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8h

Fala de Trump dá à esquerda chance de disputar o tema patriotismo

Fala de Trump dá à esquerda chance de disputar o tema patriotismo
Com o bolsonarismo aliado ao trumpismo, Lula ganha o discurso de que, ao contrário dos seus adversários, está defendendo os interesses nacionais. Bolsonaro agradece Trump; Lula fala em 'país soberano'
A postagem do presidente dos Estados Unidos Donald Trump a favor de Jair Bolsonaro (PL) animou, como não poderia deixar de ser, a ultradireita brasileira. Afinal, é o presidente da maior potência mundial endossando o discurso de perseguição ao ex-presidente brasileiro.
Mas como em toda disputa política, há sempre o outro lado da moeda. A manifestação de Trump dá à esquerda brasileira a chance de disputar um dos lemas do bolsonarismo: o patriotismo.
A pátria é uma das bandeiras que Bolsonaro capturou do integralismo, que nada mais é que fascismo brasileiro. Completam o slogan Deus e família, cujos valores também são disputados pelos dois campos políticos. Dos três, o patriotismo é a bandeira que a esquerda, historicamente, sempre tem mais dificuldade de se apropriar.
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Com o bolsonarismo alinhando ao trumpismo, Lula (PT) ganha o discurso de que, ao contrário dos adversários, está defendendo os interesses nacionais. A pátria. Pesquisas mostram que os eleitores brasileiros não são simpáticos a Trump, em especial por conta da guerra tarifária.
Não será difícil para o Lula ou outro candidato da esquerda cobrar de Tarcísio de Freitas (Republicanos), caso venha disputar a presidência, o gesto de vestir o boné do Maga, sendo que a indústria do estado que ele governa pode ser a mais prejudicada pelas tarifas de Trump.
Donald Trump e Jair Bolsonaro, em foto de 2019
Brendan Smialowski / AFP Photo
Enfim, a esquerda brasileira que desde a década de 1930 convive com a máxima dos adversários de que "nossa bandeira nunca será vermelha" agora tem a chance de rebater: "nem vermelha, nem azul, nem branca".
Mas, para isso, terá que falar a língua do povo, o que o bolsonarismo faz com maior eficiência nas redes sociais. No tuíte em que rebateu Trump, Lula fala em soberania e não em pátria ou patriotismo: recorreu às palavras soberania, tutela, instituições sólidas e estado de direito.
A elite entendeu.

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