Após diagnóstico de autismo tardio, jovem cria sebo que beneficia famílias atípicas no interior de SP

Diagnosticada tardiamente com autismo, Laura Seine Vargem dos Santos, de 23 anos, moradora de Itapetininga (SP) desenvolveu o sebo com o objetivo de destinar livros esquecidos até famílias atípicas. Uma parte dos livros arrecadados é vendido e outra parte encaminhado para famílias atípicas em Itapetininga (SP)
Arquivo pessoal/Laura Seine Vargem dos Santos
Apaixonada por leitura desde a infância, uma moradora de Itapetininga (SP) criou um sebo com o objetivo de dar “nova vida” a livros parados e levá-los até as estantes de famílias atípicas da cidade. O projeto foi idealizado por Laura Seine Vargem dos Santos, de 23 anos, que recebeu o diagnóstico de autismo depois de adulta.
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Ao g1, Laura contou que a ideia do sebo surgiu no início de 2025, em parceria com o pai. O projeto tem dois objetivos principais: servir como uma forma de terapia ocupacional e garantir uma renda extra. Apaixonada por livros desde a infância, ela decidiu unir esse amor à proposta de dar nova vida a obras paradas. Os exemplares são revendidos a preços acessíveis e parte deles é repassada a instituições que apoiam famílias atípicas.
O funcionamento do sebo acontece através de doações. Os livros recebidos são limpos, catalogados, postos à venda em uma plataforma digital e expostos nas redes sociais. Atualmente, são três pontos de arrecadação, e já foram recebidos mais de 400 livros em três meses de projeto.
Mulher autista cria sebo de livros que ajuda famílias atípicas em Itapetininga (SP)
Arquivo pessoal/Laura Seine Vargem dos Santos
Na vida de Laura, a leitura começou a fazer parte de sua vida desde pequena, quando foi apresentada ao hábito e se cadastrou na biblioteca pública de Pindamonhangaba, onde morava. Ela chegou a emprestar os livros toda semana e leu quase toda a sessão infantil do local, viajando nas aventuras e mistérios dos clássicos.
“Esse hábito para mim, é muito importante, pois preenche o meu tempo e me faz conhecer mundos diversos, muitas vezes tornando meus dias mais leves. Quando fico sem ler, para que me falta algo, que meu dia está incompleto”, diz.
Conforme a organizadora, as pessoas a serem apoiadas pelo projeto são as que frequentam a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), e que também dá apoio a pessoas diagnosticadas com autismo após a vida adulta. Laura pretende expandir o sebo para um local físico, para que as pessoas consigam apreciar a leitura de forma mais acessível.
?Diagnostico tardio do autismo
Ainda ao g1, Laura contou que sempre foi uma pessoa reservada, com dificuldade em lidar com multidões e sensível a sons altos. Apesar disso, esses comportamentos não afetavam sua rotina. No entanto, o isolamento durante a pandemia desencadeou problemas psicológicos.
No fim de 2022, durante uma consulta com uma psicóloga, surgiu a hipótese de autismo. Ela foi encaminhada para avaliação com uma neuropsicóloga e, após várias consultas, recebeu o diagnóstico de autismo tardio. Desde então, também passou a ser acompanhada por um psiquiatra.
"Apesar de já estar a mais de três anos em acompanhamento, sei que ainda tenho muito que evoluir para estar integrada a vida social", completou.
Estante com coleções de livros da Laura em sua casa em Itapetininga (SP)
Arquivo pessoal/Laura Seine Vargem dos Santos
*Colaborou sob a supervisão de Carla Monteiro
Confira os destaques do g1:
g1 em um minuto: Produtor rural é multado por trabalho análogo à escravidão
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Arquivo pessoal/Laura Seine Vargem dos Santos
Apaixonada por leitura desde a infância, uma moradora de Itapetininga (SP) criou um sebo com o objetivo de dar “nova vida” a livros parados e levá-los até as estantes de famílias atípicas da cidade. O projeto foi idealizado por Laura Seine Vargem dos Santos, de 23 anos, que recebeu o diagnóstico de autismo depois de adulta.
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Ao g1, Laura contou que a ideia do sebo surgiu no início de 2025, em parceria com o pai. O projeto tem dois objetivos principais: servir como uma forma de terapia ocupacional e garantir uma renda extra. Apaixonada por livros desde a infância, ela decidiu unir esse amor à proposta de dar nova vida a obras paradas. Os exemplares são revendidos a preços acessíveis e parte deles é repassada a instituições que apoiam famílias atípicas.
O funcionamento do sebo acontece através de doações. Os livros recebidos são limpos, catalogados, postos à venda em uma plataforma digital e expostos nas redes sociais. Atualmente, são três pontos de arrecadação, e já foram recebidos mais de 400 livros em três meses de projeto.
Mulher autista cria sebo de livros que ajuda famílias atípicas em Itapetininga (SP)
Arquivo pessoal/Laura Seine Vargem dos Santos
Na vida de Laura, a leitura começou a fazer parte de sua vida desde pequena, quando foi apresentada ao hábito e se cadastrou na biblioteca pública de Pindamonhangaba, onde morava. Ela chegou a emprestar os livros toda semana e leu quase toda a sessão infantil do local, viajando nas aventuras e mistérios dos clássicos.
“Esse hábito para mim, é muito importante, pois preenche o meu tempo e me faz conhecer mundos diversos, muitas vezes tornando meus dias mais leves. Quando fico sem ler, para que me falta algo, que meu dia está incompleto”, diz.
Conforme a organizadora, as pessoas a serem apoiadas pelo projeto são as que frequentam a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), e que também dá apoio a pessoas diagnosticadas com autismo após a vida adulta. Laura pretende expandir o sebo para um local físico, para que as pessoas consigam apreciar a leitura de forma mais acessível.
?Diagnostico tardio do autismo
Ainda ao g1, Laura contou que sempre foi uma pessoa reservada, com dificuldade em lidar com multidões e sensível a sons altos. Apesar disso, esses comportamentos não afetavam sua rotina. No entanto, o isolamento durante a pandemia desencadeou problemas psicológicos.
No fim de 2022, durante uma consulta com uma psicóloga, surgiu a hipótese de autismo. Ela foi encaminhada para avaliação com uma neuropsicóloga e, após várias consultas, recebeu o diagnóstico de autismo tardio. Desde então, também passou a ser acompanhada por um psiquiatra.
"Apesar de já estar a mais de três anos em acompanhamento, sei que ainda tenho muito que evoluir para estar integrada a vida social", completou.
Estante com coleções de livros da Laura em sua casa em Itapetininga (SP)
Arquivo pessoal/Laura Seine Vargem dos Santos
*Colaborou sob a supervisão de Carla Monteiro
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