Pacientes com diabetes alegam falta de insulina e insumos na rede pública de saúde em Ribeirão Preto, SP

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Mesmo com determinação judicial, faltam produtos que deveriam ser fornecidos mensalmente pelo Departamento Regional de Saúde (DRS). Governo do estado diz que situação será regularizada. Pessoas com diabetes relatam falta de insumos fornecidos pelo estado
Pacientes de Ribeirão Preto (SP) que fazem tratamento de diabetes, principalmente o tipo 1, reclamam da dificuldade para conseguir medicamentos e insumos fornecidos pelo governo estadual. Mesmo com decisões judiciais que obrigam o estado ao fornecimento, eles alegam falta de produtos e atraso nas entregas do Departamento Regional de Saúde (DRS), o que pode causar complicações à saúde.
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O aposentado Paulo Rogério de Abreu Valente usa a bomba de insulina há seis anos para controlar o nível de açúcar no sangue. tudo é fornecido pela farmácia de alto custo do estado, mas ultimamente ele tem usado o que sobrou de outros meses para administrar a doença.
Na última sexta-feira (16), ele esteve na farmácia de novo e não conseguiu todos os itens para o tratamento dos próximos 30 dias.
“Um mês falta insulina, no outro mês falta o sensor, no outro mês falta o cateter. Atualmente, nós estamos há 40 dias sem sensor e sem cateter”, diz
Paciente de Ribeirão Preto, SP, usando bomba de insulina
Luciano Tolentino/EPTV
A estudante Rafaela Alquemim Frangiotti, de 15 anos, também tem diabetes tipo um e depende da bomba de insulina. Há um mês, ela usa o sistema de sensor de aplicação automática. Ele faz o monitoramento do açúcar no sangue e manda as informações para a bomba.
“Estou medindo na ponta do dedo, então eu meço quando eu acordo, antes de comer e duas horas depois. Às vezes, durante a madrugada. Me senti mal, vou lá e meço. Ao invés de serem três vezes ao dia com o sensor, agora costuma ser 14, 15 vezes por dia.
Mesmo fazendo a medicação manual, ela tem tido episódios de hipoglicemia, que é a baixa concentração de glicose no sangue, com mais frequência, o que preocupa a mãe.
A gente não tem nem previsão, então a gente não sabe o dia de amanhã. Isso deixa a gente muito angustiada”, diz Marília Alquemim Gabiolli.
Rafaela e a mãe Marília Alquemim Gabiolli cobram regularidade no fornecimento de insumos para diabéticos em Ribeirão Preto, SP
Luciano Tolentino/EPTV
Sem informação
O coordenador administrativo de RH Rodeval Almeida é pai de um adolescente que também está sendo prejudicado. Ele lamenta a falta de informação sobre o motivo da falta de insumos na rede pública.
“Quando a gente vai retirar o produto, a gente não recebe uma orientação do porque está faltando, se é uma situação do fabricante, se é uma falta da matéria-prima. É sempre ‘não tem o produto, por favor, aguardar, ligue para saber quando tem’. Quando a gente encontra na farmácia [comum], fica uma sensação de ineficiência do estado, da área responsável por esse fornecimento”, diz.
O tratamento mensal com bomba de insulina custa, em média, R$ 4,5 mil. Por conta do alto custo e pela falta do kit na rede pública, a pedagoga Luara Marqueti teve que adotar outro plano.
“Voltei para a caneta, que a gente chama de caneta basal e que é a que não dava certo para mim. Eu fui para a bomba depois de muita tentativa. A bomba foi meu último recurso e graças a Deus foi maravilhosa, e agora estou tendo que voltar por falta de insumos.”
Rodeval Almeida, pai de Miguel, diz que faltam insumos na rede pública de saúde de Ribeirão Preto para tratar diabetes do filho
Luciano Tolentino/EPTV
Mudança causa riscos
A médica endocrinologista Juliana Cavalari Galdiano de Lima alerta que podem surgir problemas com as mudanças no tratamento.
“A bomba de insulina possibilita a gente usar microdoses, então é uma coisa muito mais específica. A hora que eu volto para a caneta são unidades cheias, então uma unidade a mais pode acarretar uma hipoglicemia. Uma unidade a menos pode acabar fazendo uma hiperglicemia e se isso for recorrente, vai descompensar o quadro desse paciente”, diz.
Em nota, o Departamento Regional de Saúde de Ribeirão Preto lamentou o ocorrido e disse que os insumos que os pacientes mostrados na reportagem fazem uso estarão disponíveis para retirada até o final do mês de maio.
Ainda de acordo com o departamento, os pacientes serão contatados assim que os itens estiverem disponíveis para retirada.
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Pacientes de Ribeirão Preto (SP) que fazem tratamento de diabetes, principalmente o tipo 1, reclamam da dificuldade para conseguir medicamentos e insumos fornecidos pelo governo estadual. Mesmo com decisões judiciais que obrigam o estado ao fornecimento, eles alegam falta de produtos e atraso nas entregas do Departamento Regional de Saúde (DRS), o que pode causar complicações à saúde.
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O aposentado Paulo Rogério de Abreu Valente usa a bomba de insulina há seis anos para controlar o nível de açúcar no sangue. tudo é fornecido pela farmácia de alto custo do estado, mas ultimamente ele tem usado o que sobrou de outros meses para administrar a doença.
Na última sexta-feira (16), ele esteve na farmácia de novo e não conseguiu todos os itens para o tratamento dos próximos 30 dias.
“Um mês falta insulina, no outro mês falta o sensor, no outro mês falta o cateter. Atualmente, nós estamos há 40 dias sem sensor e sem cateter”, diz
Paciente de Ribeirão Preto, SP, usando bomba de insulina
Luciano Tolentino/EPTV
A estudante Rafaela Alquemim Frangiotti, de 15 anos, também tem diabetes tipo um e depende da bomba de insulina. Há um mês, ela usa o sistema de sensor de aplicação automática. Ele faz o monitoramento do açúcar no sangue e manda as informações para a bomba.
“Estou medindo na ponta do dedo, então eu meço quando eu acordo, antes de comer e duas horas depois. Às vezes, durante a madrugada. Me senti mal, vou lá e meço. Ao invés de serem três vezes ao dia com o sensor, agora costuma ser 14, 15 vezes por dia.
Mesmo fazendo a medicação manual, ela tem tido episódios de hipoglicemia, que é a baixa concentração de glicose no sangue, com mais frequência, o que preocupa a mãe.
A gente não tem nem previsão, então a gente não sabe o dia de amanhã. Isso deixa a gente muito angustiada”, diz Marília Alquemim Gabiolli.
Rafaela e a mãe Marília Alquemim Gabiolli cobram regularidade no fornecimento de insumos para diabéticos em Ribeirão Preto, SP
Luciano Tolentino/EPTV
Sem informação
O coordenador administrativo de RH Rodeval Almeida é pai de um adolescente que também está sendo prejudicado. Ele lamenta a falta de informação sobre o motivo da falta de insumos na rede pública.
“Quando a gente vai retirar o produto, a gente não recebe uma orientação do porque está faltando, se é uma situação do fabricante, se é uma falta da matéria-prima. É sempre ‘não tem o produto, por favor, aguardar, ligue para saber quando tem’. Quando a gente encontra na farmácia [comum], fica uma sensação de ineficiência do estado, da área responsável por esse fornecimento”, diz.
O tratamento mensal com bomba de insulina custa, em média, R$ 4,5 mil. Por conta do alto custo e pela falta do kit na rede pública, a pedagoga Luara Marqueti teve que adotar outro plano.
“Voltei para a caneta, que a gente chama de caneta basal e que é a que não dava certo para mim. Eu fui para a bomba depois de muita tentativa. A bomba foi meu último recurso e graças a Deus foi maravilhosa, e agora estou tendo que voltar por falta de insumos.”
Rodeval Almeida, pai de Miguel, diz que faltam insumos na rede pública de saúde de Ribeirão Preto para tratar diabetes do filho
Luciano Tolentino/EPTV
Mudança causa riscos
A médica endocrinologista Juliana Cavalari Galdiano de Lima alerta que podem surgir problemas com as mudanças no tratamento.
“A bomba de insulina possibilita a gente usar microdoses, então é uma coisa muito mais específica. A hora que eu volto para a caneta são unidades cheias, então uma unidade a mais pode acarretar uma hipoglicemia. Uma unidade a menos pode acabar fazendo uma hiperglicemia e se isso for recorrente, vai descompensar o quadro desse paciente”, diz.
Em nota, o Departamento Regional de Saúde de Ribeirão Preto lamentou o ocorrido e disse que os insumos que os pacientes mostrados na reportagem fazem uso estarão disponíveis para retirada até o final do mês de maio.
Ainda de acordo com o departamento, os pacientes serão contatados assim que os itens estiverem disponíveis para retirada.
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