos de idade
Marisa Melo/Divulgação
Sem documentos antigos ou fotos da juventude, a longevidade de Levino ainda não pode ser oficialmente reconhecida pelo Grupo de Pesquisa Gerontológica (GRG), com sede nos Estados Unidos, e a base de dados LongeviQuest, embora a certidão de nascimento e documentos como uma antiga carteirinha do INAMPS estejam sendo utilizados no processo.
Por isso, o título é de uma britânica que alcançou os 115 anos.
“A gente está tentando encontrar testemunhas que conviveram com ele, mas é difícil, porque quem lembra dele tem hoje 60, 70 anos. É uma história que desafia o tempo”, disse Marisa.
Apesar das limitações, Senhor Levino continua participativo. A festa dos 118 anos contou com a presença de um sobrinho e foi mais uma oportunidade para celebrar a vida de um homem que, com sua simplicidade, ensina todos os dias que viver é mais sobre paz do que sobre pressa.
Devoto de Nossa Senhora, ele se emociona em momentos de oração e não esconde a gratidão pela vida.
“Ele é um fofo, estar perto dele e acompanhar a trajetória de vida dele é uma honra muito grande", reforçou Marisa.
No fim, talvez não sejam os números que mais importem. O que impressiona no senhor Levino é o brilho nos olhos, a doçura no falar e a coragem de quem resistiu a tudo, com fé e amor.
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Marisa Melo/Divulgação
Ele pede licença antes de falar. Ajeita a boina quando percebe que está em um ambiente religioso. Às vezes, responde com ternura infantil: “Pergunta pra minha mamãezinha se ela deixar” e dá ensinamento de vida: "O mal não convém não, só o bem".
Assim é o Senhor Levino da Costa de Jesus, que completou na terça-feira (6) 118 anos de vida. Um número que impressiona o mundo e, mais ainda, aqueles que têm o privilégio de conviver com ele na Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) Cidade Ozanan, em Pará de Minas.
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Idoso completa 118 anos com lucidez, fé e lições de paz em Pará de Minas
Nascido em 6 de maio de 1907, na comunidade rural de Ascensão, senhor Levino atravessou dois séculos com a serenidade de quem sempre soube viver no tempo certo. É o último de quatro irmãos e construiu sua trajetória como trabalhador rural.
Hoje, é cadeirante, mas ainda come sozinho e ajuda nas próprias trocas de fralda. Conversa com todos, gosta de contar histórias e é visto como uma das presenças mais carismáticas do lar de idosos. Marisa Melo, a assistente social que atende na Cidade Ozanan, conta que a lucidez de Levino vai e vem, mas nunca abandona a essência: a fé inabalável, a fala mansa e os conselhos carregados de sabedoria.
A vida de Levino mudou aos 100 anos, quando uma vizinha que o ajudava não pôde mais cuidar dele e de seu irmão. Com apoio da Sociedade São Vicente de Paulo, ele foi acolhido na ILPI de Pará de Minas, onde mora desde então. Com o falecimento do irmão, Levino passou a ser o único sobrevivente da sua geração, uma testemunha viva de transformações históricas, culturais e sociais que poucos puderam presenciar de perto.
Levino da Costa de Jesus completou mora na Cidade Ozanan desde os 100 anos de idade
Marisa Melo/Divulgação
Sem documentos antigos ou fotos da juventude, a longevidade de Levino ainda não pode ser oficialmente reconhecida pelo Grupo de Pesquisa Gerontológica (GRG), com sede nos Estados Unidos, e a base de dados LongeviQuest, embora a certidão de nascimento e documentos como uma antiga carteirinha do INAMPS estejam sendo utilizados no processo.
Por isso, o título é de uma britânica que alcançou os 115 anos.
“A gente está tentando encontrar testemunhas que conviveram com ele, mas é difícil, porque quem lembra dele tem hoje 60, 70 anos. É uma história que desafia o tempo”, disse Marisa.
Apesar das limitações, Senhor Levino continua participativo. A festa dos 118 anos contou com a presença de um sobrinho e foi mais uma oportunidade para celebrar a vida de um homem que, com sua simplicidade, ensina todos os dias que viver é mais sobre paz do que sobre pressa.
Devoto de Nossa Senhora, ele se emociona em momentos de oração e não esconde a gratidão pela vida.
“Ele é um fofo, estar perto dele e acompanhar a trajetória de vida dele é uma honra muito grande", reforçou Marisa.
No fim, talvez não sejam os números que mais importem. O que impressiona no senhor Levino é o brilho nos olhos, a doçura no falar e a coragem de quem resistiu a tudo, com fé e amor.
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