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Ataque israelense mata 9 filhos de casal de médicos em Gaza


Ataque israelense mata 9 filhos de casal de médicos em Gaza
Caso ocorreu na cidade de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza. Comissário do governo alemão para combate ao antissemitismo pede debate sobre apoio do país a Israel. Socorristas palestinos carregam corpo após ataque que matou 9 dos 10 filhos de um casal de médicos em Khan Younis, na Faixa de Gaza
Gaza Civil Defense via AP
Um ataque israelense na cidade de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, na sexta-feira (23) matou nove dos dez filhos de um casal de médicos de um hospital local, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.
Mahmud Bassal, porta-voz da agência civil de Gaza, disse no sábado que socorristas "transportaram os corpos de nove crianças mártires, algumas delas carbonizadas, da casa do dr. Hamdi al-Najjar e de sua esposa, dra. Alaa al-Najjar, todos filhos do casal".
As crianças mortas tinham entre sete meses e 12 anos.
Graeme Groom, um cirurgião britânico que trabalha no hospital, relatou à emissora britânica BBC ter realizado uma cirurgia no único filho sobrevivente do casal, de 11 anos. Ele disse que o pai da criança se feriu gravemente no ataque e corria risco de morte.
Mohammed Saqer, chefe da enfermaria do hospital, afirmou ao jornal britânico The Guardian que "Alaa al-Najjar viu com seus próprios olhos os corpos carbonizados de sete de seus filhos serem retirados dos escombros (...), tudo isso enquanto ela estava de plantão no complexo médico de Nasser".
Em um comunicado, as Forças Armadas de Israel afirmaram ter atacado suspeitos que operavam em uma estrutura próxima a militares israelenses, e descreveram a área de Khan Younis como uma "perigosa zona de guerra".
A nota afirma que militares israelenses retiraram os civis da área antes do ataque e que "a alegação sobre danos a civis não envolvidos está sendo analisada".
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O que se sabe sobre o incidente?
A médica Alaa al-Najjar, pediatra do Hospital Nasser, estava de plantão quando correu para sua casa e encontrou o local em chamas, disse Ahmad al-Farra, chefe do departamento de pediatria do hospital, à agência Associated Press.
Muneer Alboursh, diretor-geral do Ministério da Saúde em Gaza, administrado pelo Hamas, disse no X que o ataque ocorreu logo depois que seu marido, Hamdi Al-Najjar, tê-la levado ao trabalho.
"Poucos minutos depois de voltar para casa, um míssil atingiu a casa deles", disse, acrescentando que o pai estava "em tratamento intensivo" no hospital.
Pelo menos 79 pessoas morreram em ataques em Gaza no período de 24 horas até a tarde deste sábado, segundo o Ministério da Saúde do território.
Comissário do governo alemão pede debate sobre apoio a Israel
O recente ataque a Gaza ocorreu em um momento em que países europeus, como o Reino Unido e a França, estão cada vez mais críticos em relação às operações militares de Israel no território.
Felix Klein, comissário do governo alemão para o combate ao antissemitismo, disse ao jornal alemão FAZ que, embora a proteção de Israel e a defesa de seu direito de existir sejam fundamentais para a política alemã, o apoio só pode ir até certo ponto.
"Devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para preservar a segurança de Israel e dos judeus em todo o mundo", disse. "Mas também devemos deixar claro que isso não justifica qualquer ato."
Proteger a segurança de Israel e apoiar seus interesses em organizações internacionais é uma das Staatsräson (razão de Estado) da Alemanha. Essa política está ligada à responsabilidade histórica da Alemanha com Israel após o Holocausto na Segunda Guerra Mundial, na qual 6 milhões de judeus foram mortos.
"A situação humanitária em Gaza é catastrófica. Um país que ocupa um território deve garantir que a população seja alimentada adequadamente, que os suprimentos de socorro cheguem e que o atendimento médico possa ser realizado", disse Klein.
Ele enfatizou que Israel tem o direito de se defender contra o Hamas, a quem acusou de "ódio genocida", mas questionou a "proporcionalidade" da ação militar de Israel.
Guerra está em sua "fase mais cruel", diz ONU
Israel lançou sua campanha militar em Gaza em resposta a um ataque terrorista do Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro de 2023. O ataque do Hamas a Israel matou cerca de 1.200 pessoas, e o Hamas e outros grupos palestinos também fizeram 251 reféns.
As autoridades de saúde de Gaza dizem que quase 54 mil pessoas morreram na Faixa de Gaza em meio aos ataques israelenses.
Embora Israel e os EUA tenham levantado dúvida sobre esse número de mortos, a ONU e outros órgãos internacionais consideraram os números do Ministério da Saúde de Gaza como confiáveis.
Na sexta-feira, o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que a população de Gaza estava enfrentando o que poderia ser "a fase mais cruel da guerra". Ele criticou o bloqueio de Israel à entrada de ajuda humanitária no território – suspenso parcialmente nesta semana.

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