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'Guarda-chuva do forró': músicos explicam as diferenças entre os ritmos típicos das festas juninas

'Guarda-chuva do forró': músicos explicam as diferenças entre os ritmos típicos das festas juninas
Existem nuances e estilos diferentes dentro desse universo musical — e para esclarecer essa dúvida, nada melhor que um bom sanfoneiro. O RJ2 ouviu o músico, compositor, sanfoneiro e forrozeiro Kiko Horta e colegas, que explicaram as diferenças dos ritmos que ouvimos nesta época. Músicos explicam a diferença dos ritmos tocados em festas juninas
É impossível negar a influência da cultura nordestina nas festas juninas do Rio de Janeiro. O sotaque, os sabores e, principalmente, os ritmos do Nordeste estão presentes na maioria dos eventos da cidade na época.
Mas será que tudo o que a gente escuta nas festas juninas é realmente forró? A resposta não é tão simples. Existem nuances e estilos diferentes dentro desse universo musical — e para esclarecer essa dúvida, nada melhor que um bom sanfoneiro. O RJ2 ouviu o músico, compositor, sanfoneiro e forrozeiro Kiko Horta e colegas, que explicaram as diferenças dos ritmos que ouvimos nesta época.
“O Iphan tombou o forró como patrimônio imaterial, entendendo o forró como um grande guarda-chuva, com várias manifestações da cultura nordestina ali. Então a gente tem o baião, xote, xaxado, forró, o coco...”, diz ele.
Para entender melhor, Kiko apresentou os ritmos com a formação clássica eternizada por Luiz Gonzaga: zabumba, sanfona, triângulo, contando ainda com auxílio do pandeiro e flauta.
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Ritmo a ritmo
Forró, baião e xaxado
“Costuma-se identificar o forró também pela puxada da zabumba, ela tem um pouco mais de subdivisão rítmica do que o baião”, ensina Kiko, apontando a diferença sutil de acentuação que define o estilo. Outra alteração no ritmo da zabumba marca também a diferença para o xaxado (veja no vídeo a partir de 2m53 as diferenças na prática.)
Xote
Outro queridinho das festas é o xote, conhecido por seu clima aconchegante. “Xote é música mais aconchegante, dança mais abracadinho, mais lentinho, com menos variações de braços e aberturas”, explica Rosângela Pinheiro, professora de dança.
Coco
Menos conhecido por aqui, o coco também tem vez nos festejos. “O coco nasce no litoral nordestino e existem variedades de coco, tem de praia, como de umbigada, coco de embolada... coquinho do pé. São vários que a gente tem”, explica Nega, percussionista do grupo.
E o arrastapé?
Pra fechar, não podia faltar ele: o arrastapé. Ele explica que o termo geralmente se refere a um ritmo mais acelerado, que vem da quadrilha.
Em meio a tantas tradições, ritmos e sotaques, a festa dos santos juninos — Santo Antônio, São João e São Pedro — lembra que a alegria, muitas vezes, vem do que é simples. Quem se emociona ao ouvir uma sanfona bem tocada descobre que ali também há muita riqueza. Viva São João!
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Músicos explicam as diferenças entre os ritmos típicos das festas juninas
Reprodução/RJ2

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