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Coletor de lixo que montou biblioteca com livros que seriam jogados fora cria projeto de literatura itinerante em Sorocaba

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Coletor de lixo que montou biblioteca com livros que seriam jogados fora cria projeto de literatura itinerante em Sorocaba
Luciano Ferreira de Lima se apaixonou novamente pela leitura durante seu trabalho como coletor em Sorocaba (SP). Com livros recolhidos do lixo, ele montou uma biblioteca, que hoje tem mais de 600 exemplares. No tempo livre, se dedica a espalhar o amor pela literatura. Coletor de lixo cria biblioteca em casa com livros encontrados durante o trabalho
Arquivo pessoal
Há um ditado popular que diz que o que é lixo para alguns pode ser o tesouro de outros. E foi assim que, há seis anos, um coletor de Sorocaba (SP) começou, aos poucos, a montar a sua própria biblioteca, toda composta por livros que seriam jogados fora.
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Hoje, com mais de 600 exemplares em sua coleção particular, todos recuperados de lixeiras espalhadas pela cidade, Luciano Ferreira de Lima resolveu criar um projeto literário para compartilhar as histórias que tanto o ajudaram. Ao g1, o coletor contou que seu objetivo é fazer com que mais pessoas se interessem pela leitura.
"Eu comecei a doar os livros porque, assim como eles foram benéficos para mim, quero que as outras pessoas tenham a mesma oportunidade. Foi através da leitura que eu consegui transformar a minha vida emocional e intelectual, e, hoje, ela é mais que um hobby, é uma questão de saúde. Espero que as pessoas possam também contribuir para uma sociedade mais consciente", comenta.
Coletor de lixo montou biblioteca com livros que seriam jogados fora
Segundo Luciano, os livros foram o motivo que fez com que ele decidisse ingressar em uma faculdade. Ele cursou e se formou em história, mas decidiu continuar o trabalho como coletor. Atualmente, faz alguns outros trabalhos para complementar a renda, e se dedica a espalhar o amor pela literatura no tempo livre.
"Tenho muito amor, carinho e gratidão pela minha profissão, pois foi graças a ela que eu pude me conectar com os livros. Montei minha biblioteca toda com obras que encontrava em meio a embalagens vazias, restos de alimentos e outros objetos. E, hoje, tenho a oportunidade de influenciar outras pessoas a entrarem nesse mundo da leitura também", diz.
Depois que sua história viralizou, em 2019, o coletor conta que passou a dar palestras e a receber vários outros livros como doações de moradores. E, ainda, percebeu que, com o passar do tempo, encontrava cada vez menos livros no lixo, o que, para ele, é um bom sinal. "Tenho muito orgulho de ter contribuído, mesmo que pouco, para que os livros não parem nas lixeiras", afirma.
Luciano também monta bibliotecas itinerantes em locais onde há circulação de pessoas e que possam ler durante a espera
Arquivo pessoal
Além das doações para escolas e projetos sociais, Luciano também monta bibliotecas itinerantes em instituições públicas, como hospitais. Para arcar com os custos de montagem das prateleiras que guardam seus preciosos livros, ele usa o dinheiro que consegue com a venda de itens de vestuário que ele mesmo produz.
"Eu sempre coloco os livros em locais de grande circulação de pessoas, como postos de saúde, salões de beleza, além de eventos com distribuição de livros em palestras. Nesses espaços, as pessoas precisam ficar aguardando o atendimento e os livros acabam sendo uma opção convidativa para ocupar o tempo", diz.
Para Luciano, a leitura foi mais do que um passatempo. Os livros foram a ferramenta que ele precisava para reescrever e recontar a sua própria história.
"Eu consegui me achar como pessoa. Devo muito aos livros pela minha vida. Foram eles que me ajudaram a sair dos problemas, me deram uma luz e me guiaram nos momentos de escuridão que eu passei", comentou.
Livros ficam armazenados em casa e já somam mais de 600 volumes
Reprodução/TV TEM
*Colaborou sob supervisão de Júlia Martins
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