Fé e união marcam preparação para o tradicional banho de São João no Pantanal

Em Corumbá (MS), devoção e trabalho coletivo mobilizam famílias e mantêm viva uma das maiores tradições religiosas do Centro-Oeste. Banho de São João
A fé e a união das famílias de Corumbá, no Pantanal sul-mato-grossense, são os principais ingredientes da preparação para o tradicional banho de São João nas águas do rio Paraguai. A celebração, que ocorre na última semana de Junho, movimenta a cidade meses antes da data. Veja o vídeo acima.
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A montagem dos andores, símbolo da festa, começa logo após o fim do evento anterior. Para muitos festeiros, a devoção ao santo é passada de geração em geração.
“No começo do ano, a gente já começa a falar, e o São João, e o São João? Aí guarda lanterninha, guarda não sei o quê”, conta a atriz e produtora Bianca Machado.
Neste ano, 111 festeiros estão oficialmente cadastrados na Fundação de Cultura de Corumbá. São pessoas de diferentes bairros, com um objetivo comum: manter viva a tradição de São João Batista.
Tradição e fé que atravessam gerações
O planejamento é detalhado e começa com antecedência. Para a escritora e artista plástica Marlene Mourão, cada ano carrega um simbolismo especial.
“Começa quase um mês antes, né? Porque a gente começa a pensar. A gente faz, de quatro em quatro anos, conta um roteiro. Fazem dois anos que a gente está homenageando os orixás, por exemplo. Então, a gente começou a pensar nisso há três meses atrás. Como seria esse orixá que é em Açã? Como a gente ia juntar os dois, fazer essa junção?”.
A preparação dos andores ocorre nas casas dos festeiros. Primeiro, monta-se a estrutura. Depois, vem a parte mais sensível, que é a decoração com flores, fitas, rendas e enfeites, que variam a cada edição. Cada detalhe carrega fé, promessa e gratidão.
Além da família, vizinhos e amigos também participam, em um trabalho coletivo que reforça os laços da comunidade. “Para São João tem algo novo, né? São João nos surpreende. Por mais que a gente prepara, tenta, planeja, mas acontece tudo conforme a vontade dele”, diz o festeiro Alfredo Ferraz.
Emoção no banho de São João no rio Paraguai
O ponto alto da celebração acontece na descida da ladeira, rumo ao rio Paraguai. É quando os festeiros levam os andores para o banho simbólico do santo.
“Eu acho que descer para batizar ele, é a gente reforçar, é lembrar que ele veio para nos trazer a boa nova. Ele é o símbolo do amor, da coragem do próximo. Eu nem gosto de me emocionar, mas não tem como falar de São João e não se emocionar”, diz Bianca Machado, emocionada.
Antes disso, o caminho da fé passa por novenas, orações e rituais nas casas. A preparação envolve espiritualidade, mas também é momento de confraternização e memória.
“Tudo isso foi possível devido à fé. A fé em São João é a fé que nos move, que nos dá coragem e está levando à frente essa devoção. Porque não é fácil, a gente sabe, mas é pela fé”, afirma Alfredo Ferraz.
Banho de São João é tradição antiga em Corumbá (MS).
Clóvis Neto-Arquivo PMC/Reprodução
Veja vídeos de Mato Grosso do Sul:
A fé e a união das famílias de Corumbá, no Pantanal sul-mato-grossense, são os principais ingredientes da preparação para o tradicional banho de São João nas águas do rio Paraguai. A celebração, que ocorre na última semana de Junho, movimenta a cidade meses antes da data. Veja o vídeo acima.
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A montagem dos andores, símbolo da festa, começa logo após o fim do evento anterior. Para muitos festeiros, a devoção ao santo é passada de geração em geração.
“No começo do ano, a gente já começa a falar, e o São João, e o São João? Aí guarda lanterninha, guarda não sei o quê”, conta a atriz e produtora Bianca Machado.
Neste ano, 111 festeiros estão oficialmente cadastrados na Fundação de Cultura de Corumbá. São pessoas de diferentes bairros, com um objetivo comum: manter viva a tradição de São João Batista.
Tradição e fé que atravessam gerações
O planejamento é detalhado e começa com antecedência. Para a escritora e artista plástica Marlene Mourão, cada ano carrega um simbolismo especial.
“Começa quase um mês antes, né? Porque a gente começa a pensar. A gente faz, de quatro em quatro anos, conta um roteiro. Fazem dois anos que a gente está homenageando os orixás, por exemplo. Então, a gente começou a pensar nisso há três meses atrás. Como seria esse orixá que é em Açã? Como a gente ia juntar os dois, fazer essa junção?”.
A preparação dos andores ocorre nas casas dos festeiros. Primeiro, monta-se a estrutura. Depois, vem a parte mais sensível, que é a decoração com flores, fitas, rendas e enfeites, que variam a cada edição. Cada detalhe carrega fé, promessa e gratidão.
Além da família, vizinhos e amigos também participam, em um trabalho coletivo que reforça os laços da comunidade. “Para São João tem algo novo, né? São João nos surpreende. Por mais que a gente prepara, tenta, planeja, mas acontece tudo conforme a vontade dele”, diz o festeiro Alfredo Ferraz.
Emoção no banho de São João no rio Paraguai
O ponto alto da celebração acontece na descida da ladeira, rumo ao rio Paraguai. É quando os festeiros levam os andores para o banho simbólico do santo.
“Eu acho que descer para batizar ele, é a gente reforçar, é lembrar que ele veio para nos trazer a boa nova. Ele é o símbolo do amor, da coragem do próximo. Eu nem gosto de me emocionar, mas não tem como falar de São João e não se emocionar”, diz Bianca Machado, emocionada.
Antes disso, o caminho da fé passa por novenas, orações e rituais nas casas. A preparação envolve espiritualidade, mas também é momento de confraternização e memória.
“Tudo isso foi possível devido à fé. A fé em São João é a fé que nos move, que nos dá coragem e está levando à frente essa devoção. Porque não é fácil, a gente sabe, mas é pela fé”, afirma Alfredo Ferraz.
Banho de São João é tradição antiga em Corumbá (MS).
Clóvis Neto-Arquivo PMC/Reprodução
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