Homem que matou eleitor de Lula em bar no Ceará é condenado a 12 anos de prisão

Crime aconteceu em 2022, antes do primeiro turno das eleições presidenciais. Segundo testemunhas, Edmilson Freire, chegou a um bar perguntando 'Quem é Lula aqui?'.
O Tribunal do Júri condenou Edmilson Freire da Silva a 12 anos e seis meses de prisão em regime fechado por matar a facadas um homem que se identificou como eleitor do presidente Lula em um bar no município de Cascavel, na Grande Fortaleza. O crime aconteceu no dia 24 de setembro de 2022, antes do primeiro turno das eleições presidenciais.
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A decisão foi proferida na segunda-feira (23) na1ª Vara da Comarca de Cascavel. Conforme testemunhas ouvidas pela Polícia Civil, em setembro de 2022, Edmilson chegou a um bar na localidade de Guanacés e, ao entrar, perguntou: "Quem é Lula aqui?".
A vítima, identificada como Antônio Carlos Silva de Lima, se apresentou como eleitor do petista, e os dois começaram a discutir. As testemunhas contam ainda que os nomes dos candidatos Bolsonaro e Lula foram ouvidos durante a briga.
Segundo testemunhas, a discussão evoluiu para agressão física, até que Edmilson puxou uma faca e atingiu Antônio Carlos três vezes. Depois, ele saiu do bar, enquanto os demais solicitaram socorro médico para a vítima, que foi a óbito.
"Com efeito, o motivo que levou o réu a ceifar a vida da vítima revela-se não apenas torpe, mas profundamente inquietante: intolerância à orientação política da vítima. Não se trata aqui de mera divergência de ideias, o que é próprio da democracia; trata-se do repúdio violento e mortal à existência do outro enquanto sujeito de opinião e expressão", escreveu o juiz Vinicius Rangel Gomes na sentença de Edmilson.
O réu foi condenado a 12 anos e seis de prisão pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe, relacionado à opinião política da vítima. A pena deve ser cumprida inicialmente em regime fechado e a Justiça não autorizou Edmilson a recorrer em liberdade.
Suspeito de homicídio por motivação política é preso em Cascavel, no Ceará.
Thiago Gadelha/SVM
O crime
Conforme a denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE), no dia do crime Edmilson foi ao bar com a esposa e um amigo. No local, ele cumprimentou todos e presentes e perguntou em voz alta: "Quem é Lula aqui?". Quando Antônio Carlos identificou-se como apoiador de Lula, começou a discussão.
Em depoimento à Polícia Civil, o dono do bar disse que, quando começaram as agressões físicas, viu os dois brigando no chão, com Edmilson em cima de Antônio Carlos e segurando uma faca. Somente após o réu levantar-se e ir embora, as testemunhas perceberam os ferimentos da vítima.
Edmilson foi preso no dia 26 de setembro, dois dias após o crime, e foi levado para a Delegacia Metropolitana de Cascavel, onde foi verificado que ele já possuía antecedentes criminais por lesão corporal dolosa no contexto de violência doméstica.
Na delegacia, Edmilson chegou a negar que o ataque contra Antônio Carlos tivesse motivação política, afirmando que os dois haviam discutido e que Antônio teria tentado estrangulá-lo, uma versão divergente daquela dada pelas testemunhas.
O pediu que ele fosse levado a júri e condenado pelo crime de homicídio qualificado. Edmilson foi pronunciado - isto é, indicado para passar pelo Tribunal do Júri - em julho de 2024. A Defensoria Pública, que representou Edmilson, pediu que ele fosse condenado apenas por homicídio simples, que teria uma pena menor.
Delegacia de Cascavel investiga se homicídio teve motivação política, no Ceará.
Marcelo Monteiro/g1
Assista às notícias do Ceará no g1 em 1 Minuto:
O Tribunal do Júri condenou Edmilson Freire da Silva a 12 anos e seis meses de prisão em regime fechado por matar a facadas um homem que se identificou como eleitor do presidente Lula em um bar no município de Cascavel, na Grande Fortaleza. O crime aconteceu no dia 24 de setembro de 2022, antes do primeiro turno das eleições presidenciais.
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A decisão foi proferida na segunda-feira (23) na1ª Vara da Comarca de Cascavel. Conforme testemunhas ouvidas pela Polícia Civil, em setembro de 2022, Edmilson chegou a um bar na localidade de Guanacés e, ao entrar, perguntou: "Quem é Lula aqui?".
A vítima, identificada como Antônio Carlos Silva de Lima, se apresentou como eleitor do petista, e os dois começaram a discutir. As testemunhas contam ainda que os nomes dos candidatos Bolsonaro e Lula foram ouvidos durante a briga.
Segundo testemunhas, a discussão evoluiu para agressão física, até que Edmilson puxou uma faca e atingiu Antônio Carlos três vezes. Depois, ele saiu do bar, enquanto os demais solicitaram socorro médico para a vítima, que foi a óbito.
"Com efeito, o motivo que levou o réu a ceifar a vida da vítima revela-se não apenas torpe, mas profundamente inquietante: intolerância à orientação política da vítima. Não se trata aqui de mera divergência de ideias, o que é próprio da democracia; trata-se do repúdio violento e mortal à existência do outro enquanto sujeito de opinião e expressão", escreveu o juiz Vinicius Rangel Gomes na sentença de Edmilson.
O réu foi condenado a 12 anos e seis de prisão pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe, relacionado à opinião política da vítima. A pena deve ser cumprida inicialmente em regime fechado e a Justiça não autorizou Edmilson a recorrer em liberdade.
Suspeito de homicídio por motivação política é preso em Cascavel, no Ceará.
Thiago Gadelha/SVM
O crime
Conforme a denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE), no dia do crime Edmilson foi ao bar com a esposa e um amigo. No local, ele cumprimentou todos e presentes e perguntou em voz alta: "Quem é Lula aqui?". Quando Antônio Carlos identificou-se como apoiador de Lula, começou a discussão.
Em depoimento à Polícia Civil, o dono do bar disse que, quando começaram as agressões físicas, viu os dois brigando no chão, com Edmilson em cima de Antônio Carlos e segurando uma faca. Somente após o réu levantar-se e ir embora, as testemunhas perceberam os ferimentos da vítima.
Edmilson foi preso no dia 26 de setembro, dois dias após o crime, e foi levado para a Delegacia Metropolitana de Cascavel, onde foi verificado que ele já possuía antecedentes criminais por lesão corporal dolosa no contexto de violência doméstica.
Na delegacia, Edmilson chegou a negar que o ataque contra Antônio Carlos tivesse motivação política, afirmando que os dois haviam discutido e que Antônio teria tentado estrangulá-lo, uma versão divergente daquela dada pelas testemunhas.
O pediu que ele fosse levado a júri e condenado pelo crime de homicídio qualificado. Edmilson foi pronunciado - isto é, indicado para passar pelo Tribunal do Júri - em julho de 2024. A Defensoria Pública, que representou Edmilson, pediu que ele fosse condenado apenas por homicídio simples, que teria uma pena menor.
Delegacia de Cascavel investiga se homicídio teve motivação política, no Ceará.
Marcelo Monteiro/g1
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