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Drone flagra resgate dramático de jovens que se afogavam em praia da Zona Sul do Recife; VÍDEO

Drone flagra resgate dramático de jovens que se afogavam em praia da Zona Sul do Recife; VÍDEO
Amigos entraram na água para um mergulho no local conhecido como 'Buraco da Véia', em Brasília Teimosa, no domingo (11). Correnteza os arrastou por cerca de 400 metros. Vídeo mostra momento em que jovens quase se afogam na praia de Brasília Teimosa, no Recife
Um homem e uma mulher quase se afogaram no domingo (11), na praia de Brasília Teimosa, na Zona Sul do Recife, num trecho conhecido como “Buraco da Véia”. Imagens feitas por drone e compartilhadas nas redes sociais mostram que moradores do bairro e um policial miliar de folga se jogaram na água para realizar o resgate, com bastante dificuldade (veja vídeo acima). A correnteza estava forte, com muitas ondas, e a maré estava alta no momento do salvamento.
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Na área, com a maré baixa é possível ver os arrecifes, que formam piscinas agradáveis para o banho. Mas, na tarde de domingo, o cenário era outro. A maré passava de dois metros quando os amigos Esther Almeida, de 19 anos, e Gustavo Felipe Cruz de Lima, de 20 anos, decidiram dar um mergulho, que quase terminou em tragédia.
“O nosso plano era sair de casa, dar um mergulho, ver o pôr do sol e voltar para casa. Só que quando a gente chegou, a maré estava bem alta; estava puxando bastante e, cinco minutos após isso, fomos puxados para o meio do mar aberto”, contou a atendente Esther Almeida, de 19 anos.
As primeiras pessoas a tentarem socorrer os amigos foram os moradores de Brasília Teimosa. Esther foi a primeira a ser retirada do mar, por dois rapazes. Ela precisou da ajuda de uma corda para sair da água, já no caminho que dá acesso ao Parque de Esculturas Francisco Brennand.
“Não sou a melhor pessoa para nadar. Gustavo já nada um pouco melhor que eu. Assim, a gente olhar para o lado e não ter em que segurar, e tentar [subir ] para puxar [ar] e não vir, engolir água, respirar água, todo esse processo. O paredão cheio de gente, pedir socorro e não vir ninguém de imediato”, contou Esther à TV Globo sobre o que sentiu no momento, acrescentando que não tinha salva-vidas no posto de observação localizado na praia.
Outras duas pessoas que estava na região ajudaram Gustavo, que foi arrastado para quase 400 metros de distância da faixa de areia, em direção ao fundo do mar.
“Depois que o rapaz chegou e resgatou ela, ela ficou calma. Eu falei: agora eu só tenho que tentar aguentar mais. Quando está puxando muito assim, você não consegue nem ir pra frente nem pra trás; é só se manter boiando e torcer para alguém vir e alguma coisa acontecer”, relatou o rapaz.
Uma das pessoas que salvou Gustavo foi o tenente Roger Oliveira da Silva, do Segundo Batalhão Especializado em Policiamento no Interior (Bepi), de 37 anos. Ele estava de folga, na praia com o filho.
“O risco aqui é o mar mesmo que puxa, é forte. O risco é o mar e o tubarão também. Aqui já tem o ataque de tubarão, sabe?”, explicou o policial, acrescentando que tem treinamento específico para esse tipo de salvamento.
O tenente ficou com ferimentos pelo corpo, mas disse que não se arrepende de prestar socorro aos dois amigos. “Tenho três filhos, tem adolescente também. Geralmente é o que a gente faz, trabalhando, todos os policiais, bombeiros, militares põem a vida em risco trabalhando todo dia, mas nem sempre é filmado, não tem filmagem", disse Roger da Silva.
Depois do resgate, os jovens foram atendidos pelo Corpo de Bombeiros e levados para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Nova Descoberta, na Zona Norte do Recife. Eles também ficaram com ferimentos nas pernas.
“Foi mais a confiança de já ter vindo aqui várias vezes e achar que está tudo seguro e ignorar a corrente, que estava puxando. Em 2015, meu pai se afogou, passou um mês na UTI. Graças a Deus ele está bem. Já tive essa mesma experiência. Eu estava junto com ele, ser resgatado, ter a mesma situação e acho que há só um tempo até a pessoa se acalmar de novo, poder entrar na água. Não acho que [o medo] seja algo que vai durar pra sempre”, disse Gustavo.
“Fica realmente alerta de marés cheias, mais violentos, evitar entrar na água e ficar de fora só observando, porque é uma visão bonita danada. Mas manter essa distância e ter esses cuidados", falou Esther.
Jovens que se afogavam na praia de Brasília Teimosa foram resgatados por moradores e por um policial que estava de folga
Reprodução/TV Globo
O que diz o Corpo de Bombeiros
Em entrevista à TV Globo, o tenente coronel Wagner Pereira da Silva afirmou que a distribuição de efetivo ocorre com uma análise de dados e que são consideradas variáveis para definir quais são as prioritárias.
No caso do "Buraco da Véia", o bombeiro destacou que não há tantas ocorrências de afogamento quanto no Posto 2 da Praia de Boa Viagem, por exemplo, que registrou dois afogamentos apenas no domingo (12). Por isso, no Posto 2 sempre tem salva-vidas, enquanto em relação ao "Buraco da Véia", a corporação vai reavaliar a necessidade.
“Sempre que tem um ponto de abertura [nos arrecifes], a onda quando vem, vai ter que retornar por algum ponto; e esses pontos de abertura são onde a gente tem as correntes de retorno. Dá para observar a diferença de coloração e a maior ocorrência de espuma no local. A orientação que a gente dá é: procure locais onde tem guarda-vidas e se tiver dúvida dos riscos, procure o guarda-vida. Ele vai fazer a orientação dos riscos de cada local", disse Wagner Pereira da Silva.
O bombeiro também destacou que no mês de maio, com o início da temporada de chuvas, a atenção deve aumentar, pois aumentam também os ventos e a probabilidade de marés mais fortes e correntes marítimas "aumentadas".
"Além disso, a água fica um pouco mais mexida, turva, o que favorece um outro risco, o risco de ataques de tubarões. O Cemit [Comitê de Monitoramento de Incidentes com Tubarões] tem uma recomendação fixa que é a de não tomar banho de mar no início da manhã e no final da tarde, que são os horários em que os animais estão com maior atividade e a chance de ataque é maior", contou Silva.
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