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Homem é condenado a 8 anos de prisão por causar incêndios em áreas rurais do interior de SP

Homem é condenado a 8 anos de prisão por causar incêndios em áreas rurais do interior de SP
Réu também terá que pagar R$ 3 milhões em indenização por danos ambientais. Prejuízos foram causados em Patrocínio Paulista e Itirapuã em setembro de 2024. Um homem foi condenado a 8 anos e 4 meses de prisão em regime fechado por causar incêndios criminosos em áreas rurais de Patrocínio Paulista (SP) e Itirapuã (SP), na região de Ribeirão Preto (SP) no ano passado.
Além da reclusão, ele terá que pagar R$ 3 milhões em indenização por danos ambientais, valor considerado compatível com os prejuízos causados, segundo o Ministério Público.
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A decisão foi proferida pelo juiz Daniel Carrijo em 15 de maio. O réu está preso e não poderá recorrer em liberdade. O g1 não teve acesso a informações sobre a identidade dele até a publicação desta notícia.
Incêndios criminosos
Segundo o Ministério Público, em 12 de setembro do ano passado, o réu e outras três pessoas se reuniram para atear fogo em propriedades rurais às margens da Rodovia Ronan Rocha (SP-345).
Em uma delas, o fogo destruiu 9 hectares de mata em área de preservação permanente. Além disso, na Fazenda Pedrinhas e em um local conhecido como "Pico do Mané", o fogo provocou prejuízo de aproximadamente R$ 1,2 milhão, destruindo 2,5 mil hectares de pastagem, lavouras de café, canaviais, áreas de preservação permanente e reservas florestais.
O avanço da queimada exigiu a mobilização de caminhões-pipa e aviões, além de equipamentos e maquinários de proprietários e vizinhos das áreas atingidas.
Incêndio em canavial na região de Ribeirão Preto (SP)
Reprodução/EPTV
Para a Justiça, ficou comprovado que o homem expôs a perigo a integridade física e o patrimônio de inúmeras pessoas que já viviam em situação de calamidade pública por conta da crise hídrica e da estiagem prolongada que assolava o estado de São Paulo na época dos fatos.
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Plano de contingência
Após recorde de incêndios em 2024, no começo do mês, a Prefeitura de Ribeirão Preto anunciou um plano de contingência para o período de estiagem. A medida, em fase de implementação, envolve secretarias municipais, além de órgãos como a Guarda Civil Metropolitana (GCM), Saerp, RP Mobi, Corpo de Bombeiros, polícias rodoviárias e demais forças de segurança.
Em 2024, a região enfrentou mais de 100 dias consecutivos sem chuva. A estiagem severa transformou a paisagem e encobriu o céu com fumaça, agravando as condições do ar.
Durante esse período, o Governo de São Paulo montou um gabinete de crise e instalou um posto avançado de combate às queimadas em Ribeirão Preto, reforçando a gravidade da situação.
Veja reportagem de 2024 que mostra a crise ambiental causada pelos incêndios:
SP usa 18 aeronaves simultaneamente no combate aos incêndios
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