Sabesp identifica mais de 400 ligações irregulares de esgoto em cidades do litoral de SP

Companhia utilizou fumaça e corante para detectar irregularidades nas redes de esgoto de Praia Grande, Guarujá, Itanhaém e Mongaguá. Técnicos da Sabesp realizam “teste de fumaça” em Itanhaém, Mongaguá, Praia Grande e Guarujá e identificam irregularidades na rede de esgoto.
Divulgação/Sabesp
A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) identificou cerca de 430 interligações irregulares entre redes de coleta de esgoto e instalações de drenagem pluvial em quatro cidades da Baixada Santista, no litoral paulista, durante o primeiro trimestre de 2025.
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As verificações foram conduzidas por técnicos especializados da Sabesp em Itanhaém, Mongaguá, Praia Grande e Guarujá, de janeiro a março. Nas ocasiões, os profissionais utilizaram o método chamado “teste de fumaça” e também inspeções com corantes para revelar possíveis problemas nas instalações.
De acordo com a Sabesp, 72,9 km de tubulações foram vistoriadas em Itanhaém, Mongaguá e Praia Grande com a técnica de fumaça que indica o local exato da falha e possibilita sua localização. Segundo a companhia, 130 irregularidades foram encontradas.
As verificações foram realizadas por técnicos especializados da Sabesp, que utilizaram o método de fumaça para identificar irregularidades nas tubulações da rede de esgoto.
Divulgação/Sabesp
Paralelamente, 2,1 mil testes com corantes foram aplicados em vasos sanitários, pias e caixas de inspeção em residências no distrito de Vicente de Carvalho, em Guarujá. A ação possibilitou o rastreamento da água colorida pelas redes de esgoto e revelou outros 300 desvios.
De acordo com o gerente do Departamento de Manutenção e Serviços Operacionais da Sabesp na Baixada Santista, Andrenandes Gonçalves, foram encontrados "variados tipos de irregularidades em conexões ao sistema de esgoto, muitas vezes desconhecidas pelos ocupantes das residências”, disse ele, por meio de nota divulgada pela Sabesp.
Entre os problemas identificados, estão chuveiros em quintais de casas de veraneio em áreas externas, sem cobertura, que escoam águas pluviais por ralos conectados à saída de esgoto. Em Guarujá, 15% dos casos apresentaram suspeitas dessas inconformidades.
Veja detalhes do trabalho:
A fumaça e o corante utilizados nos testes são inofensivos à saúde de pessoas e animais;
O corante não mancha a roupa.
O uso dos banheiros e das atividades diárias, como lavar roupas e louças, não é interrompido pelo teste de fumaça.
O sistema de esgoto funciona normalmente, sem qualquer interferência.
Se a fumaça aparece dentro da residência, é solicitado ao morador que abra as janelas e avise um técnico da Sabesp.
O que é feito após a identificação
Segundo a Sabesp, um relatório é elaborado após a identificação de inconformidades nas casas. Em seguida, o morador é orientado a respeito do prazo para a regularização das falhas, formalizando as ocorrências junto à prefeitura, que pode autuar o proprietário em caso de descumprimento das solicitações feitas pela companhia.
Os testes são gratuitos. As inspeções são realizadas ao longo do ano e garantem a eficiência do sistema de esgoto para que funcione separado da drenagem pluvial. O objetivo das ações é evitar colapsos nos sistemas, especialmente durante períodos de chuvas intensas.
O que dizem as prefeituras
Em nota, a Prefeitura de Praia Grande afirmou possuir o "Convênio Esgoto Certo", em parceria com a Sabesp, que promove ações conjuntas de identificação e eliminação de ligações clandestinas de esgoto sanitário na cidade.
De acordo com a prefeitura, os locais em que são identificadas as irregularidades são previamente informados pela Sabesp e encaminhados para a administração municipal, que auxilia por meio de fiscalização com testes de corante e notificação dos moradores.
A administração municipal ressaltou que divulga por meio das redes sociais a importância da ligação correta de esgoto e demonstra o impacto na balneabilidade das praias, além de realizar ações pontuais da Secretaria de Meio Ambiente com a Secretaria de Educação, por meio do núcleo de educação ambiental localizado no portinho.
Procuradas pela equipe de reportagem, as prefeituras de Mongaguá, Itanhaém e Guarujá não se posicionaram até o fechamento desta matéria.
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