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Donald Trump e Elon Musk buscam trégua após insultos e ameaças

Donald Trump e Elon Musk buscam trégua após insultos e ameaças
A relação entre o presidente dos Estados Unidos e o bilionário é marcada por idas e vindas. Mas a aliança de interesses mútuos foi rachando pelas diferenças profundas. A briga entre Trump e Musk expõe interesses pessoais de cada lado
A disputa entre o presidente Donald Trump e o bilionário Elon Musk trouxe a público os interesses pessoais de cada lado. Uma relação que começou ainda no primeiro mandato de Trump. E veio oscilando de lá para cá. Primeiro, com apoios. Depois, críticas. Aí veio uma nova aliança. Vieram os elogios públicos. E, agora, as ameaças. Nesta sexta-feira (6), nos Estados Unidos, analistas avaliaram que esse vaivém pode estar longe do fim.
A Casa Branca busca um cessar-fogo. Nas primeiras horas do dia, o presidente Donald Trump conversou, por telefone, com a rede de TV ABC. Ele disse que Elon Musk perdeu a cabeça e que não quer falar com o bilionário nesse momento. No fim do dia, ele voltou a falar sobre o assunto. Em um tom bem ameno, disse que ainda tem que analisar o que vai fazer em relação a Musk.
Na quinta-feira (5), o presidente da maior potência do planeta e o homem mais rico do mundo trocaram ofensas e ameaças. No fim, Musk sinalizou uma trégua. Foi em uma resposta à postagem de outro bilionário, Bill Ackman, que pedia para os dois fazerem as pazes pelo bem do país. Musk disse:
“Você não está errado”.
A relação entre os dois é marcada por idas e vindas. Na campanha à Casa Branca em 2016, o bilionário disse que Trump não era o cara certo, que não tinha o caráter que refletia de forma correta os Estados Unidos. Acabaram se aproximando no primeiro mandato de Trump e voltaram a se distanciar quando o então presidente deixou o Acordo do Clima de Paris. O marco da reaproximação foi em 13 de julho de 2024, quando Musk apoiou publicamente a candidatura do republicano, que tinha sobrevivido a uma tentativa de assassinato momentos antes.
Mas a aliança de interesses mútuos foi rachando pelas diferenças profundas. Trump elevou tarifas alegando que vai criar empregos nos Estados Unidos. Musk criticou a iniciativa e afirmou que vai levar o país à recessão. Trump está fazendo um ataque duríssimo à imigração e dificultando os vistos. Musk é favorável a atrair talentos estrangeiros para que os Estados Unidos possam competir com outras economias. Trump põe em dúvida o aquecimento global. Musk é favorável à transição energética, em grande parte por causa da Tesla, sua empresa de carros elétricos.
O estopim para o racha da relação veio com o projeto de lei orçamentária de Trump. O bilionário - que entrou no governo para reduzir a máquina pública - não escondeu a irritação com o projeto que o presidente apelidou de “grande e linda lei”. Ele afirmou que a iniciativa vai aumentar o déficit do governo para US$ 2,5 trilhões.
A lei, em discussão no Senado, amplia largamente os cortes de impostos e aumenta gastos em defesa e combate à imigração. Para compensar a perda de receita, propõe cortar programas sociais e de energia limpa, incluindo os créditos fiscais a fabricantes de carros elétricos.
Donald Trump sempre foi favorável aos combustíveis fósseis, mas chegou a posar de garoto-propaganda em um carro vermelho para ajudar a empresa de Elon Musk. O carro está hoje abandonado na Casa Branca.
A aliança que prometeu transformar a América grande novamente ficou no passado. O professor Todd Belt, diretor do Departamento de Gestão Política da Universidade de George Washington, afirmou que a separação era esperada:
“Não se pode ter dois xerifes nesta cidade. Só há um presidente, e o que se tinha era a pessoa mais poderosa do mundo e a pessoa mais rica do mundo ocupando o mesmo Salão Oval”.
O professor avaliou que ambos os lados têm a perder. Trump - que quer manter o controle na Câmara e no Senado na eleição em 2026 - viu Musk defender um terceiro partido, longe de democratas e republicanos. Mas, segundo o professor, Musk tem muito mais em risco. O bilionário já viu o valor das ações de suas empresas despencar e depende fortemente de contratos e da regulamentação governamentais. Todd Belt não descartou que a relação entre Trump e Musk ainda possa mudar:
“Na política haverá sempre uma nova questão que pode fazer com que os interesses voltem a se alinhar”, afirma.
A briga entre Trump e Musk expõe interesses pessoais de cada lado
Reprodução/TV Globo
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