'Desrespeitada e de mãos atadas', diz cliente sobre prejuízo após fechamento de unidades da Laser Fast no DF

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Profissionais qualificados para oferecer um serviço trafego pago para imobiliária
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Mulheres relatam que pagaram por dezenas de sessões e não conseguiram reembolso. Justiça suspendeu serviços da rede no Brasil e bloqueou R$ 28 milhões; g1 tentou contato com empresa, mas não obteve retorno até publicação desta reportagem. A Justiçamandou bloquear R$ 28,2 milhões e suspender os serviços da empresa Laser Fast Depilação.
Redes Sociais/Reprodução
A fisioterapeuta Sabrina Moreira de Souza, de 34 anos, é uma das milhares de clientes que tiveram prejuízo após o fechamento de unidades da empresa Laser Fast Depilação.
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A Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) mandou bloquear R$ 28,2 milhões e suspender os serviços da empresa Laser Fast Depilação no Brasil e no exterior. O g1 entrou em contato com a empresa por telefone, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.
Sabrina conta que comprou um pacote de depilação a laser com 10 sessões para cinco regiões do corpo e pagou R$ 1.438,20 em maio de 2023. No entanto, só conseguiu fazer seis atendimentos.
A fisioterapeuta soube do fechamento da unidade de Águas Claras, no Distrito Federal, quando estranhou o excesso de remarcações e decidiu ir pessoalmente até o local.
"A clínica ficava ao lado da minha casa. Quando cheguei lá, já estava com placa de ‘aluga-se’", conta.
Ela tentou contato com outras unidades da rede e chegou a ser informada de que poderia continuar o tratamento em outra clínica, mas não conseguiu agendar horários.
“Nunca tive resposta. Depois pararam de me retornar. Me senti completamente desrespeitada e de mãos atadas”, relata.
Mesmo com o prejuízo, Sabrina diz que ainda não procurou órgãos de defesa do consumidor. Ainda assim, ela espera um posicionamento da empresa ou da Justiça.
Cliente entrou com ação na Justiça após não conseguir reembolso
Outro caso semelhante é acompanhado pelo advogado João Gabriel Guimarães, que representa uma cliente que pagou R$ 1.438,80 por um pacote de 40 sessões de depilação, para sete regiões do corpo.
No entanto, apenas três sessões foram realizadas – todas no mesmo dia da contratação, em julho de 2023.
Segundo o advogado, a cliente adquiriu o pacote na unidade de Taguatinga e, cerca de duas semanas depois, percebeu que o local havia fechado. Ela tentou contato com números fornecidos pela empresa e também pelo canal oficial de WhatsApp, mas não teve resposta.
A única comunicação veio após uma publicação em um site de reclamações, quando a empresa entrou em contato dizendo que havia enviado um e-mail. Depois, sugeriu que a cliente fizesse o tratamento em outra unidade.
A mulher aceitou assinar um distrato, com promessa de estorno entre 30 e 60 dias. No entanto, mesmo após o prazo, o valor não foi devolvido.
"Entramos em contato novamente e a justificativa foi uma falha no sistema. Depois disso, as mensagens passaram a ser ignoradas", diz o advogado.
João Gabriel diz que, após quase dois anos da compra, a cliente ainda não recebeu o reembolso. Por isso, ele abriu uma ação para que ela receba de volta o valor pago e pedido de indenização por danos morais.
“Ela se sentiu péssima, porque ela se viu lesada, mesmo tendo assinado o distrato, mesmo sendo uma pessoa respaldada pelo Código de Defesa do Consumidor, principalmente pelo Código Civil. Ela se sentiu lesada por não conseguir usufruir do que ela pagou e após a concordância com o distrato, não ter recebido do que foi pago, do que ela não usufruiu", diz o advogado.
Decisões da Justiça contra a Laser Fast
? A Laser Fast Depilação é acusada de não entregar serviços, não oferecer ressarcimento ou reembolso aos consumidores e vender pacotes enganosos de depilação a laser, de acordo com a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
Foram 37 mil reclamações, sendo 13.708 não respondidas, segundo a 25ª Vara Cível de Brasília. O Procon-DF já havia pedido a suspensão da venda de pacotes no início de abril.
As decisões da 25ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), de 31 de março e de 28 de abril, que tiveram o sigilo retirado, determinam, além do bloqueio do dinheiro e a suspensão dos serviços:
Cessar divulgação de ofertas de pacotes de serviços de depilação a laser por meio de redes sociais, plataformas digitais ou canais de venda online
Divulgar, em seus canais oficiais, comunicado público informando sobre o encerramento de suas atividades
Proibir e suspender cobranças extrajudiciais e paralelas, protestos de títulos, emissão de boletos e negativação de dados de consumidores por serviços não prestados
Suspender a cobrança de taxa ou de multa rescisória aos consumidores lesados
Proceder ao congelamento do domínio www.laserfast.com.br
Suspender a página ou perfil comercial no Instagram
Notificar as empresas sediadas no exterior com intermediação do Ministério Público e do Ministério das Relações Exteriores
R$ 10 milhões por danos morais coletivos, inclusos no bloqueio de R$ 28 milhões
O prazo para cumprimento das determinações foi de 5 dias, com pena de multa diária no valor de R$ 5 mil, na decisão inicial de março.
Em abril, na segunda decisão, o juiz determinou que antes de aumentar a multa de R$ 5 mil, por conta do descumprimento, a empresa tinha 5 dias para se manifestar a apresentar comprovação de cumprimento parcial das decisões.
Procon proíbe novas vendas de pacotes de depilação da empresa Laser Fast
LEIA TAMBÉM:
TRANSFOBIA: Justiça do DF condena deputado Nikolas Ferreira a pagamento de indenização por fala no plenário da Câmara
VÍDEO: motociclistas fazem manobras perigosas no túnel de acesso ao Aeroporto de Brasília
Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.
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A fisioterapeuta Sabrina Moreira de Souza, de 34 anos, é uma das milhares de clientes que tiveram prejuízo após o fechamento de unidades da empresa Laser Fast Depilação.
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A Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) mandou bloquear R$ 28,2 milhões e suspender os serviços da empresa Laser Fast Depilação no Brasil e no exterior. O g1 entrou em contato com a empresa por telefone, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.
Sabrina conta que comprou um pacote de depilação a laser com 10 sessões para cinco regiões do corpo e pagou R$ 1.438,20 em maio de 2023. No entanto, só conseguiu fazer seis atendimentos.
A fisioterapeuta soube do fechamento da unidade de Águas Claras, no Distrito Federal, quando estranhou o excesso de remarcações e decidiu ir pessoalmente até o local.
"A clínica ficava ao lado da minha casa. Quando cheguei lá, já estava com placa de ‘aluga-se’", conta.
Ela tentou contato com outras unidades da rede e chegou a ser informada de que poderia continuar o tratamento em outra clínica, mas não conseguiu agendar horários.
“Nunca tive resposta. Depois pararam de me retornar. Me senti completamente desrespeitada e de mãos atadas”, relata.
Mesmo com o prejuízo, Sabrina diz que ainda não procurou órgãos de defesa do consumidor. Ainda assim, ela espera um posicionamento da empresa ou da Justiça.
Cliente entrou com ação na Justiça após não conseguir reembolso
Outro caso semelhante é acompanhado pelo advogado João Gabriel Guimarães, que representa uma cliente que pagou R$ 1.438,80 por um pacote de 40 sessões de depilação, para sete regiões do corpo.
No entanto, apenas três sessões foram realizadas – todas no mesmo dia da contratação, em julho de 2023.
Segundo o advogado, a cliente adquiriu o pacote na unidade de Taguatinga e, cerca de duas semanas depois, percebeu que o local havia fechado. Ela tentou contato com números fornecidos pela empresa e também pelo canal oficial de WhatsApp, mas não teve resposta.
A única comunicação veio após uma publicação em um site de reclamações, quando a empresa entrou em contato dizendo que havia enviado um e-mail. Depois, sugeriu que a cliente fizesse o tratamento em outra unidade.
A mulher aceitou assinar um distrato, com promessa de estorno entre 30 e 60 dias. No entanto, mesmo após o prazo, o valor não foi devolvido.
"Entramos em contato novamente e a justificativa foi uma falha no sistema. Depois disso, as mensagens passaram a ser ignoradas", diz o advogado.
João Gabriel diz que, após quase dois anos da compra, a cliente ainda não recebeu o reembolso. Por isso, ele abriu uma ação para que ela receba de volta o valor pago e pedido de indenização por danos morais.
“Ela se sentiu péssima, porque ela se viu lesada, mesmo tendo assinado o distrato, mesmo sendo uma pessoa respaldada pelo Código de Defesa do Consumidor, principalmente pelo Código Civil. Ela se sentiu lesada por não conseguir usufruir do que ela pagou e após a concordância com o distrato, não ter recebido do que foi pago, do que ela não usufruiu", diz o advogado.
Decisões da Justiça contra a Laser Fast
? A Laser Fast Depilação é acusada de não entregar serviços, não oferecer ressarcimento ou reembolso aos consumidores e vender pacotes enganosos de depilação a laser, de acordo com a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
Foram 37 mil reclamações, sendo 13.708 não respondidas, segundo a 25ª Vara Cível de Brasília. O Procon-DF já havia pedido a suspensão da venda de pacotes no início de abril.
As decisões da 25ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), de 31 de março e de 28 de abril, que tiveram o sigilo retirado, determinam, além do bloqueio do dinheiro e a suspensão dos serviços:
Cessar divulgação de ofertas de pacotes de serviços de depilação a laser por meio de redes sociais, plataformas digitais ou canais de venda online
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Proibir e suspender cobranças extrajudiciais e paralelas, protestos de títulos, emissão de boletos e negativação de dados de consumidores por serviços não prestados
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Proceder ao congelamento do domínio www.laserfast.com.br
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Notificar as empresas sediadas no exterior com intermediação do Ministério Público e do Ministério das Relações Exteriores
R$ 10 milhões por danos morais coletivos, inclusos no bloqueio de R$ 28 milhões
O prazo para cumprimento das determinações foi de 5 dias, com pena de multa diária no valor de R$ 5 mil, na decisão inicial de março.
Em abril, na segunda decisão, o juiz determinou que antes de aumentar a multa de R$ 5 mil, por conta do descumprimento, a empresa tinha 5 dias para se manifestar a apresentar comprovação de cumprimento parcial das decisões.
Procon proíbe novas vendas de pacotes de depilação da empresa Laser Fast
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