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Jardim Botânico de Brasília vai substituir pinheiros tradicionais por árvores nativas do cerrado

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Jardim Botânico de Brasília vai substituir pinheiros tradicionais por árvores nativas do cerrado
Jardim Botânico de Brasília vai substituir pinheiros tradicionais por árvores nativas
O Jardim Botânico de Brasília vai começar a derrubar, a partir de agosto, mais de 600 pinheiros espalhados em áreas como o estacionamento, o espaço de piqueniques e o entorno da estufa.
Segundo a administração do parque, essas árvores – que foram plantadas na década de 1980, seguindo os conceitos de paisagismo da época – serão substituídas por espécies nativas do cerrado.
A decisão foi tomada pelo próprio Jardim Botânico, com base em um estudo da Universidade de Brasília (UnB). E teve o aval do Instituto Brasília Ambiental, responsável por um plano de manejo para substituir esses pinheiros em todo o DF.
Especialistas apontam algumas "desvantagens" dos pinheiros em relação às espécies nativas, para além de uma simples "opção estética":
os pinheiros são uma espécie importada e, por isso, não se integram à flora e à fauna local – não são usadas como morada por aves e roedores da região, por exemplo;
essas espécies costumam "isolar" as áreas em que são plantadas, impedindo o crescimento de outras árvores e arbustos naquele solo;
as plantas que serão retiradas foram plantadas há mais de 50 anos, e boa parte já corre risco de queda;
os pinheiros – e principalmente a seiva das árvores adultas – são bastante inflamáveis e podem ajudar a espalhar incêndios naturais e criminosos.
"Esse estudo da UnB mostrou que aqui, em 2014, nós tínhamos 62 mil indivíduos de pinheiros aqui no Jardim Botânico, na estação ecológica. O crescimento é tão grande que em 2036, ou seja, 22 anos depois, iria ter mais de 300 mil indivíduos. Ou seja, eles se alastram muito rápido", explica o diretor-presidente do Jardim Botânico, Allan Freire.
"No Jardim Botânico já houve queda, mas, graças a Deus, não atingiu nenhuma pessoa, nenhum bem que pudesse causar um prejuízo maior. Mas nós não podemos esperar que isso aconteça num dia de grande visitação, por exemplo", adicionou.
Em abril de 2024, um pinheiro caiu no estacionamento perto do Centro de Visitantes. Durante a queda, atingiu outra árvore da mesma espécie, que também foi ao chão. Por sorte, não havia ninguém no local.
Pinheiros em redor de estufas do Jardim Botânico de Brasília, em imagem de arquivo
Pedro Ventura/Agência Brasília
O que vai ficar no local?
A retirada dos pinheiros deve se estender até outubro. No lugar, serão plantadas espécies como ipês e sombreiros – algumas, já adultas.
Na área do piquenique, a sombra e a proteção dos pinheiros deve ser substituída por tendas até que as novas árvores cresçam por completo.
Ainda segundo a administração, áreas do Jardim Botânico serão isoladas temporariamente durante cada etapa dos cortes.
Parte da madeira retirada deve ser utilizada no próprio Jardim Botânico para a criação de mesas e pergolados.
Parque da Cidade
Entre 2023 e 2024, uma ação similar removeu mais de 1,6 mil pinheiros do Parque da Cidade, na área central de Brasília.
Por lá, uma das quedas foi mais grave. Em 2022, um pinheiro atingiu o adolescente Pedro Miguel Cardoso, à época com 15 anos. Ele ficou tetraplégico em razão do acidente.
Relembre a substituição das árvores por lá:
Pinheiros do Parque da Cidade vão ser substituídos por mudas de árvores
'Memória afetiva'
O Jardim Botânico é um "cartão-postal" de Brasília e recebe milhares de turistas e visitantes da própria capital. Em muitas das áreas de lazer, as fotos são emolduradas justamente pelos tradicionais pinheiros.
Quem visitou o local nos últimos dias já viu avisos de que o cenário vai mudar em breve.
"Eu vi hoje por acaso, abri uma rede social e vi o aviso. Como as crianças estão de férias escolares, eu falei: 'Preciso correr lá para me despedir dos meus pinheiros queridos, porque eles são assim o charme daqui, né, dessa área do piquenique'. Eu já frequento há muitos anos, desde que vim morar aqui em Brasília. Fiquei bem triste com a notícia, mas entendo", afirmou a advogada Larissa Coelho à TV Globo.
"Eu sempre gostei desde pequeno dos pinheiros, né? E aqui é a primeira coisa que nos encanta, né, que impacta nobre de imediato, né? Vai deixar assim uma lacuna muito grande. Uma saudade, né? E vai ficar só aquela nostalgia", comentou o advogado Marcos Fernandes.

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