Igreja tombada segue fechada há 8 anos devido a estrutura abalada por operações da Samarco após barragem romper em Mariana

Paróquia está envolta por tapumes, e moradores improvisam casamentos e batizados em salão. Mineradora diz estar 'realizando ações e manutenções' para preservar estrutura. Igreja de São José, de 1741, em Barra Longa, cercada e escorada por causa de danos à estrutura.
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Em Barra Longa, na região Central de Minas Gerais, católicos que quiserem se casar, ir à missa ou batizar alguém, precisam improvisar as cerimônias no salão paroquial. A Igreja de São José, fundada no século XVIII, está com a estrutura comprometida, e a reforma segue parada. Há quase oito anos, a igreja está fechada. Tapumes cercam toda a área.
Os danos, segundo a Arquidiocese de Mariana, foram causados por abalos provocados pelo tráfego intenso de veículos pesados da mineradora Samarco, utilizados nas operações após o rompimento da Barragem de Fundão, em novembro de 2015.
De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais, a restauração é responsabilidade da Samarco, conforme prevê acordo de repactuação de 2024 que estabelece obrigações das empresas responsáveis pelo desastre de Mariana.
Apesar de o acordo, homologado pelo Supremo Tribunal Federal, exigir os reparos, a restauração ainda não começou.
"A população tá inconformada com a situação. Sou católica, praticante e nossa igreja tá fechada há quase oito anos. Uma empresa esteve aqui, colocou uma placa e a gente achou que fosse começar a reforma. Mas parou e não fizeram mais nada. Já passamos pelo sofrimento da tragédia de Mariana. É o mínimo que eles precisam fazer por nós, isso é um desrespeito", protestou a empresária Andréa Ferreira.
Ronaldo Ribeiro, também morador da cidade, pede uma explicação para o fato de a restauração ainda não ter começado.
"São oito anos sem retorno, até quando? Essa igreja vai cair, é uma questão de tempo", se revolta o morador Renaldo Ribeiro.
Por meio de nota, a Samarco informou que "no momento [...] realiza ações e manutenções necessárias para preservação da estrutura para a restauração completa", mas não detalhou quais medidas estão sendo tomadas.
Salão paroquial virou espaço para todas as celebrações desde que a Igreja de São José foi fechada.
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Abraço simbólico na Igreja de São José, em protesto à demora na reforma.
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26, dos 49 municípios atingidos pelo desastre da Samarco, em Mariana, assinaram acordo de reparação
A Igreja de São José
A Paróquia de São José foi criada em 21 de outubro de 1741 após uma doação de terras por uma viúva de um coronel da região. Estima-se que a igreja tenha ficado pronta entre os anos de 1748 a 1774. Não há um documento oficial que dê certeza sobre o ano de fim das obras. Desde 2002, segundo a prefeitura de Barra Longa, a edificação é tombada como patrimônio histórico municipal.
O que diz a prefeitura de Barra Longa
Segundo a prefeitura de Barra Longa, a Secretaria Municipal de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo, além do Conselho Municipal de Cultura estão diligentes de forma atender as determinações da lei municipal que trata proteção do patrimônio público.
Ainda segundo a prefeitura, todas as cobranças necessárias e que são de responsabilidade do Conselho foram feitas tanto para a Arquidiocese de Mariana quanto para a Samarco.
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Em Barra Longa, na região Central de Minas Gerais, católicos que quiserem se casar, ir à missa ou batizar alguém, precisam improvisar as cerimônias no salão paroquial. A Igreja de São José, fundada no século XVIII, está com a estrutura comprometida, e a reforma segue parada. Há quase oito anos, a igreja está fechada. Tapumes cercam toda a área.
Os danos, segundo a Arquidiocese de Mariana, foram causados por abalos provocados pelo tráfego intenso de veículos pesados da mineradora Samarco, utilizados nas operações após o rompimento da Barragem de Fundão, em novembro de 2015.
De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais, a restauração é responsabilidade da Samarco, conforme prevê acordo de repactuação de 2024 que estabelece obrigações das empresas responsáveis pelo desastre de Mariana.
Apesar de o acordo, homologado pelo Supremo Tribunal Federal, exigir os reparos, a restauração ainda não começou.
"A população tá inconformada com a situação. Sou católica, praticante e nossa igreja tá fechada há quase oito anos. Uma empresa esteve aqui, colocou uma placa e a gente achou que fosse começar a reforma. Mas parou e não fizeram mais nada. Já passamos pelo sofrimento da tragédia de Mariana. É o mínimo que eles precisam fazer por nós, isso é um desrespeito", protestou a empresária Andréa Ferreira.
Ronaldo Ribeiro, também morador da cidade, pede uma explicação para o fato de a restauração ainda não ter começado.
"São oito anos sem retorno, até quando? Essa igreja vai cair, é uma questão de tempo", se revolta o morador Renaldo Ribeiro.
Por meio de nota, a Samarco informou que "no momento [...] realiza ações e manutenções necessárias para preservação da estrutura para a restauração completa", mas não detalhou quais medidas estão sendo tomadas.
Salão paroquial virou espaço para todas as celebrações desde que a Igreja de São José foi fechada.
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A Igreja de São José
A Paróquia de São José foi criada em 21 de outubro de 1741 após uma doação de terras por uma viúva de um coronel da região. Estima-se que a igreja tenha ficado pronta entre os anos de 1748 a 1774. Não há um documento oficial que dê certeza sobre o ano de fim das obras. Desde 2002, segundo a prefeitura de Barra Longa, a edificação é tombada como patrimônio histórico municipal.
O que diz a prefeitura de Barra Longa
Segundo a prefeitura de Barra Longa, a Secretaria Municipal de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo, além do Conselho Municipal de Cultura estão diligentes de forma atender as determinações da lei municipal que trata proteção do patrimônio público.
Ainda segundo a prefeitura, todas as cobranças necessárias e que são de responsabilidade do Conselho foram feitas tanto para a Arquidiocese de Mariana quanto para a Samarco.
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