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Protestos em LA: presidente dos EUA aciona Guarda Nacional sem consultar governador pela primeira vez em 60 anos

Protestos em LA: presidente dos EUA aciona Guarda Nacional sem consultar governador pela primeira vez em 60 anos
O governador da Califórnia disse que a situação estava controlada e que mandar a Guarda Nacional só ia fazer os protestos e a raiva crescerem, em vez de diminuírem. Trump é o 1º presidente em 60 anos a enviar Guarda Nacional sem consultar governador
Pela primeira vez em 60 anos, um presidente americano acionou a Guarda Nacional sem consultar o governador.
Donadl Trump afirma que os imigrantes estão atravessando a fronteira como um exército, que infiltram bandidos e destroem as cidades americanas. Para enviar 2 mil homens para Los Angeles, Trump usou como base uma lei de 1994, que diz:
“A Guarda Nacional pode ser acionada quando os Estados Unidos são invadidos ou estão sob risco de invasão, ou quando há uma rebelião contra a autoridade do governo dos Estados Unidos”.
O governador da Califórnia, Gavin Newsom, disse que a situação estava controlada e que mandar a Guarda Nacional só vai fazer os protestos e a raiva crescerem.
A última vez que a Guarda Nacional foi enviada a um estado sem o consentimento do governador foi em 1965, quando o presidente Lyndon Johnson mandou os reservistas para o Alabama para proteger manifestantes de direitos civis - que estavam sendo reprimidos pelo governo estadual. Em 1992, George Bush mandou a Guarda Nacional para Los Angeles, mas com consentimento do governador, para ajudar a conter os protestos depois do espacamento de Rodney King pela polícia.
Durante a pandemia da Covid, Trump tentou acionar a Guarda Nacional para conter protestos do movimento Vidas Negras Importam após a morte de George Floyd por policiais de Minneapolis. Foi desencorajado pelo então secretário de Defesa, Mark Esper, que acabou demitido. Dessa vez, Trump tem apoio do secretário de Defesa, Pete Hegseth, e do encarregado da segurança na fronteira, Tom Homan, que ameaçou nesta segunda-feira (9) prender o governador da Califórnia por interferir no plano federal. Questionado por repórteres, Trump disse:
"Eu prenderia”.
O professor de Direito da Universidade de Houston, Christopher Mirasola, afirma que Trump tem o poder constitucional de mandar tropas para a Califórnia para proteger prédios federais - no caso, o centro de detenção federal que é palco dos protestos. O que vai ter que ser julgado é se ele poderia mandar a Guarda Nacional sem o consentimento do governador do estado. Mirasola avalia que o governo fala para dois públicos diferentes:
quando se dirige aos juristas, o argumento é que há uma rebelião no país que precisa ser contida;
para o público em geral, ele usa a retórica de que os Estados Unidos estão sendo invadidos.
De acordo com a Constituição americana, invasão é uma entrada armada, à força, de um grupo organizado ou força estrangeira no país para tomar o controle ou destituir o governo. Os dados do Departamento de Segurança Nacional indicam que são raros os casos em que imigrantes chegam armados. A maioria deles são famílias e crianças que querem pedir asilo.
Na noite desta segunda-feira (9), o governador da Califórnia disse que Donald Trump vai enviar mais 2 mil homens da guarda nacional para Los Angeles.
Protestos em LA: presidente dos EUA aciona Guarda Nacional sem consultar governador pela primeira vez em 60 anos
Reprodução/TV Globo
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