Amazonas está entre os estados com maior perda populacional do Brasil, aponta Censo 2022

Levantamento mostra que o estado perdeu mais de 46 mil moradores para outros estados entre 2017 e 2022 e registrou saldo migratório negativo de -1,18%. Saldo migratório foi negativo em 46.358 pessoas no Amazonas
Aguilar Abecassis/Photopress/Estadão Conteúdo
Pela primeira vez desde 1991, a Região Norte do Brasil registrou saldo migratório negativo, ou seja, mais pessoas deixaram os estados da região do que chegaram. O Amazonas aparece como o sétimo estado do país com maior perda populacional por migração, segundo dados preliminares do Censo Demográfico 2022, divulgados nesta sexta-feira (27).
? Para chegar ao saldo, os pesquisadores do Censo perguntaram onde a pessoa morava em 31 de julho de 2017, cinco anos antes da data de referência (2022). A partir dessa resposta, o IBGE calculou os fluxos migratórios por estado. As estimativas têm base na amostra do Censo, aplicada a 10,6% dos domicílios do país — cerca de 7,8 milhões de entrevistas —, e os resultados são preliminares.
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No caso do Amazonas, o levantamento mostra que o estado recebeu 45.789 imigrantes, pessoas que passaram a residir no estado após viverem em outro lugar do Brasil, mas perdeu 92.147 moradores para outros estados. O saldo migratório foi negativo em 46.358 pessoas, o que representa uma taxa líquida de -1,18%.
Esse resultado coloca o Amazonas atrás apenas de estados como Rio de Janeiro, Maranhão, Distrito Federal, Pará, São Paulo e Rio Grande do Sul no ranking das maiores perdas populacionais por migração no país.
Quem ganhou e quem perdeu população entre os estados
Artes/g1
Apesar da perda populacional, o Amazonas segue atraindo moradores, especialmente de estados vizinhos. Do total de imigrantes que chegaram ao estado entre 2017 e 2022, 22,1% vieram do Pará, principal origem dos novos moradores, seguido por Rondônia (15,7%) e Rio de Janeiro (10,4%).
O Censo também revelou que 43,7% das pessoas que residem atualmente no Amazonas e nasceram em outro estado são naturais do Pará. Maranhenses representam 8% e acrianos, 7,7% do total de migrantes vivendo no território amazonense.
? Amazonas também exporta população
Ao mesmo tempo em que recebe moradores de outros estados, o Amazonas também exporta população, principalmente para o próprio Norte do país. Do total de amazonenses que deixaram o estado e passaram a viver em outras Unidades da Federação, 16,5% foram para o Pará, 13,4% para Rondônia e 10,9% para Roraima.
Além do movimento interno dentro da própria Região Norte, o levantamento identificou um fluxo significativo de pessoas do Norte para o Sul do Brasil, com Santa Catarina e Paraná aparecendo como destinos frequentes dos emigrantes da Amazônia.
Outros destaques do Censo 2022
Pela 1ª vez, SP tem mais gente saindo do que chegando; SC tem maior ganho de população por migração no Brasil
Venezuelanos superam portugueses e passam a ser a maioria entre estrangeiros no Brasil
Número de filhos por mulher no Brasil é menor da história, diz IBGE
? Mudança no padrão histórico da Região Norte
Os dados do Censo mostram uma mudança inédita no perfil migratório da Região Norte. Historicamente conhecida por receber migrantes, a região registrou pela primeira vez saldo migratório negativo. Foram 432 mil pessoas que deixaram os estados do Norte entre 2017 e 2022, enquanto 231 mil chegaram de outras regiões do Brasil.
No Amazonas, a população atual é de quase 3,9 milhões de habitantes, sendo que 349.224 pessoas nasceram em outros estados e hoje vivem no território amazonense. Por outro lado, 268.813 naturais do Amazonas moram fora do estado.
Outro dado que chama atenção é o aumento do número de estrangeiros na região. Em 2022, 0,9% da população da Região Norte era formada por imigrantes internacionais, o maior percentual do país, em comparação aos 0,2% registrados em 2010.
Pela 1ª vez, SP tem mais gente saindo do que chegando
Aguilar Abecassis/Photopress/Estadão Conteúdo
Pela primeira vez desde 1991, a Região Norte do Brasil registrou saldo migratório negativo, ou seja, mais pessoas deixaram os estados da região do que chegaram. O Amazonas aparece como o sétimo estado do país com maior perda populacional por migração, segundo dados preliminares do Censo Demográfico 2022, divulgados nesta sexta-feira (27).
? Para chegar ao saldo, os pesquisadores do Censo perguntaram onde a pessoa morava em 31 de julho de 2017, cinco anos antes da data de referência (2022). A partir dessa resposta, o IBGE calculou os fluxos migratórios por estado. As estimativas têm base na amostra do Censo, aplicada a 10,6% dos domicílios do país — cerca de 7,8 milhões de entrevistas —, e os resultados são preliminares.
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No caso do Amazonas, o levantamento mostra que o estado recebeu 45.789 imigrantes, pessoas que passaram a residir no estado após viverem em outro lugar do Brasil, mas perdeu 92.147 moradores para outros estados. O saldo migratório foi negativo em 46.358 pessoas, o que representa uma taxa líquida de -1,18%.
Esse resultado coloca o Amazonas atrás apenas de estados como Rio de Janeiro, Maranhão, Distrito Federal, Pará, São Paulo e Rio Grande do Sul no ranking das maiores perdas populacionais por migração no país.
Quem ganhou e quem perdeu população entre os estados
Artes/g1
Apesar da perda populacional, o Amazonas segue atraindo moradores, especialmente de estados vizinhos. Do total de imigrantes que chegaram ao estado entre 2017 e 2022, 22,1% vieram do Pará, principal origem dos novos moradores, seguido por Rondônia (15,7%) e Rio de Janeiro (10,4%).
O Censo também revelou que 43,7% das pessoas que residem atualmente no Amazonas e nasceram em outro estado são naturais do Pará. Maranhenses representam 8% e acrianos, 7,7% do total de migrantes vivendo no território amazonense.
? Amazonas também exporta população
Ao mesmo tempo em que recebe moradores de outros estados, o Amazonas também exporta população, principalmente para o próprio Norte do país. Do total de amazonenses que deixaram o estado e passaram a viver em outras Unidades da Federação, 16,5% foram para o Pará, 13,4% para Rondônia e 10,9% para Roraima.
Além do movimento interno dentro da própria Região Norte, o levantamento identificou um fluxo significativo de pessoas do Norte para o Sul do Brasil, com Santa Catarina e Paraná aparecendo como destinos frequentes dos emigrantes da Amazônia.
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? Mudança no padrão histórico da Região Norte
Os dados do Censo mostram uma mudança inédita no perfil migratório da Região Norte. Historicamente conhecida por receber migrantes, a região registrou pela primeira vez saldo migratório negativo. Foram 432 mil pessoas que deixaram os estados do Norte entre 2017 e 2022, enquanto 231 mil chegaram de outras regiões do Brasil.
No Amazonas, a população atual é de quase 3,9 milhões de habitantes, sendo que 349.224 pessoas nasceram em outros estados e hoje vivem no território amazonense. Por outro lado, 268.813 naturais do Amazonas moram fora do estado.
Outro dado que chama atenção é o aumento do número de estrangeiros na região. Em 2022, 0,9% da população da Região Norte era formada por imigrantes internacionais, o maior percentual do país, em comparação aos 0,2% registrados em 2010.
Pela 1ª vez, SP tem mais gente saindo do que chegando
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