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Edu Guedes passou por cirurgia que retirou cauda do pâncreas e baço; entenda o procedimento feito pelo apresentador

Edu Guedes passou por cirurgia que retirou cauda do pâncreas e baço; entenda o procedimento feito pelo apresentador
Chef foi diagnosticado com tumor localizado na cauda do pâncreas, região que permite uma abordagem cirúrgica menos complexa. Edu Guedes fala pela primeira vez após cirurgia para retirada de tumor: ‘Minha recuperação está sendo ótima’
Reprodução/Instagram
O chef e apresentador Edu Guedes passou por uma cirurgia conhecida como pancreatectomia corpo-caudal com esplenectomia, realizada após a descoberta de um tumor na cauda do pâncreas. O procedimento, considerado menos invasivo do que outras abordagens para câncer pancreático, incluiu também a retirada do baço.
“Tive sorte, porque o tumor estava no início e localizado na cauda do pâncreas. Apesar de ser uma cirurgia longa — no meu caso durou seis horas —, deu tudo certo”, contou Edu em vídeo publicado em seu canal.
Segundo o doutor em cirurgia pela USP e cirurgião do Hospital Nove de Julho, Rodrigo Surjan, esse tipo de procedimento é indicado quando o tumor está localizado no corpo ou cauda do pâncreas. “A abordagem é geralmente menos invasiva. A cirurgia dura cerca de três a quatro horas e inclui a retirada do baço por estar muito próximo à cauda do pâncreas e compartilhar a drenagem linfática, o que aumenta o risco de comprometimento tumoral”, explica.
Surjan reforça que, apesar de tecnicamente mais simples do que a retirada da cabeça do pâncreas — cirurgia que pode durar até 10 horas e envolve a reconstrução de diversas partes do sistema digestivo —, a pancreatectomia corpo-caudal não deixa de ser um procedimento de grande porte, com riscos e necessidade de cuidados pós-operatórios específicos, como vacinas e profilaxias contra infecções, em razão da retirada do baço.

Divulgação/Instituto Vencer o Câncer
Cirurgia é a principal opção em casos iniciais
O câncer de pâncreas, apesar de representar apenas cerca de 3% dos tumores sólidos, tem uma das mais altas taxas de letalidade, de acordo com o oncologista Stephen Stefani, do grupo Oncoclínicas e membro da Americas Health Foundation. Um dos principais motivos é o diagnóstico tardio: os sintomas — como dor abdominal, perda de peso, fraqueza e icterícia — costumam aparecer apenas quando a doença já está em estágio avançado.
“Os sintomas são inespecíficos. Muitas vezes o paciente só descobre quando o tumor já comprometeu outros órgãos”, afirma Stefani.
No caso de Edu Guedes, o tumor foi descoberto por acaso, durante uma investigação de crise renal. “Se eu não tivesse feito os exames por causa do cálculo, talvez não tivesse descoberto”, disse.
O pâncreas é um órgão vital, responsável pela produção de hormônios, como a insulina, e enzimas digestivas. Quando surgem mutações em suas células, elas podem se multiplicar descontroladamente e formar tumores — sendo o adenocarcinoma o tipo mais comum e agressivo.
De acordo com o oncologista Elge Werneck, da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, a cirurgia é indicada apenas em casos em que o tumor ainda não invadiu vasos sanguíneos ou estruturas vizinhas. Em estágios mais avançados, o tratamento costuma ser feito com quimioterapia, associada ou não à radioterapia.
Aumento entre os mais jovens
Rodrigo Surjan chama atenção para outro ponto: o câncer de pâncreas tem aparecido com mais frequência em pessoas entre 25 e 40 anos, como é o caso de Edu, que tem 50. “Há 30 anos, era praticamente impossível ver essa doença em pessoas com menos de 70 anos. Hoje é mais comum, e isso pode ter relação com alimentação ultraprocessada e obesidade”, afirma.
Entre os fatores de risco mais conhecidos estão tabagismo, diabetes tipo 2, histórico familiar, pancreatite crônica e mutações genéticas como BRCA2, associadas também ao câncer de mama.
Edu segue internado, mas se recupera bem. Após a cirurgia, ele passou alguns dias na UTI e agora faz fisioterapia respiratória e segue monitorado. “A primeira coisa que pedi foi voltar para casa. E agora, estou me preparando para isso”, disse.
O que é câncer de pâncreas, que acometeu Edu Guedes

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